GamesDonkey Kong Bananza - Análise - Vale a Pena - Review

Donkey Kong Bananza – Análise – Vale a Pena – Review

Donkey Kong Bananza é o segundo grande lançamento de Nintendo Switch 2, e o título que tem uma importante missão: manter o jogador ocupado em uma época de poucos lançamentos até o final do ano, mas será que o jogo consegue cumprir essa missão?

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Em Donkey Kong Bananza, conhecemos a história de como DK acabou conhecendo Pauline. Basicamente, Donkey Kong estava num belo dia atrás de Bananas (conhecidas no jogo como Banândio) junto com seus amigos mineradores quando uma companhia de mineração chamada Void Co, rouba todas as bananas deles e começa a usá-las para viajar para o centro do planeta, que diz-se esconder o poder de realizar qualquer desejo. Agora, você juntamente com uma misteriosa pedra falante, devem impedi-los disso.

Donkey Kong Bananza - Análise - Vale a Pena - Review

Como dá para imaginar, a história está longe de ser o forte de Donkey Kong Bananza, mas a ideia é simples: ir de camada em camada do planeta, resolver os problemas que a Void Co causou e avançar para a camada seguinte.

Cada uma dessas camadas é divididas em subcamadas, e cada camada é basicamente um mundo do jogo. Há o mundo tropical, mundo da neve, mundo da água, mundo dos trovões e até mesmo um mundo que é um pântano venenoso cheio de espinhos mortais. O jogo conta com bastante variedade de visuais, mas a parte de ir de um mundo ao outro é a parte mais fraca do jogo.

Não que ela seja chata, longe disso, mas ela é simples demais. Às vezes o seu objetivo dentro do mundo é encontrar a próxima transformação, chamadas no jogo de Bananza, que vai servir para você vencer algum obstáculo, às vezes você só precisa vencer um ou dois chefes, e em alguns raros momentos, você só precisa conversar com alguém e resolver algum rápido problema.

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Se isso fosse tudo o que Donkey Kong Bananza tivesse a oferecer, o jogo seria bem fraco, e se você é uma pessoa que vai de um objetivo ao próximo sem fazer conteúdo opcional nenhum, você provavelmente não vai aproveitar o jogo direito, mas Donkey Kong Bananza brilha mesmo é pelo conteúdo opcional, e não pelo jogo em si.

Donkey Kong Bananza - Análise - Vale a Pena - Review

A grande novidade de Donkey Kong Bananza é uma mecânica de destruição de cenário onde você basicamente pode, e deve, destruir o que você encontra pela frente com os braços do DK. Você pode bater pra frente, pra cima e pra baixo, e a ideia é sair cavando buracos atrás do seu próximo objetivo ou atrás das bananas, ouro, power ups e itens colecionáveis que servem pra você desbloquear roupas para Donkey Kong e para a Pauline.

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É importante ressaltar que a ideia central do jogo não é ir atrás dos objetivos em sequência, e sim se perder usando a mecânica de destruição de cenário dele procurando as bananas disponíveis em cada um dos mundos do jogo. Elas podem ser encontradas de diferentes formas, estando enterradas no cenário e atrás de desafios que te dão de uma a três bananas, além de serem um prêmio por concluir uma subcamada do jogo ou por vencer algum chefe dele.

Donkey Kong Bananza - Análise - Vale a Pena - Review

Essas bananas são usadas para melhorar as habilidades de Donkey Kong seja em sua forma normal, seja em suas Bananzas, e você vai precisar de centenas delas para deixar o macacão com o poder máximo, mas a sensação de recompensa do jogo é muito boa, já que você vai querer ficar indo de banana a banana dos cenários, e se você for fazer isso, um mundo que dura de 30 minutos a uma hora para ser concluído pode tranquilamente durar três a quatro horas.

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É importante ressaltar, entretanto, que elas não estão distribuídas de maneira igual entre os mundos, há mundo em que há mais, e mundos em que há menos, e em mundos que há menos, há alguns que são bem chatos de ir atrás das bananas. O mundo que eu menos gostei nesse caso, certamente foi o que fica chovendo e caindo raios em você toda hora. pra um jogo onde a ideia central é jogar com calma e aproveitar a exploração, esse tipo de complicação não adiciona uma camada de dificuldade ao jogo, apenas uma camada de incômodo mesmo.

Mas também há mundos muito divertidos dentro de Donkey Kong Bananza, assim como homenagens muito legais à história de Donkey Kong, seja dentro desses mundos, seja dentro de alguns dos minigames do jogo. Eu não vou dar spoilers do que você vai encontrar pela frente pois descobrir por si só acaba tornando a experiência muito mais legal, e a Nintendo acertou o fanservice em cheio aqui.

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É importante ressaltar também que eu sinceramente dei uma boa cansada da metade pro final do jogo. Talvez seja o fato de ter devorado o jogo para fazer a análise, mas a impressão que eu tenho é que eu teria aproveitado bem mais Donkey Kong Bananza se jogasse uma ou duas horas dele por dia, ao invés de ter que fazer sessões de cinco, seis horas.

Nesse sentido, a ideia dele ser um jogo para você jogar por meses até a chegada de Pokémon Z-A e Metroid Prime 4 acaba fazendo bastante sentido, pelo menos para mim, porque os minigames e a falta de variação do jogo acaba cansando, ainda mais levando-se em consideração que as Bananzas não mudam o jogo tanto assim, apesar de adicionarem algumas habilidades legais para o DK, além delas terem basicamente a mesma missão quando você está para desbloquear uma nova: buscar os pedaços do disco quebrado, levá-lo ao ancestral gigante, ganhar a transformação, ver o tutorial, usar a habilidade pra sair do mundo e fim.

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Outro ponto que eu ainda gostaria de falar é sobre a dificuldade do jogo. Donkey Kong Bananza é um jogo fácil demais. Na maior parte do tempo, se você já tiver alguma experiência com jogos, você não vai ter grandes problemas para passar até dos chefes de primeira, dos desafios que o mapa oferece nem se fala, o estímulo do jogo é basicamente ir de banana em banana até você se cansar disso e ir até à próxima etapa do jogo.

Donkey Kong Bananza - Análise - Vale a Pena - Review

Graficamente, Donkey Kong Bananza é um jogo bonito dentro do que o estilo de arte de propõe. Os personagens são muito bem animados, as cenas são divertidas e parece até que estamos assistindo a uma das animações da Nintendo na maior parte do tempo. Enquanto o jogo está rolando, há problemas de performance sim, momentos em que dá para sentir o framerate sofrendo, mas no geral isso não chega a atrapalhar o jogo.

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A trilha sonora do jogo é legal e a dublagem em português ficou bem legal também, a Nintendo acertou em cheio na escolha da dubladora da Pauline (que é basicamente o único personagem que fala no nosso idioma, com o resto dos personagens falando uma língua própria do jogo) e nos termos escolhidos para adaptar os originais.

Mas e aí, Donkey Kong Bananza vale a pena?

Donkey Kong Bananza - Análise - Vale a Pena - Review

Donkey Kong Bananza é um jogo muito divertido que foi feito para ser jogado ao longo de vários meses até o Switch 2 ter mais jogos, e não numa tacada só. O jogo tem uma mecânica de destruição muito satisfatória e diversos desafios secundários muito legais, quase como se fosse uma versão Breath of the Wild de Donkey Kong nisso, mas a campanha principal do jogo deixa um pouco a desejar por desafios simples demais e tarefas bobas. Ainda assim, esse é mais um título imperdível do Switch 2 e um grande acerto da Nintendo.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para Switch 2 fornecida pela Nintendo do Brasil.

Resumo para os preguiçosos

Donkey Kong Bananza coloca o icônico macaco em uma nova aventura subterrânea após ter suas preciosas bananas, chamadas de Banândio, roubadas pela corporação Void Co. A empresa utiliza o poder dessas frutas para alcançar o centro da Terra, que esconde uma força capaz de realizar qualquer desejo. Acompanhado por uma pedra falante e pela recém-conhecida Pauline, Donkey Kong parte em uma jornada para impedir os planos da Void Co., explorando camadas do planeta em busca de transformações chamadas Bananzas e enfrentando desafios variados em cenários temáticos como florestas, neves, pântanos e cavernas elétricas.

O ponto forte do jogo está na exploração e nos conteúdos opcionais, com uma mecânica de destruição de cenário que incentiva o jogador a escavar por recompensas escondidas, colecionáveis e melhorias. Apesar da campanha principal ser simples e pouco desafiadora, a variedade visual, os minigames e as homenagens à série oferecem charme e valor ao longo da experiência. Com performance estável na maior parte do tempo, boa dublagem em português e estilo artístico caprichado, Donkey Kong Bananza se destaca como um título ideal para ser aproveitado em sessões espaçadas até os grandes lançamentos do Switch 2.

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Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Mecânicas muito divertidas
  • Diversos minigames criativos
  • Ótimas homenagens ao passado da série

Contras

  • Experiência desigual em alguns mundos
  • Problemas de performance
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.