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Doom: The Dark Ages – Analise – Vale a Pena – Review

Doom: The Dark Ages é o mais novo capítulo da franquia do Slayer, e que agora promete trazer a ação para o mundo medieval. Dotado de um escudo e muita violência, será que um dos personagens mais brutais do mundo dos games consegue trazer algo de diferente nesse novo jogo?

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Em Doom: The Dark Ages, vemos o Slayer sendo invocado num mundo medieval (que não é exatamente medieval e sim uma mistura de tecnologia com idade média) para salvar a humanidade e impedir que o coração de Argent caia nas mãos dos demônios.

Doom: The Dark Ages - Analise - Vale a Pena - Review

Aqui é importante ressaltar que, apesar de não ser um dos focos do jogo, a história dele é confusa e sinceramente bem mal explicada. Você vai vendo as coisas acontencedo, não sabe bem por que o Slayer está ali, não sabe onde ele está indo e o que eles querem que você faça, com cenas cortando para diferentes núcleos a todo momento. Tudo bem que a história do jogo é só um pretexto para você baixar a opressão em cima dos demônios, mas a id Software realmente poderia ter deixado o enredo menos confuso de se acompanhar, já que ele é o segundo ponto mais fraco do jogo.

Para derrotar seus adversários, você tem as armas de sempre do slayer e uma grande novidade para enfrentar os seres do submundo: um escudo que o personagem carrega consigo desde o início do game e que é parte fundamentaldo gameplay do jogo.

O escudo funciona exatamente como você imagina, você usa ele para bloquear ataques e também para rebater projéteis nos adversários. Ambas as mecâncias são fundamentais para você sobreviver dentro do jogo, já que é virtualmente impossível vencer certos adversários sem usar nenhum dos dois. Felizmente, há uma generosa janela de aparo para os golpes que podem ser rebatidos, e assim você consegue contornar a tempestade de tiros que o jogo acaba colocando diante de você.

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Doom: The Dark Ages - Analise - Vale a Pena - Review

Diferente dos outros dois jogos da franquia, aqui vemos muito mais inimigos atirando em você ao invés de inimigos que usem ataques físicos, e diferente dos dois outros jogos também, onde você deveria ficar a maior parte do tempo se movimentando para não ser presa fácil dos adversários, o jogo quer mais é que você pare, use seu escudo, rebata os ataques e aí sim se movimente para contra-atacar seus adversários.

Se tem uma coisa em que o combate de Doom: The Dark Ages é generoso é na quantidade de gente que vai tentar atirar em você. Já no começo do jogo vemos uma boa quantidade de inimigos na tela, mas é interessante que eles estão ali meio que fazendo figuração. Em muitos dos casos, se você faz o que o jogo espera, ao invés de matar um inimigo, você mata uns 5 ou 6 de uma vez, ainda mais se são demônios menores, parecendo até um “musou FPS”. Você realmente se sente poderoso andando pelos campos de batalha, e a intimidação inicial que os inimigos aparentam logo passa, pois você vai ver como eles viram poeira facilmente.

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Requisitos mínimos, recomendados e ultra de Doom: The Dark Ages

O combate do jogo é difernete o suficiente dos outros dois jogos da série, apesar de incorporar alguns elementos de Doom Eternal, como o fato de você ser fortemente incentivado a usar uma arma em específico contra cada tipo de inimigo, mas eu não sei se essa ideia de parar, rebater golpes e aí sim avançar ficou tão boa se comparada com o combate frenético que os outros dois jogos tinham. Ainda assim, o combate do jogo diverte e é um dos pontos fortes dele, mas se colocado em comparação com o que já vimos, eu acabei achando que deixou a desejar.

Um ponto que deixa a desejar, infelizmente, são as Glory Kills de Doom: The Dark Ages. Elas são bem poucas em comparação com os outros dois jogos da franquia, e a maioria delas não tem tanta graça assim também. Cada inimigo tem umas duas apenas e a maior parte delas envolve apenas você usar o escudo para executar o inimigo, e como a maioria dos inimigos acaba morrendo rapidamente se você usar a arma certa e sem a necessidade de um Glory Kill, vemos eles acontecendo poucas vezes no jogo, e poucos desses momentos realmente são satisfatórios como nos jogos passos da série.

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Por que Doom: The Dark Ages não terá multiplayer

Ainda sobre o combate, o Slayer tem duas novas armas que foram bastante alardeadas nos trailers antes do lançamento do jogo: uma espécie de “robô gigante” e uma montaria alada que você usa para enfrentar inimigos.

Cada uma delas tem um tipo em específico de gameplay, sendo o “robô gigante” um momento do combate mais cadenciado baseado em bloquear o seu adversário na hora certa e descer a porrada nele quando ele abrir brechas e a criatura alada um combate onde você deve destruir torretas inimigas em locais específicos do cenário e desviar dos ataques delas pra ganhar um bônus de dano, além de perseguir outros ginetes alados pelo cenário.

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Doom: The Dark Ages - Analise - Vale a Pena - Review

Ambas as adições são interessantes mas bem simples, e felizmente elas não são algo que aconteçam frequentemente dentro do jogo, já que se ficassem mais tempo em jogo do que ficam, acabariam deixando o gameplay meio monónoto.

Além do combate, você ainda usa o escudo para diversos outros tipos de atividades, como abrir buracos em paredes que são sinalizadas, fazer interaface com painéis, empurrar caixas gigantes, executar saltos longos e assim por diante. Parece que tudo que envolve interagir com o cenário acaba fazendo uso do escudo, e parece que os desenvolvedores se apaixonaram um pouco demais com essa criação.

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Doom: The Dark Ages - Analise - Vale a Pena - Review

Dentro das fases, além dos desafios de combate, o jogo ainda vai te fazer ir atrás de chaves e encontrar os caminhos para chegar nos objetivos, e uma coisa legal que a id Software fez em Doom: The Dark Ages, é fazer fases não lineares, onde você tem um mini mundo aberto para explorar e enfrentar os desafios da forma como você quiser, além de poder ir atrás de tesouros para fazer upgrades em suas armas e também enfrentar chefes especiais opcionais para melhorar seus status como vida, armadura e capacidade de munição.

As armas de Doom: The Dark Ages são divertidas de se usar, sendo que cada uma tem um propósito dentro do jogo. O escudo, por exemplo, serve não só para aparar golpes, mas também para ser arremessado em inimigos e deixá-los paralisados por alguns segundos. As armas físicas do slayer fazem as vezes da motosserra dos jogos anteriores, além de servirem para fazer combos nos adversários, e as armas em si, que possuem muito pouca inspiração medieval, funcionam de maneira bem semelhante aos jogos anteiores da franquia na maior parte do tempo, sendo bastante satisfatórias de se usar, mas não possuindo nenhum modo alternativo nelas, ainda que cada classe de arma possua mais de uma opção e que vão sendo obtidas conforme você avança no jogo.

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Graficamente, Doom: The Dark Ages é um belo jogo, com a porrada comendo na tela e nenhum tipo de slowdown ou problema de performance. Nessa análise, eu usei a versão de PS5 base do jogo, e gostei bastante da experiência nele.

A trilha sonora de Doom: The Dark Ages infelizmente é uma decepção. Além de ter uma mixagem não tão boa assim sendo baixa demais em relação ao que ocorre no jogo, ela não chega a empolgar na maior parte do tempo. Infelizmente a saída de Mick Gordon é sentida no jogo, já que a trilha dos dois outros games da franquia eram um dos pontos altos e ajudavam você a “entrar na zona” enquanto despachava a dor e a opressão nos seres do submundo.

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Vale ressaltar ainda que o jogo está 100% dublado em português e também possui legendas no nosso idioma, mas ou você joga com o jogo dublado e legendado em português, ou dublado e legendado em inglês, espanhol, japonês etc, ou seja, não é possível escolher dublagem e legendas de forma independente, o que eu acho péssimo.

Mas e aí, Doom: The Dark Ages vale a pena?

Doom: The Dark Ages é um bom jogo dentro da franquia Doom. O escudo traz algumas boas ideias ao gameplay, mas as mudanças no combate, tornando-o mais cadenciado não me agradaram tanto assim, e a pouca quantidade de Glory Kills e a trilha sonora acabam deixando a desejar. Apesar disso, se você é fã da franquia, você provavelmente vai se divertir bastante com o jogo.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Doom: The Dark Ages leva o Slayer a um mundo de fantasia medieval corrompido, onde ele é invocado para impedir que o coração de Argent caia nas mãos dos demônios. Com foco em combates brutais, o jogo introduz um escudo como arma central do gameplay, usado tanto para defesa quanto para rebater ataques e interagir com o cenário. O combate é mais cadenciado que nos títulos anteriores, exigindo o uso estratégico do escudo e armas específicas para lidar com diferentes inimigos. A história serve mais como pretexto para a ação, com narrativa confusa e pouco clara.

Apesar das Glory Kills reduzidas e da trilha sonora aquém dos jogos anteriores, Doom: The Dark Ages apresenta lutas intensas com muitos inimigos simultâneos, ambientes amplos e fases não lineares que incentivam exploração e coleta de melhorias. Novidades como o robô gigante e a montaria alada trazem variedade, mas aparecem pontualmente. O jogo é visualmente impressionante e tem boa performance, além de contar com dublagem completa em português, mesmo com a limitação de não permitir combinar dublagem e legenda de idiomas diferentes.

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Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • O combate segue bastante satisfatório
  • Ótimos gráficos e performance
  • O escudo foi uma boa adição ao combate

Contras

  • Enredo bastante confuso
  • Tornar o combate mais estático talvez não tenha sido uma ideia tão boa
  • Tanto o robô gigante quanto o dragão não são tão divertidos assim
  • Poucas Glory Kills
  • Trilha sonora deixa a desejar
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.