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Mirror’s Edge Catalyst – Review

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Mirror’s Edge, praticamente desde o seu lançamento, é considerado como um dos grandes jogos da geração passada de consoles. Envolto em uma aura de “título que todo mundo tem que jogar para ver o quão bom é”, é até estranho que ele tenha demorado tanto tempo para ganhar uma sequência, mas ela finalmente está aqui. Será que ela está à altura do antecessor dela? É o que vamos descobrir.

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Em Mirror’s Edge Catalyst, você volta à pele de Faith, que havia sido aprisionada pela polícia da cidade de Glass, onde o jogo se passa. Faith havia recebido uma missão do chefe do crime local onde ela deveria roubar uma vacina de outra corredora. Ao descobrir que a vacina seria usada para curar a irmã da corredora de uma doença, Faith deixa-a escapar e acaba sendo presa no lugar dela. Agora, de volta à liberdade, ela deve favores ao chefe do crime por ele ter diminuído a sentença dela, e é aí que o jogo começa de fato.

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Inicialmente, Catalyst se parece bastante com o antecessor, tanto em sistema de corrida quanto de combate. A principal modificação do jogo é o fato de agora ele não ser linear como o anterior, e sim em mundo aberto, você não tem mais apenas um caminho possível para as suas missões, e o indicador de caminhos do jogo não vai mostrar sempre o caminho mais rápido para os seus objetivos, apenas o mais óbvio. Com o aumento da potência do hardware da geração atual, além do mapa aberto, outra mudança que podemos notar é na própria cidade de Glass em si. Ao invés de ser semelhante à de Mirror’s Edge, Glass agora é muito mais cheia de vida, ao invés de parecer um “grande hospital”, e isso é ótimo para a atmosfera do jogo.

O sistema de combate do jogo também lembra bastante o sistema de Mirror’s Edge, apesar de algumas mudanças, como habilidades novas e o fato de você não poder usar armas durante o game. Assim como na movimentação, quem já jogou o game anterior vai sentir-se em casa aqui, apesar da sensação de que o combate do jogo acaba parecendo meio injusto, pendendo bem mais para o lado dos inimigos do que para o seu. O jogo, aliás, recomenda que você não deve sempre entrar em combate, e fazer isso apenas quando necessário. Encher a sua cara de porradas repetidas vezes é outra boa maneira de lembrar que isso é necessário para o sucesso dentro de Mirror’s Edge Catalyst.

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Algo que acabou sendo um retrocesso em relação ao jogo anterior, entretanto, é a história do jogo. Mirror’s Edge Catalyst tem uma história simples demais, povoada de personagens clichês e não interessantes, como a “jovem hacker excêntrica”. Quantas dessas a gente já viu por aí? Pois é, a falta de inspiração do jogo em alguns momentos é evidente. Felizmente, Mirror’s Edge Catalyst não é o tipo de jogo que precisa de uma boa história para ser, de fato, bom.

E do que ele precisa? De um gameplay divertido, e felizmente o jogo apresenta isso. É muito divertido fazer parkour pela cidade, avançar os desafios e encontrar as rotas mais rápidas para concluir as missões. Além desse modo, também há os time trials dos desafios, onde você tenta conseguir chegar ao fim deles o mais rápido possível. O jogo, além de oferecer time trials próprios, ainda permite ao jogador criar os próprios time trials em locais que você preferir. Isso e os colecionáveis do jogo adicionam bastante longevidade a ele, e fazem você ficar boas horas além das quinze necessárias para concluir a campanha inicial do game.

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Mesmo com o gameplay divertido, e com a porrada de sidequests que o jogo oferece, vale ainda ressaltar que boa parte delas resumem-se a “Vá do ponto A para o ponto B”, o que pode acabar tornando a sua vida um pouco repetitiva durante o jogo. É bom lembrar que Mirror’s Edge Catalyst é um jogo de parkour e ação, e tudo o que ele oferece vai girar em torno disso.

Graficamente, Mirror’s Edge Catalyst é um belo jogo, e os avanços de hardware permitiram a Glass tornar-se uma cidade bem mais bonita, movimentada e com muito mais alma do que no jogo original. A movimentação do jogo também é bastante fluída, e eu não encontrei nenhum slowdown detectável durante o gameplay. A trilha sonora de Mirror’s Edge Catalyst também é boa, e, apesar do jogo não vir dublado em português, conta com dublagens e menus no nosso idioma nativo.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One fornecida pela Electronic Arts do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Mirror’s Edge Catalyst traz algumas melhorias em relação ao Mirror’s Edge original, e algumas pioras também. O gameplay é muito divertido, e a mudança para um mundo aberto fez muito bem ao game, além de adicionar sidequests ao jogo, prolongando ainda mais a campanha e o conteúdo oferecido aqui. Entretanto, a história deixa bastante a desejar e o combate poderia ser um pouco mais justo.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Excelente parkour
  • Belos gráficos e ação fluída
  • Legendado em português

Contras

  • História pouco criativa e personagens clichês sem carisma
  • Sistema de combate um pouco injusto
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.