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Killer Instinct – Review

Alguém aí é do tempo em que se comprava revistas de CD Rom para jogar as demonstrações de jogos que estavam saindo? Aquele era um tempo legal (porém triste), onde você quase nunca sabia o que ia acontecer no final de um jogo, afinal, os Shareware geralmente vinham com um capítulo do jogo apenas. Era uma das únicas maneiras que nós, Brasileiros numa era sem internet, tínhamos de conseguir acesso a jogos novos de forma barata, ainda que paga. De alguma forma, esse Killer Instinct me lembra essa época.

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Killer Instinct para Xbox One foi anunciado com muito furor na época. Essa é uma das franquias mais desejadas nas listas de “por favor, lancem uma sequência” há muitos anos e… bom, o jogo tem tudo para ser ótimo, para falar a verdade, mas infelizmente é um tanto decepcionante. Por quê? Bom, sabe aquele aluno esperto pra caramba da sala que estuda só o suficiente para tirar um 6? É mais ou menos isso.

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  • Nome: Killer Instinct
  • Plataforma: Xbox One
  • Desenvolvedor/Publisher: Double Helix/Microsoft Studios
  • Lançamento: 22 de novembro de 2013

Por falar em seis, esse é o número mágico aqui, seis. O jogo vem com apenas seis personagens disponíveis. Que jogo de luta em 2013, quase 2014, vem com apenas esse número de personagens? Isso era pouco até para 1992, quando Street Fighter vinha com 8 e Mortal Kombat com 7, imagine nos dias de hoje onde qualquer lançamento de jogo de luta tem pelo menos 20 personagens.

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Apesar dos seis personagens, você tem apenas um disponível para jogar, Jago, e tem que pagar 20 obamas para liberar os outros cinco, mais dois personagens que serão adicionados em breve. Os personagens disponíveis inicialmente são: Jago, Orchid, Sabrewolf, Glacius, Thunder e Sadira, uma personagem nova na série. Os dois personagens a serem adicionados no futuro serão Fulgore e Spinal.

Até esses personagens virem, você tem apenas alguns modos de jogo disponíveis, como Survival, partida contra um amigo, Dojo (modo treino) e partidas pela internet contra outras pessoas, ou seja, não há tanto conteúdo assim, ainda, e não é como se vá haver tanto conteúdo assim no futuro, mas pelo menos o jogo ainda vai ter um modo história.

Mas e se relevarmos tudo isso e nos perguntarmos ok, seis personagens, mas vale a pena jogar? A resposta é sim. Killer Instinct, como eu disse, é um garoto inteligente que faz o mínimo para passar de ano. O j0go tem uma jogabilidade excelente e quem curte os jogos de luta da Capcom vai se ambientar ao jogo rapidamente.

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O esquema de luta funciona como os Killers clássicos, você mete a porrada no inimigo e tenta encaixar combos. Aqui nessa versão é bem mais fácil de fazer isso do que nas versões de Arcade, SNES e Nintendo 64, já que os combos saem com facilidade e, se você aperta os botões de três socos ou três chutes, o lutador encaixa mais três ataques sem dificuldade, até você tomar um Combo Breaker, claro. Aprender a hora certa de quebrar um combo, aliás, é fundamental para você sobreviver em Killer Instinct, já que não tem como ganhar uma partida com o clássico voadora + rasteira, pois eles tiram 2 ou 3% da vida do adversário.

Uma coisa que ficou, porém, faltando nesse Killer é a violência que os outros dois títulos de antigamente apresentavam. Comparando o jogo com o Mortal Kombat de 2011, não há nem o que falar, o MK dá um banho em termos de sangue voando pela tela e dano nos personagens. Aqui até há sangue saindo e tudo mais, mas o gore que era característica da série acabou se perdendo. Vai ver foi porque não deu tempo de adicionar mesmo.

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Aliás, falando nisso, uma das características de Killer Instinct que havia sido emprestada de Mortal Kombat eram as execuções. Aqui, elas infelizmente sumiram, você derrota o adversário e pronto, acabou ali a luta. Nada de quebrar ele em 20 pedaços, mostrar as tetas para ele morrer do coração ou coisas do tipo, infelizmente.

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Graficamente, o jogo é muito bonito, mas bem estático. Ele tem belos efeitos de luz e tudo mais, mas, como eu disse ali, se compararmos com Mortal Kombat, por exemplo, dá pra ver que mesmo sendo um jogo com a qualidade gráfica de texturas de nova geração, ele acaba perdendo em termos de dano dinâmico e de interatividade com os cenários.

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Killer Instinct é um belo jogo para o Xbox One, mas eu infelizmente tenho as minhas dúvidas se ele realmente vale os 20 dólares que cobra. O jogo é bom, sim, mas tem uma cara de incompleto em todos os cantos, não no sentido de mal feito, mas com muito pouco conteúdo para justificar 20 dólares, ainda mais os 60 que a edição super premium cobra. Talvez se o jogo fosse lançado em 2014, ele provavelmente ganharia o título de “melhor série que retornou ao mundo dos games”, mas do jeito que está agora, tem mais cara de demonstração de luxo do que de jogo completo.

Resumo para os preguiçosos

Killer Instinct volta ao Xbox One oferecendo sólido gameplay, mas tem muito pouco conteúdo disponível atualmente. É um bom jogo, mas talvez não justifique o investimento de 20 dólares nele agora, quem sabe mais pra frente, com todos os personagens liberados e mais modos de luta, ele valha, mas agora, parece mais uma demonstração do que um produto final.

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Prós

+ Gameplay fácil e intuitivo
+ O jogo vai agradar quem gosta de jogos de luta da Capcom
+ Killer Instinct, caras! Precisa falar mais?

Contras

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– Apenas seis personagens disponíveis no momento
– Pouquíssimo conteúdo, talvez não valha os 20 dólares.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

!

Contras

!

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.