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Far Cry 4 – Review

Dois anos após surpreender o mundo com um excelente Far Cry 3, a Ubisoft está de volta novamente com o seu shooter em mundo aberto, desta vez com consoles de nova geração (ainda que não tenha abandonado o Xbox 360 e o PlayStation 3), com um novo vilão e novamente uma paisagem tropical que, apesar de extremamente bela, apresenta muito mais perigos do que você imagina. Será que Far Cry 4 está à altura do seu antecessor?

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Em Far Cry 4, você vive Ajay Ghale, um jovem que vai a Kyrat, um pequeno país no Himalaia que é dominado por um ditador, Pagan Min, para depositar as cinzas da mãe dele, que faleceu nos Estados Unidos. Infelizmente para Ajay, tudo dá errado à partir do momento em que ele bota os pés dentro da fronteira de Kyrat. Todos os integrantes da viagem, exceto ele, são mortos pelos policiais da fronteira. Essa cena de começo de jogo é um dos pontos altos do jogo, pois ele dá o tom do que você pode esperar em Kyrat: um país dominado por um ditador que está esmagando sistematicamente a população.

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Pagan Min havia mandado que os “convidados” fossem detidos ao entrarem no país, ao invés de mortos, e  não fica nem um pouco feliz com o que aconteceu. Felizmente, Ajay sobrevive e é levado à mansão de Pagan. Lá, você é resgatado pela resistência de Kyrat, conhecida como Golden Path (ou O Caminho Dourado na versão em português). Apesar do resgate, eles pedem ajuda exatamente a você para acabar com a ditadura de Pagan, e é aí que o jogo começa de verdade.

https://www.youtube.com/watch?v=e9al_k8e93I

Diferente de Far Cry 3, onde você é um forasteiro atirado de cabeça num conflito externo, Ajay Nasceu em Kyrat, e os pais dele eram os líderes do Caminho Dourado, ou seja, você, de certa forma, faz parte desse conflito e, apesar de ser um forasteiro, não é tão forasteiro assim. Conforme o jogo vai avançando, Ajay vai se sentindo cada vez mais em casa e se identificando mais e mais com a luta pela liberdade de Kyrat.

Essa luta é travada da mesma forma como em Far Cry 3, você avança pelo mapa fazendo as missões que os NPCs te dão e cumprindo as centenas de objetivos paralelos a isso. É interessante que todo objetivo “paralelo” contribui na luta contra Pagan Min, como retirar as estações de rádio que fazem propaganda a favor dele, os postos de controle que são verdadeiros enclaves do poder de Pagan pelo cenário e assim por diante. Acredite, você vai gastar MUITO tempo nisso, o que pode ser um ponto positivo para quem quer aproveitar o máximo do jogo, mas também pode ser um pouco sacal para quem quer só fazer as missões do modo história, já que o jogo praticamente te força a fazer pelo menos uma parte considerável das missões paralelas para conseguir transitar minimamente bem pelo cenários. Aliás, dependendo da missão, você tem que fazer uma escolha entre missões diferentes que acabam por mudar o rumo da história, o que abre múltiplas possibilidades no enredo do jogo.

Além das missões paralelas, o jogo também te coloca no papel de caçador, e essa é uma das melhores partes do jogo. Para dar upgrades no seu inventário, você necessita de materiais, e eles são coletados conforme você caça peles de diferentes animais. Isso é feito exatamente como você imagina, caminhando com cuidado, com um arco e flecha (ou metralhadora, se você quiser só metade das peles) nas mãos e muita paciência. É muito divertido caçar dentro do jogo, e há as mais diferentes tipos de presas para você abater, desde macacos a elefantes. Essa é uma parte do jogo que realmente excede as expectativas, e é realmente assustador ver um tigre ou um rinoceronte correndo na sua direção, principalmente o segundo.

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Além das missões paralelas, há uma série de missões que o jogo chama de fortalezas, que são os verdadeiros grandes desafios do jogo. Nele, você avança dentro duma série de postos de controle do inimigo, cada qual com um alarme. O jogo sugere que você jogue partes do modo história para ir enfraquecendo essas fortalezas, além disso, ele também sugere que você jogue a parte co-op do game para facilitar um pouco as coisas. Apesar disso, é totalmente possível passar dessas fortalezas sozinho, ainda que isso seja bem difícil. Vale ressaltar que derrotando uma fortaleza, os inimigos param te tentar tomar os postos de controle da área onde ela está, ou seja, é como se você realmente tivesse “tomado” parte do território de Kyrat para O Caminho Dourado. A sensação de guerra de território do jogo é realmente enriquecida dessa forma.

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A história do jogo não chega a ser das mais memoráveis. Certamente ela não está à altura da história de Far Cry 3. Pagan Min é um bom vilão, mas falta algo nele, pelo menos na versão dublada, ele parece mais alguém tentando fazer o papel de Handsome Jack e parecendo aquele cover que quase dá certo, mas nem tanto assim. Os personagens do Caminho Dourado também são meio ignoráveis. Nenhum deles chega a ser realmente marcante. Outro que também passa meio desapercebido é Ajay, mas porque ele fala pouco mesmo. Ainda assim, a história é interessante o suficiente para que você termine o jogo sem achar nada realmente ruim. Só não chega a brilhar mesmo.

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Graficamente, Far Cry 4 é realmente impressionante. O jogo tem belíssimos gráficos, efeitos de luz e sombra excelentes e modelos muito bem feitos. Kyrat é exuberante e os animais do jogo também estão muito bem feitos. O jogo é um verdadeiro banquete para os olhos, ainda que haja um ou outro bug que acabe fazendo as árvores ficarem em 2D. Isso provavelmente vai ser resolvido num patch futuro, mas ainda assim, nada que realmente prejudique os belíssimos visuais de Far Cry 4.

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No departamento sonoro, a trilha de Far Cry 4 é muito boa, e a dublagem do jogo em português não chega a prejudicar a diversão. Depois de procurar em milhões de locais, eu finalmente encontrei onde mudar o idioma do jogo para inglês, mas para isso é necessário ir no perfil do jogador antes de carregar o game e alterar o áudio para o inglês, pro caso de você querer aproveitar a sempre excelente dublagem de Troy Baker. Não basta mudar o idioma do console para inglês, é necessário mexer dentro das opções do jogo para isso. Felizmente, dá pra deixar as legendas do jogo em português, combinando o melhor dos dois mundos.

Review elaborado usando a versão de PlayStation 4 do jogo. Cópia fornecida pela Ubisoft.

Resumo para os preguiçosos

Far Cry 4 tem uma grande cara de Far Cry 3 num novo cenário. Pra falar a verdade, o jogo é praticamente isso, já que os sistemas todos do antecessor se mantêm. O que há de novo de fato é o mundo exuberante de Kyrat e um novo conflito para você entrar de cabeça e mudar o destino de mais um povo oprimido. O jogo não vai surpreender quem jogou Far Cry 3, mas se você quer mais do mesmo, é exatamente isso que você vai ter. Vale ressaltar que esse “mesmo” é de muito boa qualidade.

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Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belíssimos gráficos
  • A precisão técnica do jogo é excelente
  • Toneladas de coisas pra fazer em Kyrat

Contras

  • A história não chega a ser tão boa quanto a de Far Cry 3
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.