King of Meat – Análise – Review – Vale a Pena

Hoje em dia, nada me diverte mais do que um bom game cooperativo para jogar com amigos e aproveitar momentos divertidos. Essa é exatamente a proposta de King of Meat, desenvolvido pela Glowmade e publicado pela Amazon Games. Mas será que o jogo realmente cumpre o que promete?

Em King of Meat, Desafiantes são as grandes estrelas do maior — e único — programa de entretenimento da televisão de Loregok. O jogador assume o papel de um desafiante audacioso que precisa conquistar fama e destaque em um mundo de fantasia caótico e bem-humorado.

As partidas funcionam como episódios desse programa fictício, no qual é preciso superar masmorras para até quatro jogadores, cada uma com dificuldades, temas e objetivos variados. A narrativa, embora simples, é envolvida pelo tom humorístico do universo, sempre mantendo o clima descontraído de um reality show de ação.

O primeiro programa funciona como tutorial, apresentando as mecânicas básicas antes de liberar o acesso aos bastidores. O combate combina armas corpo a corpo e à distância, com várias opções disponíveis — desde espada e escudo até martelos pesados ou até mesmo um soco inglês. As armas à distância também contam com variedade, oferecendo espaço para diferentes estilos de jogo.

Com o avanço na progressão do game, novas habilidades e poderes são desbloqueados. Cada arma pode ter até 12 novos combos e golpes exclusivos desbloqueados, além dos golpes padrões dela, permitindo que os jogadores criem diferentes estratégias contra os inimigos.

O jogo também conta com um bom sistema de progressão: ao subir de nível, o jogador desbloqueia armas, visuais, adesivos, banners e até mesmo novos NPCs nos bastidores e partes da história.

Nos bastidores, o jogador encontra tudo o que precisa: busca de partidas, melhoria de armas, resgate de recompensas, compra de roupas e até a criação de masmorras próprias.

A personalização é um dos pontos fortes do título. É possível customizar completamente o visual do personagem com cosméticos variados, além de alterar emotes, falas prontas e banners de apresentação. Quem gosta de deixar o personagem único encontrará diversas opções para se destacar.

As masmorras prontas oferecem experiências bem variadas, com algumas focadas em combate e outras mais voltadas para resolução de puzzles. Apesar das diferenças, o objetivo principal é sempre agradar a audiência e conquistar pontos, obtidos tanto pela execução de combos criativos contra os inimigos quanto pela exploração de baús escondidos.

O multiplayer é essencial em várias dessas masmorras, mas também existem missões individuais, geralmente voltadas para introduzir novas armas. Além disso, os jogadores podem criar suas próprias masmorras, o que aumenta ainda mais a longevidade do game. Se a comunidade abraçar a ideia, o conteúdo criado pelos usuários pode se tornar um dos grandes atrativos de King of Meat.

O visual do jogo aposta em um estilo cartunesco, lembrando títulos como Gang Beasts, Human Fall Flat e Fall Guys, ainda que com cores menos vibrantes. O áudio também merece destaque, tanto durante as partidas quanto nas cutscenes e nos criativos “comerciais” do jogo, que funcionam como propagandas fictícias do programa. Esses elementos ajudam a construir o mundo peculiar de Loregok, misturando humor e crítica social de forma leve.

Um ponto negativo, no entanto, é a questão das legendas em português. Apesar de bem-vindas, em alguns momentos elas se sobrepõem, atrapalhando a leitura durante as cutscenes.

Mas e aí, King of Meat vale a pena?

King of Meat entrega uma experiência divertida e consistente para quem busca cooperação e criatividade em um mundo irreverente. O sistema de progressão, a liberdade de personalização e a possibilidade de criar masmorras próprias dão ao jogo um bom potencial de longevidade, principalmente se a comunidade se engajar. Apesar de alguns problemas técnicos, como as legendas, o título tem todos os ingredientes para agradar fãs de jogos cooperativos e conquistar espaço no gênero.