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Marvel vs Capcom: Infinite – Review

Marvel vs Capcom é uma das franquias mais tradicionais de jogos de luta desde os anos 90, quando a Capcom começou a experimentar com cross-overs envolvendo seus personagens de Street Fighter e X-Men e assim por diante. Com a explosão dos filmes de herói nos cinemas, era mais do que natural que a franquia voltasse com tudo, e é exatamente isso o que Marvel vs Capcom: Infinite se propõe, aproveitar o Universo Cinematográfico da Marvel e unir Homem de Ferro, Capitão América e outros heróis com Ryu, Dante e companhia, mas será que essa junção toda dá liga? É o que vamos descobrir.

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A premissa inicial de Marvel vs Capcom: Infinite é que o tempo e o espaço de dois mundos diferentes foi unido, e agora o mundo dos heróis da Marvel juntou-se com o mundo dos heróis da Capcom, tudo por culpa de Ultron (do lado da Marvel) e de Sigma (do lado da Capcom) que forjaram uma aliança e usaram as Infinity Stones da Realidade e do Espaço para se fundirem em um super vilão chamado Ultron Sigma. Com essa fusão, o mundo de ambos se fundiu, e agora os heróis devem encontrar as outras Infinity Stones para enfrentar o novo inimigo e evitar que toda a vida desapareça.

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O jogo conta com uma campanha bem extensa, mas que infelizmente acaba abusando de combates repetidos para durar mais tempo. Você começa a campanha enfrentando os Drones de Ultron e os guerreiros possuídos de Xgard, e pode ter certeza, essa não vai ser a primeira vez que você vai vê-los durante o jogo, já que eles vão dar as caras pelo menos mais umas 7 ou 8 vezes, seja em combate único, seja em sequências de 5 ou 6 inimigos para você derrubar.

No geral, a campanha do jogo corrige críticas passada à Capcom, de que os jogos da companhia tinham muito pouca história e ficavam devendo bastante em relação a outros games como Mortal Kombat, Injustice ou até o recente Tekken 7. A história é bem desenvolvida e não parece feita “apenas para preencher um pré-requisito da atualidade”, e até daria um filme bem interessante caso fosse levado aos cinemas, só é uma pena que em alguns momentos o exagero de combates repetidos acabe enchendo um pouco a paciência.

Ainda sobre a campanha, um detalhe importante: o chefe final dela é extremamente apelão, como de costume nos crossovers da Capcom, principalmente pelo fato dele ser uma verdadeira esponja de golpes e ter ataques que ocupam metade da tela. Você provavelmente vai penar para derrotá-lo.

Como estamos falando de um jogo de luta, obviamente de nada adianta termos uma campanha interessante se o combate não é, e felizmente Marvel vs Capcom: Infinite tem um dos melhores sistemas de combate da franquia. O primeiro detalhe que todo mundo vai notar é que o jogo está mais acessível do que nunca: é possível acertar combos de 6~12 hits apenas apertando uma sequência de 2 ou 3 botões com generosos intervalos entre cada aperto. Super Combos também são fáceis de se ativar, ou você faz o clássico meia lua e dois botões de soco, ou só aperta os dois botões de soco juntos que tá lá o seu Hadouken que cobre metade da tela do jogo.

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Com todas essas melhorias, é natural que a diferença de habilidade entre um jogador que sabe o que está fazendo e alguém que só aperta os botões diminua, não é? Bom, é e não é. Realmente, é muito mais fácil não se sentir um inútil jogando o jogo, que em alguns capítulos passados era bem difícil, pra falar a verdade, mas eu já imagino que, se os jogadores profissionais reclamaram e muito de Street Fighter V, eles provavelmente vão reclamar mais ainda de Marvel vs Capcom: Infinite. Para o jogador casual isso acaba sendo uma vantagem, já que você de cara pode fazer sequências que nunca sonhou em fazer, como começar no solo, arremessar o inimigo pra cima, encher ele de porrada no ar e acabar com um Super Combo, finalizando em 50 ou 60 hits. Isso ajuda bastante na hora da campanha, aliás, já que é fácil mudar de um personagem do jogo para o outro e aprender os novos ataques durante o combate mesmo.

No geral, quem gosta de jogos de luta da Capcom provavelmente vai gostar do sistema de combate de Marvel vs Capcom: Infinite. Se você é daqueles jogadores competitivos que passa hora decorando combos e assim por diante, é possível que você torça um pouco o nariz à facilidade que está encaixar um combo no jogo, mas ainda assim, o sistema de luta de Marvel vs Capcom: Infinite é divertido de se usar, e dificilmente você vai achar o jogo chato.

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Ainda sobre o combate, a grande novidade do jogo são as Joias do Infinito, um item que você pode equipar no seu personagem e que dá uma habilidade especial em questão, que varia de um ataque que puxa o inimigo pra perto, um ataque que rouba vida do seu adversário, e assim por diante. Além disso, você conta com uma barra de especial dessa joia, separada da sua barra de especial normal, onde você ativa um especial baseado nela, que pode ajudar você a mudar os rumos da batalha.

Além do modo campanha, o jogo ainda conta com combate online, modo Arcade (dessa vez a Capcom não esqueceu dele!), combate local, modo treino e um modo de desafios, para quem está afim de se testar.

Graficamente, Marvel vs Capcom: Infinite conta com belos gráficos, cenários bem animados e belas cenas de animação durante a campanha. Só é uma pena que alguns tempos de carregamento sejam lentos, principalmente enquanto você está assistindo os filminhos da campanha. A dublagem do jogo está bem feita, ainda que esteja disponível somente em inglês. Felizmente, o jogo conta com legendas e menus em português para quem não domina o idioma.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para PS4 fornecida pela Capcom do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Marvel vs Capcom: Infinite é um bom jogo de luta, com uma bela campanha e um divertido sistema de combate. Se você gosta de jogos de luta da Capcom, você vai se sentir em casa, e se você não gosta dos jogos de luta da Capcom por não conseguir dar nem uma magia sequer, esse é um jogo desenvolvido sob medida para você, já que nunca foi tão fácil se sentir poderoso num jogo da companhia. Recomendado.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Campanha com história interessante
  • Belo sistema de combate
  • O jogo está bem mais acessível para novatos
  • Elenco interessante de personagens

Contras

  • Alguns tempos de carregamento ficaram longos
  • Muitas batalhas repetidas na campanha
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.