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Ghostwire Tokyo – Review

Ghostwire Tokyo é o último jogo exclusivo da Bethesda para o PlayStation 5 após esta ser adquirida pela Microsoft. Será que esta despedida é memorável ou deixa a desejar?

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Em Ghostwire Tokyo, você controla Akito, um jovem estudante que acaba sendo possuído por um espírito, que se chama de KK, após sofrer um acidente e estar quase morto. Para o azar dele, uma névoa tomou o local onde ele estava, o distrito de Shibuya, e todas as pessoas do distrito exceto ele desapareceram. No lugar delas, espíritos malignos, chamados de visitantes, começaram a aparecer.

Agora, Akito deve descobrir o que está acontecendo, salvar o máximo de almas que ele conseguir e também salvar Mari, a irmã dele, que acabou envolvida nesse incidente. Para isso, você vai fazer uso das habilidades de KK, que consegue usar uma técnica chamada pelo jogo de Tecelagem Etérea, um arco e flecha mágico e técnicas de selamento para você enfrentar os visitantes.

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Ghostwire Tokyo - Review
Divulgação: Bethesda

Se tivéssemos que classificar Ghostwire Tokyo de alguma maneira, eu diria que ele é um jogo de tiro em primeira pessoa mas ao invés de armas, usamos habilidades mágicas, e ao invés de enfrentarmos monstros, nós enfrentamos criaturas tanto da mitologia espiritual japonesa quanto de filmes de terror feitos no Japão nos anos 2000, como “O Chamado” e assim por diante.

Apesar de Ghostwire Tokyo não trazer praticamente nada de inovação no que diz respeito à forma como o jogo é jogado, a ideia de jogar um FPS místico dessa forma acaba deixando a ideia bem mais interessante, já que a originalidade toda dele está aqui. Você vai explorar o distrito de Shibuya purificando portões para poder explorar mais áreas, enfrentando inimigos como Executivos carregando guarda-chuvas bem macabros, mulheres cabeludas macabras, colegiais que usam golpes de karatê e assim por diante.

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Apesar de ser um jogo de tiro da Bethesda, Ghostwire Tokyo está bem longe de ter um ritmo semelhante ao de um Doom ou até mesmo de Wolfenstien. O jogo é bem mais cadenciado nesse sentido, e em alguns momentos você pode até se sentir lento demais para enfrentar alguns inimigos. Outro ponto também é que eles são bastante parecidos entre si, e na maioria dos casos tudo o que você precisa fazer mesmo é usar a habilidade da água para derrubá-los.

Ghostwire Tokyo - Review
Divulgação: Bethesda

Além disso, há alguns pontos do jogo onde Akito perde as habilidades de KK e você deve se virar pela cidade usando apenas a furtividade, o arco e flecha (com munição bem limitada) e os talismãs para purgar rapidamente os inimigos. Essas partes são bem desafiantes, apesar de ter uma delas que eu não gostei muito.

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O clima de filme de terror dos anos 2000 é bem interessante, e apesar dele não ser exatamente um jogo de terror, e sim de ação, Ghostwire Tokyo passa alguns momentos de suspense principalmente no começo, e mistura bem partes mais agitadas e partes mais calmas.

Além das missões principais do jogo, você ainda tem uma série de atividades espalhadas pelo cenário, que vão desde missões secundárias, onde você ajuda espíritos espalhados pelo cenário, a rezar para estátuas para aumentar a sua “munição” de tiros com a tecelagem etérea. Outra atividade opcional, mas que é mais obrigatória pois é a forma mais fácil de subir de nível dentro do jogo, é resgatar os espíritos das pessoas afetadas pela névoa que tomou Shibuya. Para isso, você as prende em talismãs de papel e depois vai até cabines de telefone público para transmiti-las para um amigo de KK que está auxiliando você.

Ghostwire Tokyo - Review
Divulgação: Bethesda
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Ao todo, eu levei cerca de 13 horas para concluir a campanha do jogo e mais algumas missões secundárias. No fim das contas, o que mais dá experiência para você ficar forte o suficiente para enfrentar os desafios que o jogo coloca diante de você é ir pegando os espíritos das pessoas que estão espalhados por aí. Como há mais de 260 mil espíritos e você vai pegando em quantidades de 100 a 600, é bem fácil completar Ghostwire Tokyo sem precisar realmente fazer muita coisa do conteúdo opcional do jogo.

Ainda assim, ele conta com algumas missões secundárias bem legais, e eu recomendo que você faça pelo menos algumas delas. Completando a maioria delas, dá pra fazer o jogo basicamente dobrar de tamanho, ou seja, passar para as 25 a 30 horas, mas não muito mais do que isso.

Falando um pouco sobre a campanha do jogo, Ghostwire Tokyo tem uma história interessante, ainda que eu ache que a campanha do game poderia desenvolver um pouco mais os personagens. Sem dar spoilers do que acontece, no fim do jogo, eu realmente achei que toda a motivação para o incidente que ocorre em Shibuya acabou sendo mal explicado, e uma das maiores perguntas que eu tinha sobre o jogo acaba não explicada.

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Divulgação: Bethesda

Graficamente, Ghostwire Tokyo é um jogo bem bonito e muito animado. A performance do jogo funciona a contento, e eu joguei a maioria do tempo no modo de performance, ou seja, onde o jogo abre mão de um pouco da potência visual para funcionar a 60 quadros por segundo. A trilha sonora do jogo também é boa, e eu preferi jogar com a dublagem em japonês para entrar no clima. Felizmente, as legendas e a localização do game está muito bem feita.

Mas e aí, Ghostwire Toyko vale a pena?

Divulgação: Bethesda
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Ghostwire Tokyo é um sólido jogo de ação cuja originalidade está em trazer a mitologia de yokais e espíritos japoneses para o gênero de FPS. O jogo não vai surpreender departamento de gameplay, mas é bem divertido, ainda que sua história poderia ser melhor desenvolvida.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PlayStation 5 fornecida pela publisher.

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Resumo para os preguiçosos

Ghostwire Tokyo é um sólido jogo de ação cuja originalidade está em trazer a mitologia de yokais e espíritos japoneses para o gênero de FPS. O jogo não vai surpreender departamento de gameplay, mas é bem divertido, ainda que sua história poderia ser melhor desenvolvida.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Ambientação muito criativa
  • Bastante conteúdo extra e missões interessantes
  • Personagens carismáticos

Contras

  • Os personagens poderiam ser melhor desenvolvidos
  • O sistema de combate é meio lento às vezes
  • Os inimigos se parecem muito entre si na forma de lutar
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.