Dynasty Warriors: Origins é o mais novo jogo de uma das franquias mais reconhecíveis do mundo dos jogos, mas será que esse musou vale a pena?
Em Dynasty Warriors: Origins, você controla um guerreiro sem nome que sofre de amnésia e viaja por terras devastadas, buscando restaurar a paz e a justiça durante o período da guerra dos Três Reinos, e enfrenta exércitos imensos e tomando decisões que influenciam diretamente o desenrolar da história.
Se você nunca jogou um Musou na vida, ele basicamenmte é um jogo onde você controla um personagem muito poderoso que consegue derrotar centenas e milhares de adversários ao mesmo tempo com poucos golpes, e a ideia é ir avançando pelos cenários capturando objetivos e derrotando os capitães e oficiais do exército adversário, que oferecem um pouco ou muito mais desafio do que os simples soldados de campo.
Na maior parte do jogo, você vai repetir mais ou menos o mesmo tipo de missão descrito acima, ou seja, andar pelo cenário, demolir com tudo o que você vê pela frente, conectar golpes nas horas certas e andar para bater em mais gente. A variação de gameplay de Dynasty Warriors: Origins se encontra em armas diferentes que você vai desbloqueando conforme avança na campanha e também em algunas missões em específico onde a Team Ninja traz algumas propostas diferentes, como você defender um castelo ao invés de atacar, fugir de algum lugar em específico pois há um adversário muito poderoso perseguindo você assim por diante.
Para ser sincero, eu nunca gostei de jogos do estilo Musou, e eu achei que Dynasty Warriors: Origins seria mais um desses jogos que eu não iria gostar de jogar, mas essa foi a primeira vez que o gênero clicou comigo, e há alguma coisa no jogo que o torna bastante interessante mesmo para quem não é lá muito fã de jogos do tipo.
Depois de mais ou menos umas 2 horas de jogo, ele clicou muito bem e eu fiquei caçando “só mais uma missão” e “só mais uma missão” e quando via estava há duas ou três horas sem nem perceber jogando, então o jogo faz algo muito bem em te fazer querer jogar só mais um pouco para ir progredindo não só na história, mas também no desenvolvimento do seu personagem.
O problema é que esse clique não chegou a desclicar conforme o jogo e sua campanha foram se arrastando, mas certamente foi uma experiência que acabou piorando devido ao tempo que a campanha leva para ser concluída. Eu terminei Dynasty Warriors: Origins com cerca de 28 horas de jogo, e sinceramente, se o jogo tivesse pelo menos umas 8 ou 10 horas a menos, eu teria achado ele muito melhor do que é.
Há diversos momentos no jogo em que parece que ele vai acabar e não acaba, e você tem só mais uma e mais uma e mais uma e mais outra batalha e quando você vê, a história segue por mais desenvolvimentos desnecessários que acabam alongando um jogo que poderia ser muito mais agradável se fosse mais enxuto.
Isso é ainda mais verdade se levarmos em consideração que há um ponto na história de Dynasty Warriors: Origins onde você deve escolher um entre 3 caminhos a seguir, e eu sinceramente não me senti nem um pouco curioso em saber como seria a história do jogo nos outros dois caminhos por estar completamente exausto do jogo ao final dele, dando graças a deus que ele havia terminado.
Tudo bem, essa experiência provavelmente seria mais agradável se eu não tivesse um prazo para cumprir, e fosse jogando uma horinha por dia ao invés de sessões de 4 a 5 horas por dia, mas mesmo assim, o gameplay do jogo, que é certamente a parte mais forte dele, acaba cansando quando você só repete as mesmas ações durante horas e horas a fio já que a história não faz muito para manter os jogadores engajados nos personagens e no mistério que envolve o personagem sem nome e com amnésia.
Além da campanha principal, você ainda pode navegar pelo mapa enquanto enfrenta ameaças em batalhas curtas, médias ou um pouco mais longas para progredir o seu persoangem, mas aqui entra outro problema que surge conforme você avança no jogo: o seu progresso fica muito, mas muito lento do meio pro fim.
Para subir de nível no jogo, você precisa progredir nas 8 armas diferentes do game, sendo que cada uma delas conta com 8 níveis. Quanto maior o nível, mais tempo demora, chegando ao absurdo de levar mais de uma hora para upar apenas um nível de uma arma à partir do nível 5, e apesar de não ser tão difícil assim você obter os níveis recomendados das missões, chega no fim do jogo e ou você joga um pouco com cada arma, e termina mais ou menos no nível 6 com todas, ou perde um tempão para pegar uma ou duas delas e ir até o fim da progressão só pra riscar esse item de uma eventual platina.
Além disso, outro ponto muito lento de progresso é o dinheiro que cada missão do jogo te dá em qualquer ponto da campanha. Lá no começo, você ganha 500 moedas por batalha opcional ganha, mas precisa gastar 4 mil numa arma nova. No fim do jogo, você ganha 3 mil por batalha ganha e cada arma custa de 40 a 80 mil. Você até pode pegar as armas durante as batalhas, mas caso queira ter uma arma boa no começo de um capítulo, você tem que escolher muito bem qual dessas armas vai ser, já que dificilmente vai conseguir comprar mais de uma.
Graficamente, Dynasty Warriors: Origins é um jogo com um bom estilo gráfico e uma performance excelente mesmo quando a tela está explodindo de inimigos e aliados nas batalhas de exércitos. Eu sinceramente não lembro de ter encontrado nenhum tipo de slowdown no jogo, o que atrapalharia bastante num game desse gênero.
A trilha sonora do jogo também é boa, ainda que as vezes canse ouvir a mesma música de batalha três a quatro vezes seguidas, mas no geral o jogo conta com boas melodias e uma boa dublagem.
Mas e aí, Dynasty Warriors: Origins vale a pena?
Dynasty Warriors: Origins foi o primeiro Musou que clicou comigo e eu gostei da experiência até cerca de 70% dela, mas o final arrastado e a história pouco interessante acabaram desgastando a experiência, ainda mais quando parece que o jogo não vai acabar nunca numa série de missões repetitivas e um progresso muito arrastado no fim do jogo. No fim das contas, a experiência ainda foi positiva e talvez fosse até melhor se eu tivesse jogado o jogo aos poucos, mas e etapa final dele é realmente cansativa.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
Dynasty Warriors: Origins traz uma experiência bastante divertida para os fãs de musou, com combates “um contra mil”, variedade de armas desbloqueáveis e momentos estratégicos como defesa de castelos e fugas. O jogo possui um desempenho gráfico sólido e uma trilha sonora cativante, mantendo a qualidade mesmo em batalhas caóticas, o que pode atrair até jogadores que não são fãs do gênero.
Por outro lado, a repetitividade do gameplay, a extensão excessiva da campanha e a progressão lenta tornam a experiência cansativa. A economia do jogo é desequilibrada, dificultando o avanço nas fases finais, e a história perde impacto ao longo do tempo, o que desmotiva explorar caminhos alternativos. Isso faz com que o jogo pareça mais longo do que deveria, comprometendo a diversão em sessões prolongadas.
Prós
- Sistema de combate divertido e viciante
- Boa sensação de “só mais uma missão”
- Excelente performance
Contras
- O jogo fica bastante arrastado do meio pro fim