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Digimon Survive vale a pena? Análise – Review

Digimon Survive é o mais novo lançamento da franquia de monstrinhos digitais, trazendo uma nova aventura num mundo também novo, e que provavelmente vai dar o que falar entre os fãs, mas será que esse jogo vale a pena? É o que nós vamos descobrir nessa análise.

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O jogo é apresentado pela Bandai Namco como um híbrido de Visual Novel e de RPG Tático, algo que precisa ser muito levado em consideração pelo jogador antes de embarcar no jogo, porque se você não gosta de jogos com muito texto, infelizmente esse não é pra você, e por isso eu já dou o aviso logo de cara: tem texto pra caramba.

Digimon Survive vale a pena? Análise - Review
Reprodução: Bandai Namco
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Nesse jogo, você controla Takuma e o grupo de colegas da escola dele. Num belo dia eles saíram para um passeio escolar próximo a um templo antigo de uma crença que ninguém conhecia direito. Como a curiosidade era grande, os jovens acabam indo até o tal templo, que era fechado para visitantes externos, e lá eles acabam descobrindo que a crença do templo, os monstros Kemonogami (ou bestas deuses em japonês) são na verdade os Digimon.

Ainda neste templo, eles conhecem um estudioso dos Kemonogami e acabam sendo transportados para uma outra dimensão, onde os Digimon existem de verdade. Lá eles começam a ser atacados por monstros hostis, quando finalmente são salvos por Agumon e outros Digimon.

Agora, eles devem encontrar uma forma de voltar para casa enquanto exploram o mundo dos Digimon e descobrem por que eles foram trazidos para esse mundo.

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Reprodução: Bandai Namco

Sabe toda essa sinopse que eu falei acima? Então, se ela não pareceu tão longa assim, foi por que eu resumi ela bastante, mas em Digimon Survive, esse começo de jogo leva mais ou menos uma hora e meia de puro texto, exceto por uma micro batalha tutorial que acontece nos primeiros instantes do jogo.

Como eu disse no começo do review, o jogo tem texto pra caramba, e quando a Bandai Namco chama ele de Visual Novel e RPG Tático Híbrido, essa junção na verdade é uns 85% de visual novel e 15% de RPG tático.

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Mesmo depois das primeiras batalhas e daquele intensivão de texto, o jogo ainda foca muito mais nessa parte do que na ação mesmo, e eu admito que eu quase dormi umas três vezes nesse começo de jogo, pois ele é maçante pra caramba.

Digimon Survive vale a pena? Análise - Review
Reprodução: Bandai Namco

Durante a parte de visual novel, você vai assistir a muitas conversas. De vez em quando o jogo te dá opções de respostas que influenciam o seu relacionamento com os outros personagens do grupo. Dependendo de como você responde, a relação desses personagens com os Digimon acaba mudando, e eles podem acabar digivolvendo para outros monstros diferentes dessa forma.

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Além disso, você também terá a oportunidade de explorar cenários, interagindo com certas partes dele, seja para avançar na história e receber mais texto, seja para ganhar itens escondidos nesses cenários. Essas interações podem acontecer tanto normalmente quanto usando a câmera de Takuma, mas como o jogo dá a oportunidade de você usar os botões L e R para alternar entre os pontos de interesse, a exploração acaba rapidamente, já que é só circular pelas opções até achar os pontos com exclamação para avançar logo a história.

Nessa parte de visual novel ainda, o jogo é dividido em capítulos, com cada um parecendo um episódio ou um arco de um anime mesmo. Um exemplo disso é logo no começo do jogo, onde uma personagem do seu grupo acaba sendo sequestrada e você tem que vasculhar uma escola até encontrá-la.

Reprodução: Bandai Namco
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Como eu disse anteriormente, essa parte de visual novel tem bastante texto, e infelizmente o ritmo dela é arrastado demais, com muitos dos diálogos sendo conversas que não levam a lugar algum entre os personagens. Como o próprio jogo em si é lento para avançar as conversas, dá pra tranquilamente ficar metralhando o botão de avançar os textos e lê-los enquanto o jogo mostra as conversas, já que ele é bem lento.

Após o começo super arrastado do jogo e as primeiras batalhas, ele não melhora muito nesse quesito, já que nas partes de drama e de exploração, você ainda vai gastar uns bons 20 a 30 minutos, e às vezes até mais, só lendo texto e circulando entre mapas para ler mais texto e fazer a história andar de novo.

A partir do primeiro capítulo, o jogo finalmente dá a oportunidade de batalhar livremente para subir o nível dos seus Digimon, além das batalhas obrigatórias da história do jogo.

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Digimon Survive vale a pena? Análise - Review
Reprodução: Bandai Namco

No departamento de batalhas, Digimon Survive é um jogo competente, mas nada muito além disso. Você pode escolher uma quantidade limitada de Digimon para enfrentar os inimigos, além de poder ficar amigo de outros Digimon inimigos tanto para obter itens deles quanto para você fazê-los juntarem-se ao seu grupo e assim aumentar o seu esquadrão de monstrinhos digitais.

Para isso, você tem a opção de conversar com os Digimon durante as batalhas. Além de poder recrutar inimigos, você também pode incentivar os Digimon do seu grupo, seja para melhorar o ataque, a quantidade de espaços que ele caminha ou até mesmo recuperar a vida dele.

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As batalhas em si acontecem em sua maioria em terrenos planos com alguns obstáculos, mas elas costumam ser bastante simples, tanto pelo nível de dificuldade do jogo quanto pelo fato de na maioria das vezes você estar em maior número que o seu adversário.

Conforme o jogo avança, você vai desbloqueando Digievoluções para os seus Digimon. Essas evoluções consomem pontos de especial a cada turno, então você terá que tentar encontrar um equilíbrio entre ficar Digivolvido gastando SP ou tentar resolver os combates nas formas mais inferiores sem precisar desse gasto.

Digimon Survive vale a pena? Análise - Review
Reprodução: Bandai Namco
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Graficamente, Digimon Survive não tem nada demais. As partes de Visual Novel do jogo são ok, com boas ilustrações e cenários decentes. A trilha sonora do jogo também não ajuda muito em deixar essas partes mais interessantes, e os temas de batalha também não são lá grandes coisas.

Um ponto positivo a ser ressaltado aqui é que o jogo vem com diálogos e menus totalmente em português, o que é ótimo, já que dá a oportunidade de quem não tem o domínio do inglês também jogar esse jogo.

Mas e aí, Digimon Survive vale a pena?

Reprodução: Bandai Namco
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Digimon Survive é um jogo que se divide entre Visual Novel e RPG Tático, com uma proporção completamente desigual e que pende muito mais para o primeiro do que para o segundo.

No geral, o modo de combate de Digimon Survive é legal, e o jogo certamente seria muito melhor se esse fosse o ênfase do jogo, e não o contrário, pois infelizmente o ritmo do jogo é terrível, e a história está longe de ser tão interessante assim que mereça um foco tão aprofundado nela. Mesmo que o lado de visual novel chame a sua atenção para o jogo, é importante ressaltar que a história não é tão boa assim, e há outros jogos da franquia bem mais interessantes do que esse.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Nintendo Switch fornecida pela publisher.

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Resumo para os preguiçosos

Digimon Survive é um jogo que se divide entre Visual Novel e RPG Tático, com uma proporção completamente desigual e que pende muito mais para o primeiro do que para o segundo.

No geral, o modo de combate de Digimon Survive é legal, e o jogo certamente seria muito melhor se esse fosse o ênfase do jogo, e não o contrário, pois infelizmente o ritmo do jogo é terrível, e a história está longe de ser tão interessante assim que mereça um foco tão aprofundado nela. Mesmo que o lado de visual novel chame a sua atenção para o jogo, é importante ressaltar que a história não é tão boa assim, e há outros jogos da franquia bem mais interessantes do que esse.

Nota final

50
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Bom sistema de combate
  • Bom sistema de escolhas
  • Totalmente em português

Contras

  • Ritmo terrível
  • História não tão interessante assim
  • Trilha sonora fraca
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.