Dying Light: The Beast – Análise – Vale a Pena – Review

A franquia Dying Light nasceu após o divórcio entre a Techland e a Deep Silver, com ideias do que a companhia queria colocar no próximo Dead Island e que não foram aprovados pela publisher. Após um bom reconhecimento com o primeiro jogo e sua expansão, será que Dying Light: The Beast consegue mostrar que essa é uma franquia consolidada e que ainda vai existir por um bom tempo?

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Em Dying Light: The Beast, Kyle Crane retorna após anos de desaparecimento, preso e submetido a experimentos nas mãos do enigmático Barão. Agora, transformado física e mentalmente, ele desperta em um mundo em ruínas dominado pela infecção e marcado por seu próprio passado. Crane embarca em uma missão para confrontar o Barão, além de um Super Infectado, chamado de “A Besta” que está espalhando o terror pela região em que o jogo se desenrola.

Dying Light: The Beast - Análise - Vale a Pena - Review

A história se desenrola em Castor Woods, um novo ambiente aberto e sombrio que já foi uma região turística, agora tomada por infectados e perigos ainda mais mortais que vão te desafiar durante o jogo.

Com o objetivo de caçar o Barão e tentar reunir aliados, Crane agora pode transformar-se numa espécie de super monstro com um aumento de velocidade e de força impressionantes e que ajudam bastante na hora de combater as hordas de inimigos. Graças a isso, você poderá combater super infectados que estão espalhados por Castor Woods e que são chamados de Quimeras. A cada Quimera nova derrotada, você obtém uma amostra de sangue dela que, após injetada em Kyle, aumenta as habilidades corporais dele.

Dying Light: The Beast - Análise - Vale a Pena - Review

Com isso, Dying Light: The Beast possui dois sistemas de progressão, um sistema de nível normal, onde você melhora as habilidades humanas de Kyle, e a outra da sua transformação, que vai melhorando e desbloqueando novas habilidades enquanto você está transformado, incluindo até mesmo a possibilidade de controlar quando essa transformação acontece, já que no começo do jogo, você tem uma barra que vai crescendo conforme você atinge inimigos e é atingido e que, quando chega no limite, é ativada automaticamente, o que pode prejudicar a sua estratégia em alguns confrontos.

Assim como no Dying Light original, em The Beast, o jogo funciona de uma forma de dia e outra de noite, com os Voláteis, mortos vivos muito poderosos e ágeis, andando pelas noites e te caçando. Essa mecânica segue interessante, ainda que eu tenha gostado mais da implementação dela no jogo original, já que aqui, a inteligência artificial dos inimigos parece um tanto ruim e que acaba atrapalhando você em missões da campanha caso ela acabem entrando noite a dentro.

Aconteceu mais de uma vez de, durante uma missão da campanha, no meio de um combate contra adversários humanos, um volátil aparecer do nada e matar todo mundo. O jogo deveria ter um controle para evitar que isso aconteça pois ele acaba colocando o jogador numa situação impossível: desistir da missão e fugir ou ficar e morrer. De qualquer forma, o jogador sai perdendo e pior, caso ele seja morto, ele perde uma quantidade importante de pontos de experiência.

Aqui é importante ressaltar algo: Dying Light: The Beast tem um sistema de progressão que precisa de ajustes. Esse é um jogo que está constantemente colocando pressão no jogador, e que é punitivo demais caso você morra, com essa perda de experiência, pois a progressão da campanha é de várias missões com o nível 1 como recomendado e do nada, o nível recomendado pula para o 6, e assim por diante.

Dying Light: The Beast - Análise - Vale a Pena - Review

O problema foi que quando eu cheguei na parte da missão nível 6, eu ainda estava no nível 5, e a diferença na quantidade de dano que um infectado te causa quando você está um nível abaixo dele e no nível recomendado é gigantesca. Você apanha de zumbis normais como se apanhasse de zumbis especiais do jogo.

O que eu fiz então? Fui fazer missões secundárias, e basicamente tive que fazer todas as missões secundárias disponíveis do nível 1 para poder chegar no nível 6 antes de poder progredir a campanha. Ainda que algumas dessas missões tenham sido muito legais e bem feitas, uma campanha principal de um jogo não deveria forçar você a fazer todo conteúdo opcional que você encontra pela frente para poder avançar na campanha dela, afinal, o nome mesmo diz, ele é conteúdo opcional e ficar fazendo ações pelo mundo aberto do jogo como matar infectados dá muito pouca experiência.

O combate de Dying Light: The Beast segue bastante parecido como ele era no jogo original, ou seja, um combate focado no corpo a corpo em primeira pessoa que mistrua golpes de armas brancas com movimentos de parkour para você andar pelo cenário quando for necessário correr. Essa parte do jogo segue bem divertida, e o combate, ainda que bem desajeitado, principalmente contra os chefes, acaba funcionando melhor do que eu esperava.

Graficamente, Dying Light: The Beast é um jogo bonito ainda que não esteja dentre os destaques de jogos mais bonitos da geração. Durante o tempo em que eu estive com o jogo, eu analisei ele no PC, e com a minha RTX2080 Super, o jogo aguentou os gráficos no médio flutuando dentro dos 60 quadros por segundo, mas ele ficou completamente quebrado quando eu tentei ligar o frame gen do jogo, ficando com menos de 20 FPS internos e indo aos 40 normais, parecia que eu estava bêbado jogando.

A trilha sonora do jogo é boa e a dublagem dele também é bastante competente. Aqui é importante ressaltar algo: Dying Light: The Beast tem uma dublagem bastante competente inclusive em português, algo que está meio raro de ver em jogos utlimamente, o que sempre é um ponto positivo a mais.

Mas e aí, Dying Light: The Beast vale a pena?

Dying Light: The Beast é um jogo bastante divertido e com uma história que te instiga a continuar jogando a campanha, mas com dois probleminhas que podem ser facilmente resolvidos e que elevariam o jogo ainda mais: a progressão da campanha que exige níveis altos demais do nada e a inteligência artificias dos voláteis em missões da campanha. Fora isso, é um jogo que vai agradar demais quem jogou o jogo original.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PC fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Em Dying Light: The Beast, Kyle Crane retorna após anos desaparecido, agora mantido em cativeiro e submetido a experimentos pelo enigmático Barão. Transformado física e mentalmente por um parasita, ele desperta em Castor Woods, uma antiga região turística agora tomada por infectados e dominada pelo caos. Seu objetivo principal é confrontar o Barão e caçar uma criatura lendária chamada “A Besta”, um superinfectado que ameaça a sobrevivência dos poucos humanos restantes. Durante a jornada, Crane precisa reunir aliados e usar suas novas habilidades monstruosas para enfrentar as ameaças de um mundo em colapso.

O jogo introduz dois sistemas de progressão: um ligado às habilidades humanas e outro à transformação monstruosa de Crane, que evolui conforme ele derrota inimigos especiais chamados Quimeras. A campanha se desenrola com uma alternância entre o dia e a noite, mantendo a tensão com os Voláteis, criaturas que surgem à noite e interferem em momentos críticos da narrativa. Apesar de desafios como a escalada brusca de nível exigido nas missões principais e a IA instável dos inimigos, a trama mantém um ritmo que mistura ação intensa com o peso das decisões e das consequências da infecção que consome seu protagonista.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Boa história e personagens
  • Bom sistema de combate
  • Sistema de parkour segue muito divertido

Contras

  • Sistema de progressão te força a fazer praticamente todo o conteúdo que deveria ser opcional
  • Inteligência artificial dos voláteis em missões principais do jogo pode forçar você a refazer mais de uma parte por erro do jogo
Eric Arraché
Eric Arrachéhttps://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.