Observação: spoilers sobre o capítulo. Para uma análise mais completa sobre a jogabilidade e outras características do jogo, leia o review do primeiro capítulo aqui e o do segundo aqui.
Depois de um episódio de transição onde pouca coisa aconteceu, finalmente vimos alguns desenrolares em The Sword in the Darkness. A família Forrester finalmente está se preparando para travar a batalha contra os Whitehill e alguns acontecimentos importantes de Game of Thrones aconteceram, como o casamento entre Jofrey Baratheon e Margaery Tyrell, mas vamos do começo.
O capítulo começa com Asher Forrester, o tio dele e Beskha fugindo dos Segundos Filhos, ou seja, matar ou não matar o capitão deles no capítulo passado tanto fez (eu não matei, e vocês?). Durante a perseguição, encontramos Drogon, o dragão de Daenerys Targaryen e você é colocado entre duas escolhas, no melhor estilo The Walking Dead: ou você salva Beskha ou o seu tio. Eu não vou adiantar o que acontece depois, mas Asher prossegue em busca de mercenários para salvar a família dele das mãos dos Whitehill.
Mira Forrester quase foi assassinada no fim do capítulo passado, e a garota corre perigo, afinal, alguém quer ela morta em Porto Real. No capítulo dela, você basicamente tem uma missão, assegurar o dinheiro para os Forrester, conseguindo o contrato de Ironwood da corte. Nada de novo por aqui, mas é interessante ver os acontecimentos de Porto Real a partir de uma pessoa que não faz parte diretamente deles, como no casamento.
Boa parte do capítulo, entretanto, se passa no clã dos Forrester. Lá, Gryff Whitehill chegou e decidiu tocar o terror nos Forrester, tornando os soldados do inimigo ainda mais rebeldes. Eu não sei vocês, mas ainda assim, eu volta e meia prefiro escolher a “pior” decisão só tentando irritar os inimigos pra ver o que vai acontecer, porque como o jogo tem seis capítulos, obviamente não vão matar todo mundo agora, por mais que eu os provoque de volta.
É interessante notar que aqui, o comportamento dos personagens coadjuvantes é bem inconstante, variando entre “vamos proteger Ryon Forrester!” e “foda-se Ryon, você tem que proteger Ironrath e encher esses Whitehills de porrada”. Essa inconstância fica mais evidente ainda no comportamento de Elissa Forrester. Volta e meia ela vai te encher o saco porque você preteriu o futuro de Ryon em alguma escolha. Depois disso, mas caso você escolha por proteger o clã em casa, ela vai encher o saco porque isso pode respingar em Ryon.
E não é só ela, os outros personagens da casa também parecem ter sido programados para contrariar você e para reclamar das suas decisões. Mal sabem eles que não se pode ter tudo na vida, como já diria o poeta.
Já na muralha, Gared Tuttle descobre finalmente porque foi mandado para lá e também descobre um segredo de um colega de Muralha que pode mudar a vida dele. Para completar, ele ainda encontra alguém que ele realmente não gostaria de ter encontrado na muralha, e você é colocado diante de algumas escolhas difíceis.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PC fornecida pela Telltale.
Confira também os reviews dos demais episódios de Game of Thrones – A Telltale Game Series:
Resumo para os preguiçosos
No geral, o capítulo se desenrola bem, por mais que essa inconstância nos comportamentos tenha me incomodado. E esse capítulo realmente parece com Game of Thrones, e não só mais um filler como no capítulo passado. É interessante, entretanto, como o jogo consegue acabar numa forma que deixa você louco de vontade para que o próximo capítulo chegue. E eu não vejo a hora.
Prós
- Um episódio que realmente se parece com Game of Thrones
- Bons desenvolvimentos de personagens
- Escolhas difíceis em alguns momentos
Contras
- Inconstância no comportamento de alguns personagens dá nos nervos