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Final Fantasy VI Pixel Remaster – Review

Final Fantasy VI é um dos melhores jogos da série e ainda hoje consegue surpreender os incautos que não tiveram a oportunidade de experimenta-lo na década de 90. Até então a principal dificuldade para experimentar esta obra-prima era literalmente a disponibilidade do jogo, mas Final Fantasy VI Pixel Remaster resolve estes problemas e agradar novos jogadores, bem como os fãs de longa data.

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Mas será que Final Fantasy VI precisava mesmo de um remake? Será que as melhorias apresentadas em Pixel Remaster justificam o relançamento do jogo? A resposta é sim para ambas as perguntas, e Final Fantasy VI Pixel Remaster surpreende por melhorar aspectos do jogo original que nem sabíamos precisarem de atenção.

Caso você não saiba, Final Fantasy VI apresenta uma das melhores campanhas de toda série, contando não só com um enredo excelente, mas também com um dos melhores casts. Apesar de ter sido o último jogo a ser lançado para o Super Nintendo e contar com o visual pixelado, Final Fantasy VI conseguia apresentar um mundo tão envolvente e imersivo, que continuou fascinante mesmo décadas após ter sido apresentado pela primeira vez.

Reprodução: Square Enix

Porém, nem tudo são flores quando o assunto são jogos clássicos. Primeiramente porque o entusiasta desse tipo de produto precisa depender de relançamentos posteriores, ou recorrer à métodos alternativos de emulação, que nem sempre possibilitam uma experiência recompensadora.

Final Fantasy VI de fato recebeu muitos ports e relançamentos ao longo dos anos, mas alguns deles até chegaram a soar como uma piada de mau gosto — vide a versão para celulares que mais parecia um jogo em flash, ao invés de um clássico game de Super Nintendo.

Reprodução: Square Enix
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Já Final Fantasy VI Pixel Remaster é tudo que um fã de Final Fantasy quer e precisa. Além de possibilitar que o jogo seja devidamente portado para telas modernas, com completa reformulação dos pixels sem perda do aspecto visual original, esta nova versão também conta com algumas melhorias de qualidade de vida que tornam a experiência muito mais satisfatória tanto para novos jogadores, quanto para fãs mais antigos.

A primeira dela é a aparência do mapa, que agora foi reformulada e possibilita que o jogador se “encontre” mais rápido dentro das várias camadas e terrenos do jogo. Caso você seja daqueles mais old school, que prefere a experiência completamente fiel ao produto original, esta funcionalidade pode ser desabilitada nas opções.

Reprodução: Square Enix
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Contudo, a funcionalidade que mais chama atenção é o save automático, que nem parecia ser fundamental até alguém adiciona-lo em algum Final Fantasy da série Pixel Remaster. Isso porque no jogo original, o jogador só podia salvar em pontos específicos do mapa e caso morresse enquanto atravessava de um ponto à outro, perdia todo o seu progresso, sem dó nem piedade.

Agora com o save automático o risco de perder grandes partes do progresso é fica bem menos significativo. No fim, isso torna a aventura mais gostosa e fácil de se encarar, principalmente para os jogadores mais novos que não estão acostumados à pegada dos clássicos de antigamente.

Apesar de ser bastante polêmica, o auto save foi um dos pontos altos desta nova versão de Final Fantasy VI, principalmente por tornar a aventura pela longa campanha do game mais tranquila de se encarar. Afinal de contas, eu não tenho mais o mesmo tempo que tinha quando experimentei o game, tantas décadas atrás.

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Reprodução: Square Enix

Em termos visuais, nem podemos dizer que Final Fantasy VI original ficou datado. Contudo, a nova “reforma gráfica” tornou o visual do game muito mais vivo, colorido e intenso. Até podemos entender que os fãs mais caxias da série possam se resignar do novo tratamento gráfico, uma vez que como já mencionamos, o jogo original também era muito bonito. Entretanto, os novos gráficos foram feitos com atenção aos mínimos detalhes dando a impressão de que se trata mesmo de uma homenagem ao game de 1994.

Ao retornar para o mundo de Final Fantasy VI Pixel Remaster, senti uma das experiências mais gratificantes de 2022 até agora. Ao mesmo tempo, em que fui inundado pela nostalgia de um dos games mais interessantes que joguei durante minha infância e adolescência, sentia que finalmente tive a oportunidade de experimentar a versão definitiva de Final Fantasy VI, com direito à tudo que o jogo merecia e não podia ter lá na década de 90.

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Final Fantasy VI Pixel Remaster é um jogo obrigatório para os fãs saudosos e sedentos de conteúdo da série, mas também é uma ótima pedida para quem nunca experimentou aquele que talvez seja o melhor de todos os jogos clássicos de Final Fantasy na minha opinião.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PC fornecida pela Publisher.

Resumo para os preguiçosos

Assim como os demais jogos da série Pixel Remaster, Final Fantasy VI Pixel Remaster apresenta a melhor forma de se jogar Final Fantasy VI já lançada até hoje. Com visual refinado e adaptado às telas mais modernas, a experiência está mais vívida e bonita do que nunca.

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Melhorias no sitema de qualidade de vida também foram feitas, adicionando um mapa mais preciso, que possibilita ao jogador se localizar facilmente pelo mundo. Além disso, agora o game também conta com a função de auto save.

Final Fantasy VI Pixel Remaster é a oportunidade perfeita para se experimentar um dos melhores jogos clássicos dos anos 90, com tudo que se tem direito, sem perder nada da experiência original.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Gráficos adaptados às telas modernas, com cores e visuais mais vívidos;
  • Função de autosave adicionada;
  • Mapa no canto superior direito facilita a navegação pelo mundo.

Contras

  • A fonte das legendas ainda lembra a versão anterior para dispositivos móveis, dando a impressão de que foi feita em “flash”.
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.