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Halo Wars 2 – Review

Jogos de estratégia raramente saem para console, ainda mais nos dias de hoje, quando o gênero acabou esfriando completamente, se comparado com a era de ouro dele nos anos 90. Quando Halo Wars se autoproclamou a melhor franquia de estratégia dos consoles, eu fiquei pensando que outros concorrentes ela teria e, se por causa dessa fraca concorrência, isso poderia fazer os fãs acabarem olhando para o jogo com menos rigorosidade do que se ele saísse no PC. Tendo isso em vista, e o fato de Halo Wars 2 estar disponível tanto no Xbox One e no Windows 10, como será que o segundo capítulo da franquia se sai?

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Halo Wars 2 se passa logo após os eventos de Halo 5. No jogo, você controla novamente a tripulação da nave Spirit of Fire, da UNSC, e deve contar uma nova ameaça, os Banidos, um contingente dissidente dos Covenant, liderados por Atriox, que ascendeu ao poder após a decadência do Covenant.

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O jogo funciona basicamente como os jogos de estratégia básica dos anos 90, mas com algumas influências dos Moba da atualidade. As fases continuam basicamente como em jogos de estratégia normais, ou seja, você tem alguns objetivos primários, como derrubar a base do inimigo, ou conseguir conquistar certos pontos do mapa e mantê-los por uma quantidade de tempo X, ou ainda a clássica missão de sobreviver por algum tempo antes do resgate chegar.

Além dessas missões, o jogo ainda conta com algumas fases onde você deve enfrentar chefes, que são unidades mais fortes do que os inimigos normais e que são basicamente uma esponjona de balas onde você deve mandar o máximo de soldados o possível para que ele morra e não destrua todo o seu exército de uma vez.

Para construir o seu exército, o jogo conta com um esquema de base em locais pré-estabelecidos e a construção de minas de recursos, quartéis e assim por diante. Dependendo das estruturas que você construir, você pode treinar unidades diferentes, que podem ser terrestres ou aéreas. Cada unidade tem seus prós e contras, e funciona melhor contra certas unidades do jogo, assim como em qualquer jogo de estratégia do mercado.

Além das unidades normais como soldado que atira nos inimigos e aviões, o jogo ainda conta com unidades heróicas e também com unidades com habilidades especiais, como os jipes, que podem atropelar inimigos exatamente como você provavelmente fez em Halo em algum momento da sua vida. Algumas missões do jogo, inclusive, são centradas nessas unidades, fugindo um pouco da rotina de construir base, juntar recursos, criar um exército e ir pra cima do inimigo com 200 mil unidades.

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No geral, a campanha de Halo Wars 2 é bem satisfatória, e conta com 10 fases que oferecem um desafio variado ao jogador. Ao final de cada fase, você ainda pode assistir a uma computação gráfica com o desenvolvimento da história do jogo, no melhor estilo das computações gráficas que víamos durante os principais momentos de jogos como Warcraft III ou StarCraft II. No geral, a campanha de Halo Wars 2 não deve em nada a dos principais jogos de estratégia do mercado.

O principal ponto de pergunta, na verdade, é na questão dos controles, sobre como eles ficariam adaptados ao controle do Xbox One num jogo de estratégia, afinal, esse é um gênero feito para o teclado e mouse. Felizmente, a resposta é: muito bem, obrigado. O sistema de botões do controle foi muito bem mapeado para oferecer conforto ao jogador e acesso rápido às unidades que você tem espalhadas pelo mapa.

Um ponto muito legal de Halo Wars 2 é que o tabuleiro do jogo é muito bem animado e cheio de vida. Mesmo nos combates entre unidades fracas, você vê um mini combate animado desenrolado exatamente como se você estivesse dentro de Halo. O jogo cumpre muito bem o papel de ser uma representação gigantesca do universo do jogo, tanto nos enfrentamentos quanto na hora de você treinar e construir as bases, onde você vê as estruturas chegando via avião e assim por diante.

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Além do modo single player, o jogo ainda conta com uma série de modos multiplayer, que prometem estender a vida do game por bem mais tempo para os fãs do gênero de estratégia. Além do clássico modo de base versus base, o jogo ainda conta com o modo Blitz, um modo com uma pegada arcade bem interessante e que usa cartas para chamar unidades, ao invés da base (vale ressaltar que esse modo conta com microtransações), e o modo Domination, que é centrado em você manter certos pontos do mapa para ganhar pontos, como nos jogos de tiro.

Graficamente, como eu citei acima, uma das coisas mais legais de Halo Wars 2 é como o mundo do jogo é vivo e cheio de coisas acontecendo enquanto você está preocupado em destruir a base do inimigo ou conseguir certos objetivos do mapa. O jogo realmente tem belos gráficos e vai fazer você se sentir um pequeno deus dentro do universo da franquia controlando sua base, travando combates em larga escala e assim por diante. A trilha sonora do jogo também é boa e cumpre bem o papel dela.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One fornecida pela Microsoft do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

A franquia Halo Wars afirma ser a melhor franquia de estratégia para console e, apesar da concorrência ser baixa, ela traz em Halo Wars 2 um capítulo que poderia muito bem competir com grandes jogos de estratégia e não fazer feio. O jogo conta com uma campanha divertida e modos multiplayer bem interessantes. Fãs da franquia Halo vão gostar muito do jogo, e fãs de jogos de estratégia em geral também vão gostar do que vão encontrar por aqui. Além disso, o jogo ficou muito bem adaptado para o controle do Xbox One.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Boa campanha e bela adaptação dos controles de jogos de estratégia para o controle
  • Gráficos muito bonitos e cheios de vida
  • Boa trilha sonora

Contras

  • Apesar das missões da campanha serem divertidas, o enredo em si dela é um pouco fraco
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.