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Indiana Jones e o Grande Círculo (PS5) – Análise – Vale a Pena – Review

Indiana Jones e o Grande Círculo está chegando na plataforma da Sony e muitos fãs estão ansiosos para finalmente poder jogar, mas será que vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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A história do jogo

Indiana Jones e o Grande Círculo (PS5) – Análise – Vale a Pena – Review

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O jogo é uma verdadeira carta de amor aos fãs das clássicas aventuras do arqueólogo mais famoso do cinema. Situado logo após os eventos do filme “Os Caçadores da Arca Perdida”, Indiana Jones e o grande círculo narra uma aventura inédita.

Tudo começa com um misterioso roubo na Universidade Marshall, envolvendo uma antiga múmia que coloca Indy em uma frenética corrida contra o tempo. Sua missão é impedir que o arqueólogo nazista Emmerich Voss obtenha o poder do lendário Grande Círculo, um conjunto de sítios arqueológicos interligados que prometem controlar espaço e tempo.

Um dos maiores méritos do jogo é sua fidelidade ao espírito original das histórias de Indiana Jones. O enredo mantém um bom ritmo, com reviravoltas constantes e personagens carismáticos, dignos de um blockbuster hollywoodiano. Embora não reinvente a fórmula desse tipo de jogo, a trama é muito bem executada, recheada de bons diálogos e momentos excelentes de humor.

Exploração e combate

Uma das maiores surpresas positivas de Indiana Jones e o Grande Círculo está no sistema de combate. Desenvolvido pela MachineGames, conhecida pelos intensos shooters de Wolfenstein, o jogo transita habilmente para um combate corpo a corpo muito satisfatório em primeira pessoa. Esqueça a fluidez de outros títulos: aqui, cada golpe parece pesado e visceral, especialmente ao enfrentar hordas de nazistas.

Indy não apenas soca e desvia com precisão, como também pode improvisar com diversos objetos encontrados no cenário, transformando simples utensílios domésticos em armas eficazes. Seu icônico chicote desempenha papel estratégico importante: pode desarmar inimigos, puxá-los para perto e até derrubá-los de locais altos. Esse arsenal improvisado garante que cada confronto seja único, estimulando a criatividade e tornando a ação bem empolgante.

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Embora exista uma mecânica stealth básica, o combate direto é mais divertido e dinâmico. Armas de fogo estão disponíveis, mas seu uso é equilibrado pelo risco que oferecem devido ao barulho, que alerta os inimigos próximos. A única ressalva do sistema de combate fica por conta da inteligência artificial dos adversários, que frequentemente apresenta falhas irritantes, facilitando alguns encontros e reduzindo a sensação de desafio.

Indiana Jones e o Grande Círculo (PS5) – Análise – Vale a Pena – Review

A exploração é outro ponto forte de Indiana Jones e o Grande Círculo, sendo um dos elementos mais marcantes da experiência. O jogo apresenta áreas majoritariamente lineares, com caminhos bem definidos, mas surpreende positivamente com três grandes regiões abertas para exploração detalhada. A mais impressionante delas é uma recriação da Cidade do Vaticano, onde você pode facilmente passar várias horas desvendando segredos, resolvendo puzzles opcionais e coletando itens valiosos.

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Cada cenário, desde a devastada Shanghai até um navio nazista congelado no topo das montanhas do Himalaia, foi recriado com atenção aos detalhes históricos e culturais da década de 1930. Esse tipo de cuidado aumenta a imersão e reforça o sentimento de descoberta e aventura.

A exploração também se beneficia de puzzles inteligentes e variados, eles são equilibrados, oferecendo dificuldade moderada sem cair na frustração. Por outro lado, algumas áreas sofrem com o excesso de espaço sem muito conteúdo relevante, tornando o deslocamento tedioso. A ausência de um sistema eficaz de fast travel também é sentida nessas situações, especialmente durante side quests repetitivas ou objetivos secundários menos interessantes.

Apresentação audiovisual

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Visualmente, Indiana Jones e o Grande Círculo é lindo e charmoso, e a versão de PS5 está muito bem otimizada. Até onde pude sentir, manteve os 60 fps estáveis no Playstation 5 base.

Cada localização é repleta de vida, desde pequenos objetos decorativos até condições climáticas dinâmicas, conferindo ao jogo uma ambientação digna das grandes produções cinematográficas. A única reclamação aqui fica por conta das animações, que muitas vezes são esquisitas demais, principalmente as animações faciais de certos personagens que parecem surreal e as vezes acabam caindo no vale da estranheza.

Mas o  ponto mais alto do aspecto audiovisual, sem dúvidas, fica com a atuação de voz e a captura de movimentos. Troy Baker brilha no papel de Indiana Jones, entregando uma performance que captura perfeitamente a essência do personagem imortalizado por Harrison Ford. Alessandra Mastronardi como Gina Lombardi também se destaca, dando  profundidade emocional e nuances cômicas e dramáticas igualmente convincentes.

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A trilha sonora evoca a nostalgia das produções originais, com composições vibrantes e empolgantes que acompanham perfeitamente cada momento da aventura, mantendo o jogador completamente imerso. O jogo também conta com dublagem e legendas em português brasileiro, e apesar de serem boas, sinto que se perde um pouco da experiência ao deixar de ouvir o Troy Baker no áudio original.

Uma reclamação meio chata aqui é que o jogo não te permite alterar somente o áudio da dublagem, e para jogar em inglês é preciso mudar o idioma do sistema inteiro no PS5, o que vai se tornar um problema para aqueles que não dominam completamente o inglês.

Mas e aí, Indiana Jones e o grande círculo vale a pena?

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Indiana Jones e o Grande Círculo é uma experiência altamente recomendável para fãs do personagem e do gênero de ação e aventura. Apesar de pequenas falhas técnicas e uma IA inconsistente, o jogo conquista pela qualidade narrativa, pelo excelente sistema de combate e pela exploração repleta de segredos interessantes.

Visualmente impressionante, o título honra o legado cinematográfico da franquia e oferece horas de diversão autêntica e cativante. Não é perfeito, mas certamente figura como um dos melhores jogos já baseados nas aventuras do eterno Dr. Henry Jones Jr.

Review elaborado com uma chave para PS5 cedida pela Publisher.

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Resumo para os preguiçosos

Indiana Jones e o Grande Círculo é uma carta de amor aos fãs do icônico arqueólogo, trazendo uma história empolgante situada logo após Os Caçadores da Arca Perdida. Com um enredo envolvente, personagens carismáticos e ambientações fiéis à década de 1930, o jogo mistura ação e exploração com o charme dos clássicos do cinema. O combate em primeira pessoa é um dos pontos altos, com lutas intensas, uso criativo do cenário e o icônico chicote de Indy sendo peça fundamental. Apesar de pequenas falhas na inteligência artificial dos inimigos, a experiência de enfrentar nazistas com socos e objetos improvisados é divertida e satisfatória.

A exploração é bem recompensadora, com locais abertos cheios de segredos e puzzles que equilibram desafio e diversão. Visualmente, o jogo impressiona com cenários detalhados e ótima performance no PS5, embora as animações faciais deixem a desejar. Troy Baker entrega uma atuação marcante como Indiana Jones, e a trilha sonora mantém o clima de aventura do começo ao fim. Mesmo com limitações no sistema de idiomas e alguns trechos com pouco conteúdo, o jogo se destaca como uma das melhores adaptações do personagem para os games, sendo quase obrigatório para qualquer fã de aventuras cinematográficas.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • História
  • Exploração
  • Combate
  • Audiovisual

Contras

  • IA de inimigos ruim
  • Animações faciais
  • Não tem opção de mudar áudio dentro do jogo
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Valteci Junior
Valteci Junior
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.