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God of War: Ascension – Review

God of War: Ascension é um jogo ambicioso. Seus cenários gigantescos, seus combates em locais que se movem, são elementos que lembram bastante o que os jogos anteriores da franquia haviam feito. O jogo aperfeiçoou as mecânicas existentes e implementou novas ideias. Apesar de não conseguir alcançar o marco deixado por God of War 3, o jogo não deixa de entregar uma experiência muito boa e divertida.

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O jogo conta o inicio da história de Kratos, o general espartano que se tornou um semi-deus. No jogo, Kratos foi capturado pelas Fúrias por quebrar o juramento de sangue que havia feito à Ares. As Fúrias, por sinal, são as principais vilãs do jogo. A história do jogo em si é meio complicada, alternando entre o tempo atual e algumas semanas antes, o que fez com que eu me perdesse um pouco na história. A história não é tão linear e clara como a de God of War 3. Inclusive, acho que o grande problema de God of War: Ascension é na verdade o próprio God of War 3.

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Sendo ele um jogo impecável, viciante e um dos melhores jogos da geração passada, acredito que muitas pessoas chegaram pra jogar Ascension com as expectativas muito altas, o que explica muitas reviews desfavoráveis que eu li por aí antes de jogar. Era praticamente impossível superar o jogo anterior, e de fato não conseguiram. Porém, God of War: Ascension não deixou de ser um jogo muito divertido, com uma mecânica de combate excepcional e satisfatória.

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O sistema de combate do jogo é muito similar ao anterior. Só que ao invés de Kratos possuir armas diferentes, agora tudo gira em torno das Blades of Chaos, alterando os poderes mágicos utilizados em conjunto com a arma. O combate flui de forma quase que perfeita, com uma infinidade de combos e variações disponíveis. Além da arma principal, golpes mágicos e artefatos que são adquiridos ao longo do jogo também podem (e devem) ser utilizados nos combates. E ver o Kratos acabar com ondas de inimigos de várias formas é um dos principais pontos fortes do jogo.

Há muito tempo eu não me divertia tanto com um sistema de combate. Porém, ao mesmo tempo em que o pessoal da Sony Santa Monica caprichou no sistema de combate, eles foram bem preguiçosos em desenvolver desafios diferentes. Em alguns momentos, eles basicamente enchem a tela de inimigos num espaço pequeno e esse se torna o seu desafio, o que eu acho bem frustrante. Em contrapartida, os quebra-cabeças do jogo são muito bem desenvolvidos, e por vezes até bem complicados, e a sensação de resolver um deles depois de um bom tempo tentando é muito boa.

Outro aspecto interessante do jogo é o quão ambicioso ele é. Os cenários são gigantescos, e algumas sequências são realmente impressionantes. Porém, os desenvolvedores deviam estar com tanto orgulho dessa grandiosidade dos cenários que, por vezes, acabaram por dar um tiro no próprio pé. Em diversos momentos a câmera vai gradualmente se afastando, buscando mostrar o que acontecia no fundo do jogo, o que não é o problema.

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O grande problema aqui é que isso muitas vezes acontece durante batalhas, onde tu tá cercado de inimigos e, com a câmera bem afastada, não consegue enxergar praticamente nada do que tá acontecendo, tendo que lutar na intuição. Mas existem momentos em que essa ambição toda que o diretor do jogo tinha nos traz algo de bom. Os momentos finais das batalhas com os chefões são quase sempre em Quick-Time Events, onde tu tem que apertar o botão que aparece na tela, e é aí que a cinemática do jogo entra em cena e nos presenteia com sequências incríveis onde o nosso General zangado acaba com os inimigos de maneiras sensacionais. Quem jogar o jogo até o último chefão vai entender o que eu estou dizendo.

Os gráficos são bem parecidos com o do terceiro jogo da trilogia principal, o que seria bom se nós estivéssemos em 2010. Claro, o jogo ainda é muito bonito, mas jogos como Last of Us, que tem gráficos incríveis, elevaram o padrão, e fica claro que eles podiam ter trabalhado um pouco mais nesse quesito. No entanto, não é algo que diminua a experiência de jogo.

Resumo para os preguiçosos

God of War: Ascension é um jogo que é muito bom e divertido, mas que sofre com a sombra do seu antecessor. Ele tem seus momentos de grandiosidade, principalmente nas lutas com os chefões, mas por vezes isso atrapalha um pouco a experiência. Bater em ondas de inimigos nunca foi tão satisfatório, e os muitos recursos disponíveis ao semideus deixam o combate fluido e natural.

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Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Sistema de combate excelente
  • Diversão intensa
  • Puzzles bem elaborados

Contras

  • Ângulos e distâncias da câmera as vezes atrapalham
  • Excesso de inimigos em alguns momentos
  • História confusa
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Leonardo Koakowski
Leonardo Koakowskihttp://criticalhits.com.br
Sonysta, Sommelier de Destiny e Cyber Atleta de final de semana de Rocket League