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Gears of War: Ultimate Edition – Review

O ano de 2006 foi um dos anos mais importantes para a geração do Xbox 360 e do PlayStation 3. Nele, tivemos o lançamento de Gears of War, o primeiro jogo que, de fato, fez os jogadores se sentirem numa nova geração. O jogo era extremamente bem feito e bonito, e mostrava que um mundo novo de possibilidades era possível com os novos consoles. Nove anos depois, temos Gears of War: Ultimate Edition, a remasterização desse jogo para o Xbox One. Será que esse ainda é um jogo atual e que vale a pena ser comprado?

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Em Gears of War: Ultimate Edition, você controla o sargento (inicialmente soldado) Marcus Fenix, que inicialmente está preso por ignorar ordens militares. Marcus vive num planeta chamado Sera, que foi colonizado pelos humanos e que está em guerra há muitos anos. Tudo começou no Emergency Day, quando os Locust atacaram todas as grandes cidades dos humanos e exterminaram cerca de 1/4 da população do planeta. 17 anos depois, começam os eventos de Gears of War, com Marcus sendo solto por Dom Santiago, e recebendo uma nova missão.

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Para lançar o contra ataque contra os Locust, a COG (organização militar que lidera a resistência contra os Locust) tem um novo plano: usar uma bomba de luz dentro dos túneis do inimigo e extermina-lo na própria casa. Para tanto, eles precisam usar um ressonador dentro dos tuneis para saber onde a bomba deve ser posicionada, o problema é que o ressonador acabou sendo perdido, e é aí que Marcus entra. Ele e a equipe Delta devem encontrar o ressonador e resgatar sobreviventes, enfrentando ondas e mais ondas de inimigos.

https://www.youtube.com/watch?v=rwbYhvlrQbc

O jogo funciona no esquema de tiro em terceira pessoa com cover que todo mundo que joga há algum tempo já está acostumado: você se esconde atrás de paredes e atira no inimigo, tentando mover-se sem levar tiros e tentando ficar o máximo de tempo possível com alguma espécie de muro entre você e as balas do inimigo. Eu arrisco dizer que eu não vi até hoje um jogo que faça isso melhor do que Gears of War e suas continuações. Atirar, esconder-se, correr quando é necessário é extremamente natural e muito bem executado, exceto por um pequeno problema: os ataques corporais.

Uma das características mais definidoras de Gears of War são as metralhadoras com serra elétrica, e uma das coisas mais chatas do jogo, que acontecia em 2006 e ainda acontece hoje, é o fato dos ataques corporais serem uma loteria, ou você acerta a porrada e mata o inimigo, ou ele te acerta e você ataca o vazio, aí quem se ferrou foi você, isso caso você esteja usando uma shotgun ou algo do tipo. Caso você esteja usando a serra elétrica, volta e meia Marcus demora para entender que ele tem que ligar a maldita, e você fica ali tomando porrada do inimigo no ar enquanto ele pensa “ok, talvez fosse bom eu usar a maldita da serra elétrica antes que esse cara me mate”.

Fora esse pequeno detalhe, o combate de Gears of War continua excelente e muito prazeroso. Algo que eu não lembrava, e lembrei jogando novamente o jogo, foi o fato dos momentos de ação variarem bastante durante a campanha. Mais de uma vez você tem que fazer tarefas que não envolvem atirar em tudo que parece um réptil e se move pela tela, e isso é muito bom, já que Gears of War não sofre daquele problema de ser os mesmos 30 minutos de jogo pelas próximas 8 ou 10 horas. As partes em que você enfrenta os malditos dos Kryll, por exemplo, são uma ótima quebra no gameplay, e que mostram como a Epic Games estava investida em criar uma experiência única para a época, e realmente ajudam a te dar a sensação de que, apesar de ser uma montanha de músculos com uma metralhadora, sim, você é vulnerável.

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Mas o que Gears Ultimate tem de novo em relação ao título de 2006? Para começar, os gráficos foram totalmente refeitos e agora rodam a 1080p e a 60 frames por segundo. Na maioria do tempo, isso funciona muito bem, e não há nenhum slowdown enquanto a porrada come no jogo. Curiosamente, em algumas cutscenes, eu notei que o jogo deu umas engasgadas, mas nada realmente muito grande, foi por apenas alguns breves instantes. O jogo realmente ficou muito mais bonito e as cores estão muito mais vivas na tela. Além disso, a movimentação mais fluída realmente ajuda a dar uma experiência melhor ao game.

Outras novidades que o jogo ainda ganhou foram adições ao gameplay e às mecânicas do jogo que foram introduzidas nos capítulos subsequentes de Gears of War e que realmente fazem sentido estar por ali, além de algumas adições interessantes ao modo multiplayer.

Por falar em multiplayer, infelizmente ficou faltando o modo horda, que era o meu preferido em Gears of War 3. Seria muito legal se a The Coalition tivesse colocado esse modo no jogo, já que é você e mais três contra 50 ondas de Locust trocando tiros, porradas e bombas. Apesar da falta desse modo, o componente multiplayer do jogo continua muito bom e, talvez não receba a mesma atenção que recebeu em 2006, mas certamente é uma alternativa interessante para quem está cansado de trocar tiros em primeira pessoa.

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Outro ponto forte de Gears of War é a dublagem do jogo. Aqui, eu estou falando da dublagem original, é claro. O trabalho foi muito bem feito e ainda hoje é possível acreditar numa boa na emoção e na intenção dos personagens conforme a ação vai desenrolando na tela.

Mas e a pergunta que você deve estar fazendo é: vale a pena? Sim, vale. Eu estava com vontade de jogar Gears of War novamente já faz um bom tempo. Quando o remaster foi anunciado, eu acabei esperando para jogar essa versão definitiva e não me arrependo. Ela não apresenta grandes novidades, mas tendo em vista que o jogo original já tem 9 anos, isso não chega a ser um grande problema. Gears of War continua sendo um grande jogo que merece ser jogado por quem nunca tocou nele e por quem está querendo se aquecer para Gears of War 4.

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Review elaborado com uma cópia do jogo pra Xbox One fornecida pela Microsoft do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Gears of War continua sendo um grande jogo que merece ser jogado por quem nunca tocou nele e por quem está querendo se aquecer para Gears of War 4. Os visuais ficaram muito bonitos no Xbox One e a campanha do jogo continua sendo muito boa.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belíssimos gráficos refeitos
  • Excelente jogabilidade
  • Campanha muito divertida

Contras

  • Poucas novidades de fato
  • Falta de opções em português
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.