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Injustice 2 – Review

O mundo dos jogos de luta foi redescoberto pelos fãs após o lançamento de Mortal Kombat em 2011. Desde então, tivemos Injustice, Mortal Kombat X e Street Fighter V, e agora é a vez de revisitarmos a franquia Injustice, que teve boas ideias no seu primeiro jogo, ainda que tivesse alguns problemas. Será que Injustice 2 consegue manter o que era bom e melhorar onde precisava?

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Em Injustice 2, você passa o tempo todo dentro do mundo alternativo de Injustice, aquele onde o Superman matou o Coringa no primeiro jogo. A Terra está em relativa paz após Superman ser vencido pelo Batman, mas logo as coisas vão se agitar novamente. Com a derrota do Homem de Aço, Gorilla Grodd cria um novo esquadrão de vilões com vítimas e ex-aliados de Superman, e Batman e seus aliados devem voltar a combatê-los. O que o Homem Morcego não imagina é que Grodd está trabalhando para outro vilão: Brainiac, o ser que destruiu o Planeta Kripton.

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Para vencer Brainiac e os outros vilões: Batman fica diante de uma difícil escolha: pedir ajuda para o Superman ou não? E o que fazer com ele caso eles derrotem Brainiac? Isso tudo e muito mais é respondido numa campanha de cerca de 5 horas. Não é tanto quanto em Mortal Kombat de 2011, mas é mais ou menos o mesmo tempo da campanha de Injustice original e de Mortal Kombat X e, diferente do mais recente título da Netherrealm, essa campanha deixa tudo bem explicado e tem uma história bem trabalhada.

Esse é apenas um dos pontos fortes de Injustice 2. O jogo também conta com um sistema de batalhas muito melhor do que o de Injustice original, e um pouco diferente do de Mortal Kombat X, o que é bom, já que o jogo não fica parecendo apenas um reskin do Mortal Kombat mais recente, e sim um jogo com sistemas próprios e personalidade. No jogo, você conta com três botões de ataque, um botão de ação especial, um botão de agarrar, super ataques (semelhantes aos X-Ray Attacks de Mortal Kombat, mas bem mais exagerados) e as já conhecidas interações com os cenários do jogo.

O gameplay da pancadaria é bem divertido e preciso. E, como ponto positivo para o jogo, é fácil de se jogar mesmo sem ser muito experiente em jogos de luta. Ainda assim, o jogo recomenda você fazer o tutorial logo no começo e ele acaba ajudando bastante. Em menos de 5 minutos você aprende a como interagir com o cenário, usar especiais, acertar alguns combos e fazer o seu adversário quicar pelo cenário como uma bola de silicone.

Um ponto muito divertido que volta ao jogo são as transições de cenário, que ficaram ainda mais exageradas e explosivas do que antes. Você pode arremessar um adversário pelas áreas da Batcaverna, ou por Arkham e vê-lo se explodindo no caminho e perdendo uma boa quantidade de energia. Não é a coisa mais fácil de mundo acertar o ataque para isso pois ele é lento, mas é bem recompensante quando o ataque encaixa.

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Um detalhe que pode acabar dividindo os jogadores no gameplay de Injustice 2 é que cada personagem tem um nível e, conforme você aumenta esse nível, o personagem vai ficando mais forte. Se você só gosta de jogar com o Batman, ele vai ficar muito mais forte que os adversários, e isso pode acabar com a diversão do multiplayer local, por exemplo. Eu não entendi porque a Netherrealm decidiu fazer isso, sinceramente. Talvez seja para o sistema de equipamentos (já conversaremos sobre ele), mas deveria haver a opção de desligar esse aumento de status no multiplayer do jogo, afinal, nem todo mundo tem tempo de ficar upando outros personagens do elenco só para quando alguém quiser trocar umas porradas.

O jogo ainda conta com um sistema de loot que é interessante, ainda que seja baseado na sorte. Após vencer lutas, você ganha caixas do Brother Eye para abrir e coletar peças de equipamento. As peças aumentam os status dos seus heróis e vilões, e podem ser equipadas após você atingir um certo nível com eles. Cada peça, exceto pelas Épicas, são aleatórias, ou seja, há uma possibilidade ilimitada de itens dentro do jogo, dando ao jogador a possibilidade de basicamente jogar Injustice para sempre atrás do set de equipamentos ideais do seu herói favorito. Alguns desses equipamentos ainda contam com vantagens e desvantagens para você enfrentar certos adversários, o que pode acabar desbalanceando batalhas do modo online do game, então vão ser interessante ver o que a Netherrealm vai fazer se isso acabar acontecendo.

Outro ponto positivo de Injustice 2 é o elenco do jogo. Além dos vários personagens disponíveis na campanha, apenas do lado do bem, você ainda conta com uma boa quantidade de vilões para controlar também, totalizando 29 personagens, e isso sem contarmos os que serão adicionados futuramente via gameplay, dando assim uma sensação de que o jogador realmente está recebendo um trabalho completo, e não apenas o começo de um jogo que vai acabar recebendo novos lutadores mais pra frente e outras adições nos meses seguintes ao lançamento (olá, Street Fighter V, estou olhando para você).

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Além da campanha e dos tradicionais modos versus, o jogo ainda conta com alguns outros modos bem interessantes para você continuar jogando o jogo mesmo depois do fim do modo história. O meu modo favorito do jogo acabou nem sendo o modo história dele, e sim o Multiverso, um modo onde você é colocado diante de cenários de realidades alternativas e deve resolver as crises dessas Terras enfrentando uma sequência de adversários. Ao vencê-los, você ganha caixas de itens para abrir e equipar o seu personagem, além de experiência para o seu herói e para o seu perfil. O modo multiverso basicamente é infinito também, afinal, todo dia ele é renovado com 5 ou 6 desafios para você vencer. Alguns deles são livres para você usar o personagem que você quiser, já outros são fixados em certos personagens.

Para completar, o jogo ainda conta com uma série de modos online que são divertidos e que vão fazer o jogador também perder um bom tempo trocando pancadas com desconhecidos. Além de, claro, o modo multiplayer local e um modo onde você manda seus lutadores controlados pela IA para enfrentar lutadores de outros jogadores controlados pela IA. Não acrescenta muito ao jogo, mas é legal ver se o seu Batman vai bater no Superman do seu vizinho, por exemplo.

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Com isso, Injustice 2 apresenta o “pacote completo” dos jogos de luta. Um modo história divertido e bem escrito, vários modos competitivos entre jogadores, um modo que te dá desafios ilimitados e tudo isso regido por um gameplay sólido e divertido, além de um elenco farto de lutadores e de arenas de combate, fora os outros que serão adicionados ao jogo em atualizações pagas no futuro.

Graficamente, Injustice 2 é um jogo bonito pra caramba. As animações faciais dos personagens são exuberantes, e os gráficos da pancadaria são muito bonitos também. O jogo realmente se sai muito bem nesse quesito. A trilha sonora do game também é boa, com uma boa dublagem tanto em português quanto em inglês, e vai agradar a quem comprar o jogo.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One fornecida pela Warner Bros. do Brasil.

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Resumo para os preguiçosos

Injustice 2 traz o pacote completo dos jogos de luta: uma campanha bem escrita e com uma duração interessante, um sólido gameplay de pancadaria, uma porrada de extras para fazer o jogo durar bem mais e um elenco extenso. O jogo consegue melhorar os problemas do título original e está bem longe de parecer um “Mortal Kombat com skins de personagens da DC”. Desta vez o jogo conta com muita personalidade, e realmente vai agradar tanto aos fãs da DC quanto de jogos de pancadaria. Recomendadíssimo.

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Sólido sistema de pancadaria
  • Uma boa e bem escrita campanha
  • Vários personagens
  • Bons modos extras para aproveitar o jogo mesmo após o final da campanha

Contras

  • O sistema de level up pode atrapalhar os modos competitivos
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.