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MLB The Show 23 vale a pena? Análise – review

Apesar de não fazer muito sucesso no Brasil, o beisebol é atualmente um dos maiores e mais importantes esportes do mundo, contando com uma legião de fãs em vários países e em todos os continentes. MLB The Show 23, desenvolvido pelo San Diego Studio tenta mais uma vez, trazer uma experiência digna para os fãs deste esporte, sem deixar que o estilo caia no ostracismo.

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Pessoalmente, acho que o principal desafio de um jogo de beisebol sempre foi manter a atenção do espectador acostumado com futebol e outros esportes “contínuos”. Assim como no futebol americano, o beisebol é jogado de maneira diferente, onde após cada jogada os times de reorganizam e os pontos vão sendo contados com base nas suas ações.

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Surpreendentemente, descobri que beisebol funciona muito bem no vídeo-game, apesar de continuar sendo um esporte que não costuma me chamar atenção no dia a dia. O fato é que MLB The Show 23 traz melhorias significativas em relação aos jogos anteriores, recursos inéditos e alguns contratempos que merecem atenção.

Antes de mais nada, é preciso salientar como o jogo exibe gráficos impressionantes. Com mais de 5.000 animações inéditas que aumentam o realismo e a fluidez da ação, MLB The Show 23 é um dos jogos de esportes mais realistas que já joguei, apresentando um visual fantástico no PS5. A jogabilidade também recebeu ajustes importantes, tornando a experiência ainda mais envolvente e dinâmica.

O áudio do jogo também foi aprimorado com efeitos sonoros realistas e uma trilha sonora eclética que combina perfeitamente com a atmosfera das partidas. No entanto, a narração nos modos de jogo pode ser um pouco genérica, prejudicando a imersão do jogador em algumas situações.

A grande novidade do MLB The Show 23 é, sem dúvida, o modo Storylines, que celebra as lendas das Ligas Negras do beisebol. Em parceria com o Negro Leagues Baseball Museum, o jogo oferece uma experiência imersiva e educativa, apresentando histórias e momentos icônicos desses atletas pioneiros.

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Reprodução: MLB The Show 23

O modo Storylines é dividido em oito capítulos, cada um focado em um jogador especial das Ligas Negras. Os jogadores são apresentados com breves informações históricas e obras de arte originais envolventes que contam a história mais profunda da quebra de barreiras raciais no esporte. É através desse modo história que quem não é tão fã do esporte tem a oportunidade de conhecer mais sobre um dos momentos mais tensos da segregação racial americana e descobrir como o esporte auxiliou a quebrar barreiras e preconceitos em uma época em que isso era praticamente impensável.

Outro ponto interessante é como a HUD do jogo é trabalhada durante os desafios a fim de replicar as transmissões dos jogos de antigamente. Sendo assim, além da progressão do jogador, MLB The Show 23 é praticamente um livros de história para os fãs do esporte e o trabalho do Negro Leagues Baseball Museum fica bastante evidente neste aspecto.

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Reprodução: MLB The Show 23

Além disso, o jogo introduz o recurso Face Scan, permitindo que os jogadores criem personagens personalizados usando suas próprias fotos. Essa funcionalidade aprimora a personalização e a conexão emocional do jogador com seu avatar virtual, mas não é lá essas coisas, ainda que MLB The Show 23 consiga fazer milagre mesmo com fotos horríveis e de pouca iluminação.

Apesar de seus pontos positivos, o MLB The Show 23 tem algumas falhas. A ausência de importação de dados de jogos anteriores e a falta de uma versão para PC são dois pontos negativos principalmente para quem gosta de beisebol e costuma acompanhar o avanço da série todos os anos. Além disso, o áudio no modo Storylines é desequilibrado, com algumas partes sendo mais altas do que outras, o que particularmente me incomodou bastante já que tive que ficar ajustando o volume para um valor médio.

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Reprodução: MLB The Show 23

MLB The Show 23 também apresenta uma ampla variedade de modos de jogo, incluindo o popular Diamond Dynasty, que permite aos jogadores construir seu próprio time dos sonhos usando cartas de beisebol colecionáveis. Além disso, o Franchise mode retorna com melhorias, permitindo que os jogadores gerenciem suas equipes favoritas com maior controle e profundidade. O Road to the Show mode também está de volta, e agora os jogadores podem mais uma vez vivenciar a jornada de um jogador da MLB desde o início de sua carreira até o estrelato – algo bem parecido com que conhecemos de jogos como FIFA e similares.

O sistema de progressão de habilidades do MLB The Show 23 é outro aspecto interessante. Os jogadores podem ganhar pontos de experiência ao completar desafios e conquistas no jogo, desbloqueando novos equipamentos e habilidades para melhorar ainda mais o desempenho de seus atletas. O jogo também se preocupa em fornecer conteúdo educacional sobre as regras e estratégias do beisebol, o que para quem não conhece muito sobre o jogo, é um prato cheio. Isso inclui tutoriais detalhados e vídeos explicativos, ajudando os novos jogadores a compreenderem melhor o esporte e suas nuances.

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Reprodução: MLB The Show 23

No entanto, há uma preocupação crescente entre os jogadores sobre a monetização do jogo. Embora não seja obrigatório, o MLB The Show 23 oferece microtransações que podem proporcionar uma vantagem competitiva no modo Diamond Dynasty, levantando as velhas discussões sobre essa prática em jogos do gênero.

Outra crítica comum é a falta de inovação em algumas áreas do jogo. Alguns fãs argumentam que o MLB The Show 23 não apresenta mudanças significativas em relação aos títulos anteriores da série, especialmente em termos de jogabilidade e recursos. Contudo, esse tipo de discussão também é recorrente em jogos do gênero, já que depois de um tempo as alterações entre um ano e outro acabam ficando mais sutis e são percebidas com o acúmulo dos anos.

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Reprodução: MLB The Show 23

Apesar dessas críticas, o MLB The Show 23 consegue oferecer uma experiência completa e gratificante para os fãs de beisebol. A inclusão do modo Storylines e a homenagem às lendas das Ligas Negras adicionam uma camada extra de profundidade e significado ao jogo e são de longe o carro chefe da edição deste ano. Some isso às melhorias na jogabilidade e nos gráficos tornam o jogo mais envolvente e realista do que nunca.

MLB The Show 23 tem seus altos e baixos, mas no geral, é um título sólido e envolvente que irá agrada aos fãs de beisebol e aos jogadores casuais. Com uma ampla variedade de modos de jogo, uma jogabilidade aprimorada e uma homenagem emocionante às lendas do beisebol, o MLB The Show 23 é uma adição valiosa à série e um marco importante na evolução dos jogos de esportes.

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Resumo para os preguiçosos

MLB The Show 23, desenvolvido pelo San Diego Studio, traz uma experiência imersiva e emocionante para os fãs de beisebol, com gráficos impressionantes, jogabilidade aprimorada e a inclusão do modo Storylines, que celebra as lendas das Ligas Negras do beisebol. Além disso, o jogo oferece uma ampla variedade de modos de jogo, como Diamond Dynasty, Franchise mode e Road to the Show mode, proporcionando uma experiência completa e educativa para jogadores novatos e veteranos.

No entanto, o jogo enfrenta algumas críticas, como a falta de inovação em comparação com os títulos anteriores da série e preocupações com a monetização através de microtransações no modo Diamond Dynasty. Apesar desses pontos negativos, MLB The Show 23 é considerado um título sólido e envolvente, agradando aos fãs de beisebol e jogadores casuais com sua jogabilidade aprimorada e homenagem emocionante às lendas do esporte.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Gráficos impressionantes e realistas.
  • Jogabilidade aprimorada e dinâmica.
  • Áudio e trilha sonora aprimorados.
  • Inclusão do modo Storylines, celebrando as lendas das Ligas Negras do beisebol.
  • Variedade de modos de jogo, incluindo Diamond Dynasty, Franchise mode e Road to the Show mode.
  • Recurso Face Scan para personalização de personagens.
  • Sistema de progressão de habilidades.
  • Conteúdo educacional sobre regras e estratégias do beisebol.

Contras

  • Narração genérica em alguns modos de jogo.
  • Ausência de importação de dados de jogos anteriores.
  • Falta de uma versão para PC.
  • Áudio desequilibrado no modo Storylines.
  • Preocupação com a monetização através de microtransações no modo Diamond Dynasty.
  • Falta de inovação em algumas áreas do jogo em comparação com os títulos anteriores da série.
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.