Killing Floor 3 – Análise – Review – Vale a Pena

O episódio mais recente da série Killing Floor chega após quase nove anos desde seu último lançamento e tenta modernizar a fórmula com novos agentes, gráficos de ponta e sistemas mais complexos, mas será que a Tripwire Interactive conseguiu manter a essência da franquia?

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Killing Floor 3 se passa no ano de 2091, colocando os jogadores no controle de agentes da unidade paramilitar Nightfall, última linha de defesa contra os Zeds, superarmas biológicas criadas pela corporação Horzine. O objetivo permanece o mesmo: sobreviver a rodadas de inimigos até enfrentar um chefe final. O jogo pode ser jogado sozinho ou em modo cooperativo para até seis jogadores.

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A estrutura do jogo é simples: a cada rodada, hordas de Zeds aparecem, e os jogadores devem derrotá-los para avançar. Entre as rodadas, é possível acessar uma loja para comprar armas, equipamentos e munições. Essa progressão segue até a última rodada, onde um chefe aparece para testar a resistência e estratégia do grupo.

Um dos destaques são os seis agentes jogáveis, cada um com características únicas e árvores de habilidades específicas. O jogador pode escolher entre um especialista em armas corpo-a-corpo, um engenheiro que repara torretas ou um atirador de elite. As classes agora estão vinculadas a personagens específicos, o que traz identidade visual e funcional, mas limita a liberdade vista nos títulos anteriores.

A customização de armas também recebeu atenção, permitindo modificar munições, acessórios e até o funcionamento das armas. Essa mudança, junto com o novo sistema de perks mais profundo, enriquece a construção de builds e dá mais peso à progressão do personagem.

Killing Floor 3 entrega um visual hiper-realista com ambientes detalhados, Zeds grotescos e mapas cheios de verticalidade. Há também novidades como torretas implantáveis, ziplines e objetivos secundários nas missões, como reativar energia de estações ou coletar amostras de DNA, o que quebra a monotonia entre as rodadas.

Além disso, o jogo está totalmente localizado em português, o que facilita a imersão para o público brasileiro.

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Apesar das melhorias técnicas e novos sistemas, Killing Floor 3 não inova o suficiente em sua fórmula central. A estrutura de hordas, upgrades entre rodadas e enfrentamento de chefes permanece praticamente inalterada desde os jogos anteriores. A falta de variedade em modos de jogo, missões ou eventos torna a experiência repetitiva após algumas partidas.

A redução no número de classes em comparação a Killing Floor 2 (de 10 para 6), a menor diversidade de armas e o foco exagerado em cosméticos via battle pass contribuem para uma sensação de “produto incompleto”. O jogo parece ter sacrificado parte da sua identidade arcade e caótica para adotar uma abordagem mais contida e “limpa”.

Durante as minhas partidas no PS5 Base, eu tive inúmeras quedas de FPS, principalmente em momentos com muitos inimigos na tela.

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Outro ponto negativo é o matchmaking. Ao buscar partidas solo, muitas vezes o jogador é inserido em sessões já em andamento, o que prejudica a progressão e a experiência geral. Começar já nas últimas rodadas ou direto contra o chefe final enfraquece o impacto do loop de sobrevivência.

Mas e aí, Killing Floor 3 vale a pena?

Killing Floor 3 tenta renovar sua fórmula com melhorias técnicas e sistemas mais robustos, mas falha em manter o espírito que consagrou a série. O jogo acerta nos visuais e na customização, mas tropeça na falta de conteúdo e na repetição exaustiva da mesma estrutura. Para novos jogadores, é uma porta de entrada razoável. Para veteranos da série, pode soar como uma tentativa ambiciosa que esqueceu suas raízes.

Rewiew elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecido pela publisher.

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Resumo para os preguiçosos

Killing Floor 3 tenta renovar sua fórmula com melhorias técnicas e sistemas mais robustos, mas falha em manter o espírito que consagrou a série. O jogo acerta nos visuais e na customização, mas tropeça na falta de conteúdo e na repetição exaustiva da mesma estrutura. Para novos jogadores, é uma porta de entrada razoável. Para veteranos da série, pode soar como uma tentativa ambiciosa que esqueceu suas raízes.

Nota final

60
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Gráficos
  • Sistema de perks mais profundo e customização de armas

Contras

  • O jogo fica repetitivo após poucas missões
  • Pouca inovação em relação aos antecessores
  • Pouca variedade de classes e armas
  • Quedas de FPS no PS5 base
  • Problemas com o Matchmaking
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Giácomo
Giácomo
Apaixonado por Counter-Strike e Souls-Like, escrevo sobre games e animes no Critical Hits. No meu tempo livre, gosto de assistir séries e jogar basquete.