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Hell Architect – Review

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Hell Architect é o primeiro jogo a tentar seguir o caminho criado por Oxygen Not Included, e que foi muito bem recebido pelos fãs de jogos de gerenciamento. A proposta do game criado pelo pessoal da Woodland Games, porém é um tanto diferente: ao invés de criar uma base espacial, o jogador deverá manejar um verdadeiro inferno — literalmente. Mas será que vale a pena?

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A proposta até que é interessante e lembra um bocado a vida de Afterlive, joguinho inovador lá da década de 90 que fez a cabeça de muita gente que amava simuladores e similares. Mas os pontos positivos meio que param por aí, por que para um game de 2021, Hell Architect parece ser uma verdadeira bagunça.

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A primeira coisa que notei ao entrar no jogo foi a falta de um bota de “New Game”. Eu sei, algo que parece bobo, mas que no meu caso realmente fez falta. Não consegui entender para que lado deveria ir ou por onde deveria começar. Por sorte resolvi fazer o tutorial e acabei tendo uma das poucas surpresas positivas com o game.

O tutorial de Hell Architect é bastante competente em mostrar todos os detalhes do funcionamento do jogo. Basicamente existem dois recursos principais: os de construção e os de consumo.

Os materiais de construção servem para que você possa construir itens e melhorar o seu inferno, enquanto os itens de consumo vão manter seus pecadores “bem” por mais tempo. Mas afinal de contas qual é o objetivo do game?

Foi exatamente o que me perguntei nos primeiros minutos. Aparentemente você é responsável por gerenciar o inferno e tem como objetivo controlar um bando de pecadores para fazer o inferno crescer, enquanto extraí o máximo de sofrimento destes pecadores.

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O sofrimento também acaba sendo outro tipo de bem precioso utilizado no desenvolvimento do inferno, e para obtê-lo você precisa submeter os pecadores às mais variadas torturas disponíveis.

Neste ponto percebe-se que Hell Architect possuí um grande potencial de apresentar alguma diversão. Mas a falta de rumo na execução acabou deixando as coisas um pouco complicadas demais.

É difícil não comparar Hell Architect com Oxygen Not Included, visto que ambos os jogos são praticamente idênticos em temos de mecânicas. Porém o segundo consegue “modular” suas complexidades em áreas diferentes fazendo com que o jogador saiba exatamente onde esta e caso se perca sem saber para onde rumar, consiga encontrar a solução para o problema dentro da própria UI do game.

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Hell Architect é um verdadeiro inferno em todos os sentidos. Não que descobrir como as coisas funcionam sejam muito difícil, mas os elementos de gameplay, os itens, construções e tudo mais é tão jogado de qualquer jeito que você se sente numa grande salada vermelha.

O funcionamento da maioria dos itens é bem intuitivo, mas demora um pouco para o jogador entender que nem todas as ações são automatizadas no jogo.

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Hell Architect também conta com as famigeradas cadeias de produção, onde um item é extraído e processado de novo e de novo até ser transformado em algo extremamente valioso. Porém, como já mencionado acima, os caminhos para se obter estes itens manufaturados são meio esquisitos de entender, e sinceramente eu só segui em frente porque precisava escrever esta análise.

A cada 10 minutos o game te presenteia com um novo pecador, e este reforço sempre é útil para melhorar o seu inferno de qualquer maneira que seja. Você também pode escolher abrir mão de um novo pecador para obter essência, que vai te ajudar a obter itens de valor ainda mais alto. Mas acredite, melhor deixar isso mais para frente.

Cuidar de um inferno com poucos pecadores pode ser difícil, mas ter muitos deles ao mesmo tempo, também não é muito recomendado. Caso você não dê a devida atenção a um pecador, ele pode ser simplesmente salvo e você perde um dos seus valiosos trabalhadores.

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Este acaba sendo o principal desafio do jogo, e confesso que foi aqui que mais me diverti.

O jogador também pode personalizar o seu Inferno da forma como bem entender, mas sinceramente não me senti motivado em construir nada além do necessário. O visual de Hell Architect realmente não me pegou, apesar de não poder ser considerado mau feito ou desleixado.

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Contudo, ele também não parece ser muito polido, ou apresentar uma direção de arte única como no caso de Oxygen Not Included. Conforme a tela vai ficar mais cheia, mais o jogo parece um daqueles antigos jogos em flash, cheios de chanfros e estampas.

Sinceramente não vi nada que me faça acreditar que Hell Architect seja um jogo que valha a pena. A ideia e aproveitar as mecânicas de um game que deu certo em algo diferente pode até parecer promissora, mas parece ter sido mau executada e não apresenta absolutamente nada de original.

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A experiência com Hell Architect não é divertida nem cativante. Os gráficos do game são monótonos e sem graça, e o único motivo pelo qual continuei a jogar foi por ter assumido o compromisso de escrever este review.

No fim, a sensação que tive ao experimentar Hell Architect foi a mesma de receber um Polystation no natal. O que é triste por que num primeiro momento eu realmente acreditei que fosse me divertir com o jogo.

Resumo para os preguiçosos

Hell Architect é um game que tenta aplicar a fórmula de Oxygen Not Included em algo novo, sem inovar em absolutamente nada. O game acaba falhando em apresentar algo original e consegue ser ainda pior do que a proposta que pretende copiar.

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É como receber a cópia de um artigo e não conseguir ler as partes que mais lhe interessam.

O visual não agrada, o gameplay é confuso e a miscelânea de funções, itens, construções e tudo mais acaba se confundindo em uma verdadeira salada vermelha infernal .

Nota final

30
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Trilha Sonora
  • Tutorial bem feito e muito explicativo no que diz respeito às mecânicas do jogo
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Contras

  • Gráfico entediante que lembra um jogo feito em flash
  • Gameplay confuso e que não diverte
  • Monótono
  • Sem graça

 

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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.