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Gryphon Knight Epic – Review

Observação: A indústria brasileira de games está em franca expansão, e cada vez mais títulos são lançados. Para cobrir os jogos desenvolvidos aqui no Brasil, o Critical Hits desenvolveu o Projeto Prata da Casa, pouco tempo após o site ser lançado. Após um hiato, o projeto está de volta, desta vez apoiado pelos nossos patrões, que acessaram o apoia.se/criticalhits, tornaram-se apoiadores do site e agora também vão poder acompanhar reviews dos melhores jogos Made in Brazil.

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Em Gryphon Knight Epic é um jogo que começa do fim, ou melhor, começa logo após o final feliz. Você, um cavaleiro poderoso que faz parte de uma trupe de heróis que derrotou um dragão. Após isso, você casou-se com a sua amada e vivei feliz para sempre, até que descobriu que o seu prêmio por vencer o dragão veio com um pequeno defeito de fábrica: ele separou o mal do corpo dele e agora esse lado malvado quer dominar o mundo todo. Você, obviamente, quer evitar que isso aconteça, e é assim que Gryphon Knight Epic começa, com Sir Oliver indo atrás dos amigos que também participaram da aventura anterior para ver se está tudo bem com eles, enquanto persegue o seu próprio “Dark Side” (detalhe, isso tudo aconteceu quando você saiu para caçar a janta para a sua amada, Oliver deixou-a sem nem avisar onde ia, acho que ele vai dormir no sofá por um bom tempo quando voltar pra casa, mas enfim, voltemos ao assunto principal).

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O jogo faz um bom trabalho em misturar uma série de estilos diferentes de gameplay, e é uma espécie de Shump (shoot them up) com uma forte influência de Mega Man na organização geral do game. Você basicamente tem que percorrer pelas fases (que não são apenas andando para a direita com na maioria dos jogos do gênero) matando tudo o que aparece pela frente (e às vezes resgatando alguns cidadãos ou resolvendo puzzles) até que chega ao chefe final da fase.

Ao vencer o chefe final da fase, você ganha uma nova habilidade, descobre um pouco mais sobre como parece ter sido uma péssima ideia pegar as armas do dragão e segue para o próximo desafio. As fases variam entre si em dificuldade e, enquanto algumas oferecem um nível honesto de desafio, outras são extremamente injustas nisso, e chegam ao nível de serem frustrantes, obrigando o jogador a ou ter que baixar o nível de dificuldade do jogo para o mínimo (e ainda assim encontrar dificuldade para chegar ao final da fase) ou passar horas tentando o mesmo estágio que deveria durar no máximo 10 ou 15 minutos.

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Aí está o principal problema de Gryphon Epic Knight, parece que a Cyber Rhino Studios se empolgou um pouco na hora da montagem de fases e colocou vários elementos complicantes durante alguns instantes. Um exemplo disso é a fase da Torre do Mago, onde você tem que percorrer um certo caminho durante a fase e não pode encostar em certos lugares senão perde vida. Ok, isso seria bem justo, se não houvesse uma chuva de inimigos que, ao encostarem em você, fazem o seu personagem ficar tonto, o que acaba invertendo os seus controles (pra cima vira pra baixo e assim por diante) e você obviamente bate em tudo o que vê pela frente, fica tonto novamente, bate novamente, fica tonto novamente, morre e quer se matar por ter que começar tudo de novo.

Apesar desse problema (que não chega a ocorrer em todas as fases), Gryphon Knight Epic também tem suas qualidades, como uma boa construção de habilidades, batalhas contra chefes bem divertidas e humor em vários dos diálogos do jogo, além disso, o jogo te faz querer jogar mais dele, por mais que você esteja morrendo e se irritando com o jogo, ou seja, é mais um daqueles jogos que desenvolve a boa e velha Síndrome de Estocolmo no jogador.

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Graficamente, Gryphon Knight Epic traz visuais pixelados que não chegam a ser exatamente no estilo 8/16 bits de ser, e que eu pessoalmente não gostei tanto assim. Se fosse mais pixelado, talvez tivesse um pouco mais de estilo, mas no fim das contas, como ele está, ficou parecendo mais um daqueles jogos de navegador mesmo. Não que o jogo seja feio, longe disso, mas eu pessoalmente não gostei tanto assim do estilo de arte adotado durante o game. Já no departamento sonoro, o game traz belas músicas e efeitos sonoros competentes. Vale lembrar também que ele vem 100% em português.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One fornecida pela desenvolvedora do game.

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Resumo para os preguiçosos

Gryphon Epic Knight é um bom jogo que, apesar de ter seus defeitos, consegue prender o jogador do começo ao fim. Há momentos em que você vai acabar se forçando a baixar a dificuldade por causa da dificuldade desbalanceada, mas ainda assim, o game traz uma experiência divertida, cheia de humor e com vários pontos bem construídos. Ele não chega a ser um dos grandes indies por causa desses problemas de balanceamento em algumas fases, mas ainda assim é um belo jogo.

Nota final

70
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Boas inovações ao gênero shump
  • Chefes bem trabalhados
  • Viciante

Contras

  • Momentos frustrantes em algumas fases
  • O estilo gráfico não agradou
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.