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Disney Epic Mickey: Rebrushed – Análise – Review – Vale a Pena

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Disney Epic Mickey: Rebrushed traz de volta a icônica aventura de Mickey Mouse em um remake do jogo original, lançado há quase 14 anos. Anteriormente exclusivo para o Nintendo Wii, o título agora chega a todos os consoles, permitindo que novos jogadores experimentem a emocionante jornada de Mickey pela Terra Desolada.

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Com visuais aprimorados e uma jogabilidade refinada, Disney Epic Mickey: Rebrushed busca reviver a magia do clássico enquanto se adapta aos padrões modernos de consoles. Mas será que ele consegue?

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Reprodução: Disney Epic Mickey: Rebrushed

Em Disney Epic Mickey: Rebrushed, a história começa com o Yen Sid criando um mundo especial, pintado especialmente para abrigar personagens esquecidos do universo Disney. No entanto, em uma noite inesperada, Mickey atravessa um espelho mágico em sua casa e acaba parando no estúdio onde esse mundo se encontra.

Movido pela curiosidade, Mickey explora o local e encontra o poderoso pincel mágico do feiticeiro, capaz de criar e manipular esse mundo esquecido. Sem entender completamente o que está fazendo, Mickey acidentalmente cria uma criatura aterrorizante: a Mancha Sombria, uma entidade caótica e descontrolada. Quando Mickey percebe o que fez, é tarde demais, e o feiticeiro retorna ao ouvir o barulho. Desesperado, Mickey foge pelo espelho, retornando ao seu mundo sem consertar a bagunça.

O desastre, no entanto, já está em curso. A Mancha Sombria começa a devorar o mundo criado por Yen Sid, e o solvente, um material que dissolve a pintura, ameaça destruir tudo que o feiticeiro havia construído. A Terra Desolada, lar dos personagens esquecidos, está prestes a ser devastada, desencadeando os eventos que levarão Mickey a uma jornada para corrigir seus erros e salvar aqueles que ele involuntariamente colocou em perigo.

Reprodução: Disney Epic Mickey: Rebrushed

Após algum tempo, a Mancha Sombria invade o espelho de Mickey e o arrasta para a Terra Desolada, onde ele é capturado pelo Cientista Maluco, um dos vilões desse mundo, que tenta arrancar o coração de Mickey para usá-lo em seus experimentos sombrios. No entanto, Mickey consegue escapar com a ajuda de Gus, um Gremlin que se torna seu aliado. Durante a fuga, Mickey descobre a presença de Oswald, o Coelho Sortudo, um dos primeiros grandes personagens da Disney, mas que foi esquecido ao longo do tempo, especialmente após a ascensão de Mickey Mouse.

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Para contextualizar, Oswald foi um personagem criado por Walt Disney e Ub Iwerks em 1927 e foi um dos pioneiros no cinema de animação, ajudando a estabelecer a Disney como um estúdio promissor. No entanto, devido a uma disputa contratual, Walt perdeu os direitos sobre Oswald para a Universal Studios, o que o levou a criar Mickey Mouse.

Com o tempo, Oswald caiu no esquecimento, até ser recuperado pela Disney em 2006, quando os direitos do personagem retornaram ao estúdio. Em Epic Mickey, o jogo traz essa narrativa à tona, onde Oswald, ressentido por ter sido esquecido e deixado de lado, vive na Terra Desolada. Seu relacionamento com Mickey é cheio de tensão, pois ele vê o rato como o responsável indireto por seu esquecimento. Agora, nosso objetivo no jogo é encontrar Oswald, resolver essa questão e procurar uma maneira de escapar da Terra Desolada, que está à beira da destruição.

Reprodução: Disney Epic Mickey: Rebrushed
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Disney Epic Mickey: Rebrushed é um clássico de plataforma 3D, com as mecânicas básicas do gênero, como correr, pular, atacar e gerenciar uma quantidade limitada de corações. No entanto, o grande diferencial está na mecânica do Pincel. Como o jogo se passa em um mundo de pintura, o pincel se torna o maior aliado do jogador. Com ele, é possível pintar partes do cenário para ativá-las e progredir na jornada: pontes são construídas, engrenagens giram, e até nuvens podem ser pintadas para alcançar objetivos. Por outro lado, o solvente permite apagar a tinta, removendo obstáculos, derrubando estruturas ou abrindo novos caminhos. Essa mecânica é onde o jogo realmente se destaca, oferecendo diversas possibilidades criativas.

Além disso, o pincel também é usado no combate, oferecendo duas abordagens: você pode pintar os inimigos para transformá-los em aliados ou usar o solvente para eliminá-los. O jogo responde às escolhas do jogador, tanto com a tinta quanto com o solvente, impactando a progressão e moldando o desenrolar da história. Um bom exemplo dessa liberdade é no início do jogo, quando você precisa chegar ao Coliseu. Há mais de uma maneira de fazer isso: você pode derrubar a Torre Inclinada para usá-la como ponte ou seguir pelas nuvens, pintando seu caminho até o destino.

Essa sensação de escolha também está presente nas missões. Em um dos casos, você encontra o diário de um personagem que prova seu arrependimento por um acidente. Com ele, pode mostrar ao Gremlin para que o personagem seja perdoado, ou entregá-lo a outro NPC e deixar as coisas como estão. Cada escolha traz uma consequência, influenciando o desdobramento do enredo.

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No começo do game, o jogador tem uma quantidade limitada tanto de tinta quanto de solvente. No entanto, essa quantidade vai aumentando gradativamente conforme você derrota chefes. Para conseguir mais tinta, é necessário derrotar os chefes utilizando a própria tinta, enquanto para receber uma maior quantidade de solvente, é preciso eliminar os chefes do mundo utilizando o solvente.

Reprodução: Disney Epic Mickey: Rebrushed

O jogo é dividido em diversos cenários, e para alternar entre eles, é necessário entrar em uma projeção. Nessa parte, o jogo muda de perspectiva e você passa a controlar Mickey em um cenário de plataforma 2D, adicionando uma variação à gameplay principal. A ideia é interessante, porém, esses cenários 2D apresentam uma dificuldade bastante baixa, sendo o principal desafio encontrar os colecionáveis escondidos.

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Um ponto positivo é que, se precisar voltar a um cenário já visitado, não é necessário passar pela mesma projeção. Por uma pequena taxa de cupons, você pode atravessar diretamente. Esses cupons funcionam como a moeda do jogo e podem ser obtidos destruindo partes do cenário. Além de facilitar a passagem pelas Projeções, os cupons permitem comprar novos colecionáveis, itens de missões em determinadas lojas e até mesmo obter dicas e ajuda de NPCs.

Reprodução: Disney Epic Mickey: Rebrushed

Diferente do que normalmente vemos em jogos da Disney e de seus personagens, Disney Epic Mickey: Rebrushed nos apresenta cenários bem distantes dos mundos coloridos e alegres aos quais estamos acostumados. Muito pelo contrário, o jogo se passa em um cenário desolado, devastado pelo Desastre do Solvente, um evento que deixou a Terra Desolada parcialmente destruída. As paisagens refletem essa destruição: são deterioradas, sem vida, assim como muitos de seus habitantes, que, além de serem esquecidos pelo tempo, viram seus lares serem praticamente destruídos.

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Os cenários são, ainda assim, visualmente impressionantes, repletos de referências ao Mickey e outras criações da Disney. Grande parte dessas referências, no entanto, estão deterioradas e corroídas pelo solvente, criando um contraste interessante com a nostalgia. O design dos mapas se destaca tanto que eu frequentemente tirava um momento para usar o Modo Foto do jogo.

Como mencionei anteriormente, os mapas são divididos em diversos cenários, e, em geral, não são tão extensos em tamanho. Em cada um deles, o jogador precisa realizar uma série de objetivos para desbloquear o caminho até a próxima área, por meio das projeções. Ao explorar, você encontrará personagens, muitos deles esquecidos com o passar do tempo, além de versões alternativas de figuras mais conhecidas. Além disso, há uma grande quantidade de segredos e colecionáveis escondidos pelos mapas, o que pode tornar a experiência ainda mais rica para quem deseja explorar tudo o que o jogo oferece.

Ao que se trata do nosso idioma, o jogo está completamente traduzido para o português, mas a dublagem não foi adaptada, o que não afeta a experiência de maneira significativa. Afinal, as únicas falas dubladas aparecem na cutscene inicial, e o restante do tempo os personagens se comunicam por meio de grunhidos acompanhados por legendas, mantendo uma estética que lembra muito os antigos desenhos animados.

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Mas e aí, Disney Epic Mickey: Rebrushed vale a pena?

Por fim, Disney Epic Mickey: Rebrushed é uma experiência que consegue reviver com sucesso os clássicos para os consoles atuais, apresentando cenários e ambientes visualmente impressionantes. O jogo traz uma ótima sensação de nostalgia para os fãs que jogaram o título original em 2010, ao mesmo tempo que facilmente cativa novos jogadores que, assim como eu, estão conhecendo essa aventura pela primeira vez.

Resumo para os preguiçosos

Disney Epic Mickey: Rebrushed revive a aventura clássica de Mickey Mouse em um remake do jogo original, lançado há 14 anos. Agora disponível para todos os consoles, o título aprimora os visuais e jogabilidade, enquanto mantém a essência nostálgica da jornada de Mickey pela Terra Desolada. A trama começa quando Mickey, acidentalmente, liberta a Mancha Sombria, uma entidade que ameaça destruir o mundo criado por Yen Sid. A Terra Desolada, lar de personagens esquecidos da Disney, reflete o caos, apresentando cenários desolados e destruídos pelo solvente.

O destaque e a mecânica principal do jogo envolve o uso do Pincel Mágico, permitindo que os jogadores pintem ou apaguem elementos do cenário, o que altera o progresso da história. Além disso, a interação com personagens e as escolhas feitas pelo jogador impactam a narrativa, oferecendo múltiplas formas de resolver os desafios. Apesar do cenário sombrio, os visuais são lindos e cheios de detalhes, com referências a Mickey e outros personagens icônicos, proporcionando uma rica experiência de exploração e nostalgia.

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Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Cenários lindos e cheio de referências
  • Mapas cheios de segredos escondidos
  • Diferentes possibilidades de alcançar o mesmo objetivo

Contras

  • Os trechos de gameplay 2D são fáceis demais
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Giacomo Moura
Giacomo Moura
Apaixonado por Counter-Strike e Souls-Like, escrevo sobre games e animes no Critical Hits. No meu tempo livre, gosto de assistir séries e jogar basquete.