Todo ano é assim: Vai chegando essa época do ano, e os fãs de jogos de esportes já vão se preparando para os títulos do ano. A espera acaba sendo especial para os fãs de futebol, que acompanham a guerra entre FIFA e Pro Evolution Soccer ano após ano. Como é costumeiro, a EA Sports foi a primeira a colocar as cartas na mesa, com o lançamento de FIFA 15.
O jogo era especialmente aguardado por mim. Com promessas de uma física apurada e uma melhoria na apresentação, foi exatamente o que entregaram. Visualmente, em especial no PC, que debutou visuais semelhantes ao da geração atual, o jogo é de encher os olhos, bem como os estádios, com a torcida realista e incrivelmente barulhenta. FIFA 15 está incrível de assistir, mas essa foi a única evolução do título.
Quem me viu testando a demo sabe que, de início, o jogo me agradou bastante. A característica do toque rápido e da movimentação mais fluente, graças a Ignite Engine, estava presente. Veio a ilusão de que o único problema seria a ausência de clubes brasileiros, mas com o passar do tempo, os problemas foram aparecendo, e incomodando.
Aos poucos, a aparente liberdade de criação de jogadas e de estilos de jogo foram desmentidas, mostrando que a tal “fórmula de fazer gol” infelizmente existe sim. É possível tomar (e fazer) 3 ou 4 gols da mesma forma em uma partida com uma frequência bem longe de ser realista. O famoso “exploit” que irrita em vários jogos e que deveria ser evitado, especialmente jogos de esporte, acontece bastante.
Outra melhoria prometida é a evolução da IA dos goleiros, com respostas melhores, mais animações, reflexos mais realistas e tudo mais, simplesmente tornando a velha tarefa de fazer gols mais difícil. De fato, está mais difícil mesmo, mas não vi nenhuma melhoria no goleiro, mas uma complicação e falha de resposta no sistema de direcionamento de finalizações. Não importa o que você faça, o jogo vai escolher pra onde vai ser a finalização, e essa escolha será muito provavelmente na direção do goleiro. Ou da bandeirinha de escanteio.
Sobre os modos de jogo, não há o que reclamar. Não foram muitas alterações no modo Manager, exceto pela licença completa da Barclays Premier League, mas a ausência do Brasileirão me incomoda e tira um pouco da graça do modo, já que é bem mais divertido jogar a sua própria liga, com jogadores e nomes que você conhece melhor do que os jogadores da 2ª divisão alemã, por exemplo.
De positivo para apontar, resta a facilidade que existe para driblar com bons jogadores. Jogar com Neymar e Messi é realmente fácil, e as características de cada jogador parecem ser mais respeitadas pela IA, com jogadores tomando decisões que eles mesmos tomariam na vida real.
Em resumo, FIFA passou de “título obrigatório” para “Jogue se seus amigos jogarem”. Pro Evolution Soccer ainda vai ter que suar para vencer a batalha desse ano, mas dessa vez o abismo parece ser menor.
Resumo para os preguiçosos
FIFA 15 veio com promessas de ser mais um grande jogo de futebol, mas regrediu em tudo, exceto na apresentação, em comparação com FIFA 14. Para completar, o jogo ainda perdeu os times e jogadores do Campeonato Brasileiro.
Prós
- Apresentação
- Inteligência Artificial aprimorada
Contras
- Exploits de jogadas acabam criando macetes pra fazer gols e prejudicam o jogo
- Alguns bugs na física e na IA dos goleiros
- Sistema de finalizações pobre
- Saudades dos times brasileiros
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