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Metal Gear Rising: Revengeance – Review

Eu nunca fui um grande fã da série Metal Gear. Para falar a verdade, o único Metal Gear ao qual eu realmente dediquei algum tempo foi Metal Gear Solid, para PlayStation, lá nos anos 90. Essa é mais uma daquelas séries que eu tinha vontade de jogar, mas talvez me sentisse apreensivo de começar por uma série de fatores, como não ser nada bom com jogos onde o Stealth é uma característica importante do gameplay. Vai ver, era exatamente de Metal Gear Rising: Revengeance que eu estava precisando.

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Em Metal Gear Rising: Revengeance, você controla Raiden, um personagem já bastante conhecido da série. O jogo começa numa república africana cuja segurança está sendo conduzida pela empresa na qual Raiden trabalha. Aqui, ele ainda carrega a sua armadura branca, a mesma usada em Metal Gear Solid: Guns of the Patriots, mas, após os eventos iniciais do jogo, Raiden acaba dando-se conta de que ele vai precisar de um pouco mais do que aquilo para realmente enfrentar os desafios que o aguardam nos campos de batalha.

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Eu não quero entrar em muitos detalhes sobre a história do jogo, mas ela é bem mais sobre Raiden do que sobre conspirações, comércio de armas e outros dilemas éticos como usar crianças como soldados. O personagem é um conhecido assassino na série, tanto que usava um nome diferente no passado, Jack the Ripper. Em Rising, Raiden vai tentar encontrar a si mesmo, quem ele realmente é, enquanto o couro come solto na tela, é claro.

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Vamos ser francos, Metal Gear Rising: Revengeance é um jogo que foge completamente ao tradicional da série. Aqui, a ideia é fatiar os inimigos no maior número de pedaços o possível, quase que literalmente. Para isso, Raiden conta com uma espada de alta frequência que pode cortar praticamente tudo o que você encontra pela frente.

O combate é executado em terceira pessoa, você se movimentando pelo cenário e descendo a porrada nos inimigos. Além disso, há o modo de espada livre, onde você pode decidir a direção que os cortes da espada de Raiden vão executar, pro caso de querer dar uma cortada um pouco mais personalizada no seu inimigo.

Além da arma principal, você ainda pode usar algumas armas secundárias nada discretas, como um lança mísseis ou algumas armas baseadas em artes marciais, como lanças, facas etc. O desmembramento de inimigos é um ponto importantíssimo do combate, já que Raiden gasta energia ao fazer isso. Para recuperá-la, você pega a espinha dorsal dos seus inimigos e a esmaga com uma mão absorvendo a energia delas com as mãos.

Diferente dos outros jogos da franquia, em Rising, não há grandes problemas em você ser detectado pelos adversários. Por ser um jogo orientado à ação, na verdade, há vários momentos em que não há como evitar que isso aconteça, e em outros você realmente é incentivado a isso, afinal, você é um ciborgue robô com uma espada que corta praticamente tudo o que você encontra pela frente. Por que se esconder, né?

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As interfaces conhecidas de Metal Gear ainda permanecem aqui, como um contador de perigo e outro de cautela quando os inimigos te encontram, e até há alguns momentos em que é necessário você não ser detectado pelos inimigos, mas mesmo quando o jogo te sugere fortemente que você siga com cautela (jogando uma porrada de inimigos fortes pra cima de você), ainda é possível resolver os problemas na base da porrada.

Ao fim de cada batalha, Raiden ganha uma nota pelo seu desempenho e uma quantidade de pontos de batalha que pode ser trocado numa lojinha de upgrades por melhorias no poder de sua espada, mais células de energia, aumento na vida, skins novos para a armadura. É possível até andar por aí vestido de Mariachi, o que é um grande ponto a favor do jogo.

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O combate do jogo é extremamente divertido, e de longe um dos pontos altos de Metal Gear Rising: Revengeance. Além de ser muito legal sair por aí cortando os inimigos em pedacinhos, ele ainda oferece uma alternativa de defesa que difere dos outros jogos do gênero. Aqui não há botão de defesa, para defender-se, você precisa bloquear os ataques dos inimigos com a sua espada.

Para fazer isso, você deve mover seu direcional na mesma direção do ataque e pressionar o botão de ataque fraco. Caso você acerte, seu inimigo pode ficar paralisado por alguns instantes cruciais para você encaixar um combo. Caso você erre, bom, você levou porrada.

Esse modo de bloqueio é bem complicado de se entender no começo, ainda mais que o jogo te atira um chefe bem difícil já na primeira hora de partida, o que pode ser bastante frustrante para quem recém está começando. Caso você esteja apanhando dele, calma, pois Metal Gear Rising: Revengeance é extremamente divertido, pratique um pouco mais e entenda que esse jogo não é questão de ficar metendo a porrada no controle, é necessário pensar e não se afobar no combate, provando que é possível, sim, fazer um Hack ‘n Slash inteligente.

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Bom, falando um pouco sobre o que me desagradou sobre o jogo, Metal Gear Rising: Revengeance é um tanto difícil e nada bondoso com quem está começando o jogo. Como eu disse anteriormente, logo no começo, o game te joga um chefe que é impossível de derrotar caso você não aprenda as técnicas de bloqueio, é uma curva de aprendizado extremamente ingrime que vai fazer você sofrer logo nos primeiros instantes de jogo. Outro detalhe importante é que a campanha do jogo é bem curta.

Dá pra terminá-la com cerca de seis horas de jogo (umas 8 na real, caso você morra tanto quanto eu morri). Somando os DLC, você tem mais ou menos umas 10 ou 11 horas de partida, mas caso seja detalhista e queira jogar todas as VR Missions, dá pra gastar umas boas 15 a 20 horas tranquilamente, só que a maioria delas não vai ser na campanha do jogo.

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Metal Gear Rising: Revengeance, foi lançado para PlayStation 3 e Xbox 360 no começo de 2013, e teve sua versão para PC lançada na semana passada. O port foi muito bem conduzido pela Platinum Games. Não há sinais de lentidão e o jogo ainda ganhou opções gráficas que superam as versões de console. O único problema da portagem que eu encontrei foi a falta de suporte às resoluções de monitores 16:10 (a do meu é 1440×900), então tive que usar a resolução de 1336×728 no jogo.

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A trilha sonora de Rising é excelente. Enquanto o couro come solto nos inimigos, toca um metalzão no fundo que combina muito com a ação do game. Eu até fiquei com vontade de adicionar algumas das músicas do jogo no meu iPod depois de completá-lo, e imagino não ter sido o único a ter tido essa vontade.

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Para completar, o jogo já chega com todos os DLC lançados para as versões de console, que consistem de novos skins para Raiden, algumas VR Missions extra (para você praticar suas habilidades, ou aprender as técnicas necessárias para vencer o jogo) e duas missões extras com outros personagens além de Raiden. Considerando que o jogo esteve em promoção durante a promoção do Steam de verão e que ainda hoje dá pra comprar por R$ 50,00, esse jogo vale cada centavo investido.

Resumo para os preguiçosos

Metal Gear Rising: Revengeance pode ser um sacrilégio para fãs mais xiitas da série, mas é um jogo de ação extremamente competente e divertido. Pena ser meio curto.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Ação desenfreada e muito bem executada
  • Divertido pra caramba
  • Fatiar coisas no modo de espada livre
  • Trilha sonora muito bem casada com o jogo
  • Preço excelente na versão de PC

Contras

  • Campanha meio curta (mais ou menos 6 horas de duração)
  • Download de 25 GB no PC, prepare-se com antecedência para jogar
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.