Final Fantasy é uma franquia que nunca recebeu a atenção que merecia e que tinha potencial nos smartphones. Ok, a Square Enix já lançou alguns dos melhores capítulos da franquia para celulares, mas nunca tivemos um título exclusivo para essas plataformas que entendesse direito como um jogo de celular deve funcionar. Até que Record Keeper chegou, e ele finalmente usa os pontos fortes da franquia para criar uma experiência mobile divertida.
No jogo, você controla um garoto que, sob a tutela de um Moogle, deve reviver antigas memórias de uma biblioteca para livra-las da influência maligna e restaurar o mundo ao equilíbrio. Essas memórias são eventos que ocorreram em diferentes jogos da franquia Final Fantasy, e você logo se vê enfrentando inimigos recriados em pixel art e usando o bom e velho Active Time Battle para derrota-los. Nostalgia pura.
O jogo é dividido em vários cenários, onde você deve vencer um para liberar o próximo. De vez em quando, você libera algum personagem novo. Cada personagem pertence a um mundo, onde ele fica mais poderoso lá, e acaba sendo recomendável que você use esses personagens nesses mundos.
Além dessa melhoria de habilidades para personagens, o jogo também funciona dessa forma com equipamentos, aumentando a defesa de itens nos respectivos mundos, assim como o ataque. Como jogo free to play que é, você deve jogar as fases para ganhar as armas, e os drops são aleatórios. Além disso, você também pode comprar armas especiais usando tanto uma moeda premium que o jogo dá de vez em quando (Mythril) quanto dinheiro de verdade. O Mythril também pode ser usado para curar seus personagens e reviver o grupo, e, apesar de escasso, cai numa quantidade boa o suficiente para não tornar o jogo proibitivo.
Até o momento, não há muitos cenários disponíveis, mas, ao completar todos, você recebe um aviso de que a Square Enix está trabalhando em novas aventuras para os personagens, e te convida a jogar os já liberados novamente. Vale ressaltar ainda que a cada luta, você consome uma quantidade de stamina, que recarrega conforme o tempo passa, levando um ou dois minutos para recarregar um ponto, apesar dela aumentar e recarregar conforme você for lutando também.
Mas e qual é a graça do jogo? É lutar e melhorar o seu grupo de personagens. É o tipo de jogo que tem graça porque as partidas podem durar de 2 a 30 minutos, e que fãs dos capítulos I a X certamente vão gostar por causa da nostalgia e da possibilidade de fazer um grupo com Cloud, Tifa, Tidus, Kain e Rydia, por exemplo, enquanto enfrenta os cenários de Final Fantasy VI.
Graficamente, o jogo conta com belos gráficos pixel art que reimaginam todos os personagens e inimigos dos diversos jogos da franquia contemplados no game. É muito legal ver todos os monstros com suas características e jeitos preservados e incorporados no estilo adotado em Final Fantasy VI. A Square Enix acertou em cheio no estilo escolhido.
A trilha sonora do jogo também é outro ponto que te pega pela nostalgia. Desde os efeitos sonoros às músicas, tudo saiu de algum Final Fantasy. Os sons do menu principal, por exemplo, são de Final Fantasy VIII. As músicas das batalhas são as próprias músicas de batalha dos respectivos jogos e assim por diante. Mais uma parte onde o Fan Service não falha.
Resumo para os preguiçosos
Final Fantasy Record Keeper sabe qual público quer agradar: o fã de Final Fantasy. O jogo faz isso muito bem com gráficos e uma trilha sonora que apelam para os momentos nostálgicos de quem jogou os mais diversos capítulos. Por ser grátis, o jogo contém monetização e alguns esquemas de free to play, mas nada perto de ser abusivo ou usando paywalls para sacanear o jogador.
Prós
- Excelente fan service
- Belos gráficos
- Trilha sonora escolhida a dedo
- Bastante divertido, tanto para partidas longas, quanto para curtas
Contras
- Volta e meia o jogo te dá armas de mundos que ainda não foram implementados no game
- Cadê os outros mundos? Queremos mais conteúdo!
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