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Dragon Ball Sparking Zero – Análise – Vale a Pena – Review

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A nostalgia é um forte sentimento, e a ideia de Dragon Ball Sparking Zero é capitalizar em cima dessa força prometendo trazer uma versão moderna dos jogos Dragon Ball Z Budokai Tenkaichi da época do PS2, mas será que a Bandai Namco consegue fazer isso?

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Reprodução: Dragon Ball Sparking Zero
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Em Dragon Ball Sparking Zero, voltamos a controlar Goku, Gohan, Vegeta e companhia no mundo criado por Akira Toriyama ao longo das décadas. A ideia do jogo é oferecer diversas campanhas, cada uma focado em arcos da história de Dragon Ball onde você controla o personagem em questão e pode não só viver a história normal de Dragon Ball mas também histórias alternativas onde você pode decidir como prosseguir em determinados pontos da campanha.

Um exemplo disso é logo no começo do jogo. Após a luta inicial entre Raditz e Goku, você pode escolher cooperar com Piccolo ou prosseguir sozinho. Esses caminhos alternativos na campanha aumentam o conteúdo do jogo, e estão disponíveis em todas as campanhas que o jogo oferece.

Ainda sobre a campanha, é importante ressaltar que ela é um pouco mais difícil do que eu gostaria. O jogo não faz questão nenhuma de balancear os confrontos, então se você vai enfrentar um personagem com um poder de luta muito maior que o seu (Goku contra Vegeta versão Macaco Gigante, por exemplo), você certamente vai ter dificuldade mesmo no modo mais fácil do jogo. Talvez a Bandai Namco tenha se passado um pouco nesse quesito, já que há combates que você realmente vai empacar e ter que tentar diversas vezes até ter sucesso.

Reprodução: Dragon Ball Sparking Zero

Como uma sequência direta da série Budokai Tenkaichi após a geração do PlayStation 2, Dragon Ball Sparking Zero mantém um charme de design antigo que contrasta com os jogos de luta atuais. A experiência foca em trazer a fantasia de combate de Dragon Ball à vida, com lutas rápidas e movimentação que lembram diretamente o anime. No entanto, a falta de responsividade dos controles e o design desatualizado dos menus podem tornar a experiência frustrante, especialmente em lutas intensas.

Além disso, por possuir basicamente um botão de ataque e um botão de magia, você vai ficar socando o mesmo botão um monte de vezes, e a batalha funciona mais em fazer o manejo do seu Ki para usar técnicas e usar o contra-ataque na hora certa do que realmente em usar comandos e fazer combos.

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Apesar do jogo oferecer opções de controle clássico (estilo PS2) e moderno, mesmo usando o moderno eu ainda encontrei alguma dificuldade e me adaptar aos controles do jogo, e tive que voltar ao modo de treinamento diversas vezes até entender minimamente como o jogo funciona, já que no modo história, você mal vai ter chance de se adaptar com Raditz, Vegeta e companhia descendo a lenha em você.

Essa abordagem apela à nostalgia dos fãs, oferecendo a chance de reviver histórias importantes e alterar seus desfechos. Contudo, as opções de personalização de batalhas e treinamento são limitadas e nisso o jogo acaba parecendo mesmo um jogo de PS2, já que em jogos contemporâneos de luta vemos bem mais recursos do que encontramos por aqui.

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Reprodução: Dragon Ball Sparking Zero
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Ao todo, Dragon Ball Sparking Zero apresenta um elenco de 182 personagens e uma narrativa ramificada que permite explorar novos resultados para eventos clássicos da história de Dragon Ball.

Aqui é importante ressaltar que apesar de o jogo ter 182 personagens, muitos deles são apenas variações dos personagens originais de Dragon Ball. Só o Goku, por exemplo, tem mais de uma dezena de variações, o mesmo pro Vegeta, Gohan e assim por diante.

Ainda sobre as opções disponíveis no jogo, você pode enfrentar amigos, jogar online, criar torneios e assim por diante, exatamente como nos jogos clássicos da geração do PS2.

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Graficamente, Dragon Ball Sparking Zero é um belo jogo que consegue capturar muito bem a essência de Dragon Ball, mas eu sinceramente achei que os personagens e cenários poderiam se combinar melhor. Parece até que estamos vendo personagens 2D andando em cenários muito mais realistas e com um estilo de arte que não combina exatamente com os bonecos que andam nele.

A trilha sonora é boa e é composta por músicas e efeitos sonoros que nos remetem à franquia. Infelizmente, há apenas duas dublagens disponíveis no jogo: japonês e inglês, sendo a primeira boa e a segunda ruim demais (como a maioria das dublagens em inglês de anime). Aqui, o jogo se beneficiaria demais de uma dublagem em português.

Mas e aí, Dragon Ball Sparking Zero vale a pena?

Reprodução: Dragon Ball Sparking Zero
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Dragon Ball Sparking Zero é um jogo de luta que tem como objetivo ser exatamente o que os fãs que jogaram Budokai Tenkaichi na época do PS2 queriam, mas sinceramente eu acho que a Bandai Namco poderia ter modernizado o jogo um pouco mais.

O combate não é dos mais responsivos e é bem confuso, e se você for jogar o modo história para tentar aprender a lutar, boa sorte, pois as lutas são desequilibradas demais para você conseguir pegar o jeito do jogo.

Com amigos ou online a coisa fica melhor e aí provavelmente está o futuro do jogo, mas as vezes as coisas são muito melhores nas nossas lembranças do que de fato são, e esse é o caso com Dragon Ball Sparking Zero.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecido pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Dragon Ball Sparking Zero é uma tentativa de reviver a nostalgia dos fãs da série Budokai Tenkaichi da época do PlayStation 2, oferecendo uma experiência que mistura elementos clássicos com gráficos atualizados. O jogo conta com uma narrativa ramificada, permitindo que os jogadores explorem histórias alternativas para eventos icônicos de Dragon Ball. No entanto, as batalhas, especialmente no modo história, são desequilibradas, o que pode frustrar os jogadores, já que enfrentar inimigos com poderes superiores, como Vegeta na forma de Macaco Gigante, se torna um grande desafio mesmo nas dificuldades mais baixas. O sistema de combate, embora baseado em mecânicas simples de ataques e manejo de Ki, carece de responsividade, o que pode dificultar a adaptação dos jogadores.

Graficamente, o jogo capta bem a essência da série, mas apresenta uma desconexão entre os personagens e os cenários, como se os modelos dos lutadores não se integrassem completamente ao ambiente ao redor. A trilha sonora remete aos sons clássicos da franquia, mas a limitação nas opções de dublagem (apenas em japonês e inglês) é um ponto negativo, especialmente para os fãs brasileiros. Com um extenso elenco de 182 personagens, embora muitos sejam variações dos mesmos lutadores, o jogo oferece modos de combate contra amigos e online, remetendo à experiência dos jogos da geração PS2. No entanto, a falta de uma modernização mais profunda e o desequilíbrio nas lutas deixam a sensação de que algumas memórias são melhores do que a experiência atual proporcionada pelo jogo.

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Nota final

70
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Belos gráficos
  • Muitos personagens
  • Modo história interessante

Contras

  • Modo história completamente desequilibrado
  • Controles confusos
  • O jogo poderia ter sido mais modernizado
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.