Exoprimal – Análise – Vale a Pena – Review

Exoprimal é um jogo que coloca Dinossauros e Exoesqueletos um contra o outro, mas será que essa combinação, que tem tudo pra dar certo, dá liga? É o que nós vamos descobrir hoje.

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Em Exoprimal, o mundo começa a ser invadido por horas de mais hordas de dinossauros vindos de outras linhas do tempo. Para combatê-los, uma empresa chamada Aibius Corporation desenvolve os Exofighters, os exoesqueledos que você controla dentro do jogo.

Após um tutorial cheio de explicação sobre como as classes do jogo funcionam, você é “contratado” pela Albius e acaba caindo, juntamente com a sua equipe, num vortex temporal onde a inteligência artificial “Leviatã” está recriando uma data em específico do ano 2040 onde você e outros participantes devem enfrentar dinossauros para que a IA colete data sobre esses enfrentamentos.

O seu personagem deve então participar desses jogos e lutar em repetidas partidas para ir recebendo novos dados sobre esta ilha misteriosa em que você se encontra, sobre por que essa linha do tempo em específica foi onde você foi parar e, principalmente, como sair desse lugar.

A ideia de Exoprimal então é que você faça parte desses enfrentamentos usando os diferentes Mechs aos quais você tem à disposição para ir pontuando e subindo de nível, quanto mais você upa, mais dados você ganha, e assim você vai desbloqueando novos fragmentos da história principal do jogo, ou seja, o jogo não tem uma campanha assim por dizer, mas quanto mais você joga as partidas do jogo, mais você acaba progredindo na campanha.

Dessa forma, o foco todo de Exoprimal está no modo de combate contra os dinossauros, que funciona num esquema misto de PVP e PVE.

Inicialmente, você e seu time, que é composto por 5 jogadores ao todo, devem ir navegando pelos mapas e matando os dinossauros inimigos em missões que variam entre extermínio e defesa de um ponto. Aqui, a ideia do jogo é criar uma equipe equilibrada para que você não seja vencido pelas hordas de dinossauros que o jogo vai jogar em cima de você.

Inicialmente as coisas são bem fáceis, com os velociraptors sendo inimigos fracos e em pouco número, mas conforme você avança nas fases, dinossauros especiais e um número bem grande de inimigos vai aparecendo na tela, tornando as coisas bem mais interessantes e exigindo cooperação do time para que você vença esses inimigos.

Na etapa final das fases, dependendo do modo em que você escolhe, há uma atividade especial, onde no PVE você deve enfrentar uma quantidade absurda de inimigos e no PVP você além dos inimigos deve enfrentar os participantes do time adversário para atrapalhá-los na hora deles tentarem cumprir os próprios objetivos.

No fim das contas, vence a equipe que conseguir completar o objetivo primeiro, então coordenação da equipe e o mínimo de desperdício de tempo é necessário.

Ao final da partida, você ganha experiência tanto para o seu Exoesqueleto quanto para o seu personagem. Conforme você sobe de nível, você desbloqueia novas informações para progredir na campanha, além de ganhar novas skins e adesivos para o seu Exo e perks para ter vantagens durante os combates tanto contra dinossauros quanto contra inimigos.

Além das recompensas gratuitas, o jogo tem um passe de batalha também que pode ser comprado, e você pode acelerar o seu progresso desbloqueando Exos novos e até perks novas caso você prefira pagar, mas felizmente dá pra desbloquear boa parte do jogo apenas pelo progresso, com o conteúdo premium que fica preso atrás de compras de dinheiro de verdade sendo apenas skins e cosméticos do tipo.

Apesar de parecer bem repetitivo, a graça de Exoprimal está em você não jogar sempre com o mesmo Exoesqueleto, até porque cada um deles é bem diferente do outro, garantindo que mesmo que a ideia das partidas seja sempre a mesma e não haja tanta variação de mapa assim, você acabe tendo uma experiência diferente por estar fazendo coisas diferente dentro desses combates.

Ao todo, o jogo conta com três classes, ataque, suporte e tanque, e eu me diverti bastante em cada uma delas enquanto jogava o jogo, com o gameplay delas sendo bem específico durante a aventura, mesmo que não possua tanta margem para personalização dos Exoesqueletos.

Apesar da pouca variação dentro das partidas do jogo, eu sinceramente me diverti no tempo em que eu passei jogando ele nesse final de semana, e se o jogo for bem mantido com atualizações de conteúdo como novos mapas e alguns dinossauros especiais novos, Exoprimal pode tranquilamente acabar adquirindo uma comunidade apaixonada de fãs. Não é o tipo de jogo que vai ser o próximo “Call of Duty” ou “Fortnite” de popularidade, mas sinceramente eu consigo ver esse jogo desenvolvendo pelo menos uma quantidade boa de fãs, afinal quanto mais eu joguei ele, mais eu acabei gostando da experiência.

Graficamente, Exoprimal é um jogo bem bonito, que faz um bom uso da RE Engine da Capcom. A quantidade de inimigos na tela impressiona, e no Xbox Series X, console no qual eu fiz a maior parte dos meus testes, o jogo se comportou de forma muito boa, sem nenhum tipo de engasgo.

A trilha sonora do jogo é apenas ok, sem nada de memorável nela. Vale ressaltar aqui a polêmica que a dublagem em português do jogo acabou gerando, por usar vozes em IA ao invés de contratar dubladores de verdade. Ainda assim, o jogo conta com menus e legendas em português para quem se interessar pela história de Exoprimal ficar por dentro de tudo.

Mas e aí, Exoprimal vale a pena?

Exoprimal é um jogo de tiro PVP e PVE bem divertido que tem potencial para atrair uma comunidade apaixonada para ele. Apesar disso, o jogo poderia ter mais variação no gameplay, já que muitos podem acabar considerando ele repetitivo e cansativo, mas eu sinceramente quanto mais joguei, mais gostei do jogo.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox Series X via Game Pass. Jogo disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series S e X.