Gunman Clive – Review

O Velho Oeste americano não é algo que nos atraia tanto assim quanto aos co-irmãos do norte, mas quem jogou Sunset Riders quando era mais novo, ou até já assistiu um western que outro,  ou quem sabe até Red Dead Redemption, pode se interessar um pouco mais sobre o assunto. Eu não sou bem o tipo de pessoa que me encaixa em nenhuma dessas categorias, mas Gunman Clive conseguiu ser interessante o suficiente para me fazer até cogitar assistir um filme ou dois do assunto.

Gunman Clive é um jogo de aventura extremamente simples, além de curto, mas bem divertido. Nele, você pode controlar a princípio um dos dois personagens principais da história, Clive ou Ms Johnson, e deve resgatar o outro das garras de bandidos que sequestraram o personagem que você não escolheu. Tudo isso, claro, no ano 18xx.

• Nome: Gunman Clive
• Plataformas: PC, 3DS
• Publisher/Desenvolvedor: Hörberg Productions
• Lançamento: 03/01/2013 (3DS), 20/04/2013 (iOS), 11/12/2013 (Android) 04/01/2014 (PC)

Para isso, vale o esquema clássico de jogos de tiro, você anda, atira, se abaixa, pula plataformas, desvia de tiros, etc. O jogo realmente não tem nada de inovador nesse quesito, mas é bem divertido no que se propõe. Aliás, Gunman Clive não inova em absolutamente nada no gênero, mas é o jogo perfeito para quem tem um tempo livre e quer algo novo e desafiante.

Os controles do jogo são bem precisos, não havendo aquelas escorregadas clássicas de jogos de aventura da época do SNES nem nada do tipo, é correr, atirar, desviar dos tiros quando necessário e chegar até o fim da fase o mais rápido possível.

Algo curioso, e interessante, em Gunman Clive, é que Clive, teoricamente o personagem genérico e principal que deve resgatar a donzela em apuros, é pior do que ela. Ms Johnson tem uma habilidade de “planar com o vestido” no estilo Princess Peach que acaba tornando ela o melhor personagem do jogo.

Toda a aventura ocorre em 20 fases que duram cerca de um minuto, ou um minuto e meio cada, se você não morrer, claro. Como não há save points durante as fases, se você morrer, é necessário recomeçar o estágio lá do começo, o que não é muito agradável em algumas fases onde você tem que aprender algum movimento novo (como rolar pedras ou dar saltos precisos), mas adiciona um pouco de tempo ao jogo, já que as fases são bem curtas.

O jogo realmente não é um projeto ambicioso e isso pode ser muito bem sintetizado nos gráficos de Gunman Clive. Em movimento, o visual parece ser aquelas animações feitas num bloco de notas com uma caneta. Apesar disso, o jogo tem gráficos poligonais, mas que estão longe de exigirem do poder da sua máquia.

A trilha sonora de Gunman Clive é muito bem executada, e você provavelmente vai ficar com uma ou outra música do jogo na cabeça durante as pausas dele. Vou parecer um papagaio repetindo isso pela vigésima vez, mas as músicas são simples e chicletes, mas bem divertidas.

Terminado o jogo com Clive ou com Ms Johnson, você libera um terceiro personagem: um pato, igual aos que você encontra no jogo. Aqui, a ideia é correr pelas fases que você passou metendo bala em todo mundo sem poder usar armas, afinal, patos não voam. Sua única habilidade é voar para evitar inimigos, mas, diferente de patos de verdade, aqui o voo é de galinha, você levanta voo e acaba caindo logo em seguida. Se você realmente quer ser desafiado por Gunman Clive, aqui está o modo certo para você.

Resumo para os preguiçosos

No fim das contas, Gunman Clive é um jogo que oferece muito mais do que os dois dólares que ele cobra sugerem. É um jogo de ação curto, porém divertido, que tem um estilo de arte bem interessante e controles precisos. Ideal para quem quer matar o tempo em algo simples.

Prós

+ Gameplay divertido e preciso
+ Estilo de arte cativante

Contras

– Curto demais