O quinto episódio de Game of Thrones finalmente chegou e, com ele, nós podemos finalmente ver a história andando, meio que como nos livros da série, onde há bastante eventos que precedem a ação de verdade, que então passa rapidamente. Era o que esperávamos ou faltou alguma coisa? Vamos descobrir no review a seguir.
A Nest of Vipers é um episódio que começa bem mais acelerado do que os episódios anteriores. Há bem mais ação, ou melhor, mais quick time events, e praticamente uma batalha ou mais por ponto de vista. Como de costume, vamos discutir o ponto de vista de cada personagem em separado, mas antes de mais nada, já fica aqui o nosso aviso de spoilers, pois é impossível comentar uma narrativa sem falar sobre ela, de fato, senão fica genérico demais.
Para começar, Gared tem uma das histórias mais fracas de todas. Tudo o que vimos com ele nesse episódio foi um combate e meia dúzia de diálogos. Infelizmente não há lá muito desenvolvimento de personagem, e parece que a busca do jovem pelo North Grove é uma perda de tempo gigantesca (até pela descoberta desse episódio). Eu não sei vocês, mas eu fiquei com pena dele. E de mim também, por perder tanto tempo com ele numa aventura infrutífera.
Outro personagem que poderia ter um bom episódio e teve uma sequência bem decepcionante foi Mira. Tudo o que fazemos com ela é bater um papo com Tyrion Lannister que pode ir muito bem ou muito mal, dependendo de você, mas que pouco progride na história da jovem e em efeitos para o clã Forrester. Há uma promessa de resolução dos problemas dela, mas, também, pouco desenvolvimento da história.
Os dois principais personagens desse capítulo, de longe, são Rodrick e Asher, e é melhor aborda-los conjuntamente, afinal, as histórias dos dois finalmente se entrelaçam.
É interessante a maneira como Asher consegue o “exército” dele para voltar a Westeros. A cena de combate dele é bem divertida, e é muito legal tentar impressionar os gladiadores a lutar por você. Além disso, há um bom momento com Beskha e uma pequena reviravolta envolvendo Daenerys e o tio de Asher.
Já Rodrick finalmente descobre quem era o traidor da casa, e talvez tenha sido quem você imaginava que era, mas infelizmente não foi o meu caso. No fim das contas, eu realmente fiquei chateado com ele, assim como Rodrick, que não o perdoou. Só que, novamente, as reações da família Forrester são estranhas. Para uma família com tanto pesar por causa das mortes, a sede de sangue é repentina parece não combinar com alguns desses personagens.
Aliás, por falar em pontos altos, Ramsay Bolton dá as caras novamente em A Nest of Vipers e a participação dele é um dos pontos altos do episódio. É incrível como é fácil odia-lo, e o jogo da Telltale me fez odia-lo ainda mais, se é que isso era possível. Eu realmente quero ver o que George Martin planejou de destino terrível para ele.
No fim do episódio, finalmente temos o embate, ou meio embate, que esperávamos encontrar. Ele é meio decepcionante, mas é esperado que não fosse um embate completo porque ainda temos o sexto episódio (e mais dois meses de espera) pela frente. Há também aquela escolha dramática antes do fim do capítulo que me deixou pensando se eu não escolhi a pessoa errada, e eu realmente quero ver como o sexto capítulo vai encerrar a história, mas no geral, ficou a sensação de que esse capítulo foi rápido demais, e muita ação, pouca história. Eu espero que o sexto capítulo seja mais longo, senão vai ficar a impressão de que a Telltale dividiu um capítulo pela metade e está nos fazendo esperar por mais pra nada.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PC fornecida pela Telltale.
