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Destiny 2: A Queda da Luz (Lightfall) vale a pena? Análise – Review

Destiny 2: A Queda da Luz talvez seja a expansão mais aguardada do jogo até agora. Por ter sido anunciada após a excelente “A Bruxa Rainha”, A Queda da Luz gerou uma imensa expectativa logo nos primeiros dias após seu primeiro trailer e muitos fãs de Destiny 2 começaram a defender que a nova expansão tinha potencial para ser “Destiny 3”.

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A Queda da Luz prometeu algo grandioso: ser o início do fim. Talvez você nem se lembre, mas quando a Bunguie anunciou o Destiny original lá em 2014, o plano era de que o game tivesse 10 anos de conteúdo na forma de serviço. Sendo assim, era de se esperar que em 2023 tivéssemos indícios de um grande acontecimento que mudasse completamente o enredo do game, possivelmente dando novo fôlego para que Destiny aguentasse mais uns bons 10 anos.

O elemento mais aguardado em A Queda da Luz talvez fosse o combate com a “Testemunha”, uma entidade que acabou se revelando como a própria mãe das trevas e era temida tanto pelo Viajante, como por outras entidades poderosíssimas como pela própria Bruxa Rainha. Algo tão “decisivo”, que a Bungie não economizou esforços para tornar a iminente batalha como algo épico e memorável, uma batalha derradeira da Luz contra as Trevas em que os Guardiões deveriam dar tudo de si, custe o que custar.

Destiny 2: A Queda da Luz vale a pena? Análise - Review

Não tem como negar que A Queda da Luz prometia uma das melhores experiências de Destiny 2 até agora. Porém, infelizmente, até o momento, a expansão tem se provado fraca, monótona e superficial.

Confesso que tinha grandes expectativas para a nova expansão de Destiny 2. Quando comprei o jogo original em 2017, fiz questão de adquiria a Edição Deluxe, acreditando que seria uma das melhores aquisições da minha vida. Ledo engano. Na época, Destiny 2 tinha tão pouco conteúdo, que parecia absurdo aceitar ser submetido à uma extensa repetição de atividades na esperança que em algum momento as coisas finalmente ficassem interessantes e completas. Não demorou muito para que eu abandonasse o jogo, e sinceramente, tenho sentido quase o mesmo sentimento em relação à Lightfall.

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Algumas missões são realmente fracas e sem apelo algum, apresentando personagens que não possuem a tanta relevância ao mesmo tempo em que o desenvolvimento do enredo não parece ser dos melhores. É como se jogo estivesse, novamente, alongando as coisas mais do que o necessário para obrigar o jogador a se contentar com um conteúdo capado, na esperança de que as coisas melhorem com as novas raids e temporadas a seguir.

Destiny 2: A Queda da Luz vale a pena? Análise - Review

É tão cruel, que chega a tirar do sério. Cruel porque a experiência de Destiny 2 como um todo continua sendo excelente quando o assunto é diversão. Existe uma satisfação inerente ao combate em Destiny 2 que chega a ser difícil explicar. Explorar o mapa, combater inimigos hediondos e ser recompensado com novos equipamentos não é novidade, mas existe algo diferente em Destiny 2 e talvez seja por isso que o jogo tenha durado tanto tempo.

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A Queda da Luz também promete uma importante mudança de cenário, fazendo com que o jogador deixe os planetas desertos e afetados pelas trevas, para conhecer Neomuna, em Netuno – a única cidade que se manteve intacta após a primeira queda.

Em termos visuais, Neomuna é realmente interessante, quase beirando o cyberpunk. Porém como cenário acaba sendo muito fraca, já que também é deserta e não parece ser uma cidade intacta onde as pessoas sobreviveram até ao pior dos períodos da humanidade. A nova cidade parece inócua, oca e inabitada, apesar de aparentar opulência e beleza.

Destiny 2: A Queda da Luz vale a pena? Análise - Review

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Pessoalmente, Neomuna me fez lembrar um pouco de Rapture, de Bioshock. Em termos visuais elas são bem diferentes, mas a sensação de abandono e de estar vazia é praticamente a mesma.

Apesar de frustrante, A Queda da Luz consegue trazer alguns elementos novos interessantes ao jogo. O gancho de escalada por exemplo, faz parte da nova subclasse de Filamento e adiciona uma verticalidade ao jogo bem diferente de tudo que vimos até então. A própria Subclasse de Filamente é uma novidade importante pois altera a jogabilidade com as três classes do jogo e dá uma nova vida ao sistema de evolução de habilidades.

Os rankings também mudaram bastante e os níveis 1 à 5 são destinados somente ao conteúdo básico do jogo. Do 6 ao 10, os desafios serão relacionados à temporada e o Rank 11 mudará conforme a recomendação dos jogadores.

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A economia do jogo também sofreu mudanças importante já que agora o jogador não precisa mais focar tanto em conseguiu uma infinidade de novas moedas, mas sim obter chaves para baús com equipamento. A criação de itens também está melhor e mais interessante e os itens podem ser melhorados com um novo sistema de mods mais simples e funcional.

Mesmo assim, A Queda da Luz não se sustenta. A curta campanha principal liberada até agora é realmente frustrante e excessivamente repetitiva. Assim como no lançamento em 2017, chega um momento em que o jogador percebe que seu nível de luz é muito menor do que o recomendado, e é obrigado então a fazer uma série de atividades secundárias que se repetem várias vezes, em busca de novos equipamentos. Um gameplay tão medíocre que frustra tanto quem aguardou pelo novo conteúdo, quanto para jogadores que tem pouco tempo para dedicar-se à jogatina e se vêem obrigados à consumir algo de qualidade duvidosa.

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O que me deixa mais frustrado com Destiny 2 e consequentemente com A Queda da Luz é a forma como a Bungie insiste em tocar o jogo, mesmo em uma época em que jogos como serviço já não são mais tão bem vindos como antigamente. A mera atividade de se manter por dentro do que se passou nos últimos seis anos é um imenso desafio, já que a maioria do conteúdo se esconde por trás de continuas expansões e pacotes que não são liberados à todos os jogadores, mesmo após o lançamento de algo novo.

Por fim, Destiny 2: A Queda da Luz é um jogo em que se torna difícil entender tudo que já aconteceu, ao mesmo tempo em que não temos certeza se o que vem por ai realmente vale a pena. Não é possível dizer no momento que A Queda da Luz é um fracasso completo, mas a forma como foi lançada e a maneira como promete adicionar novos conteúdos é retrógrada e frustrante. Talvez as coisas comecem a melhorar após o lançamento da próxima raid, que acontece no dia 10 de março de 2023, mas já é passada a hora da Bungie perceber que é preciso adotar um novo modelo de narrativa e que se as coisas continuarem assim, não levará muito tempo para que A Queda da Luz se transforma na própria queda de Destiny 2.

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Mas e aí, Destiny 2: A Queda Da Luz vale a pena?

Destiny 2: A Queda da Luz foi aguardado como sendo uma das melhores e mais importantes expansões já lançadas, mas parece repetir erros crassos dá época do lançamento do jogo base.

A quantidade de conteúdo lançada até agora é mínima, as missões iniciais não empolgam e a sensação que fica é que a Bungie lançou um expansão em modo de acesso antecipado.

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Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Destiny 2: A Queda da Luz foi aguardado como sendo uma das melhores e mais importantes expansões já lançadas, mas parece repetir erros crassos dá época do lançamento do jogo base. A quantidade de conteúdo lançada até agora é mínima, as missões iniciais não empolgam e a sensação que fica é que a Bungie lançou um expansão em modo de acesso antecipado.

Nota final

50
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • O jogo continua uma grande franquia de tiro

Contras

  • Conteúdo fraco e em pouca quantidade;
  • As missões disponíveis até o momento envolvem personagens secundários e não empolgam
  • Grind quase como obrigação
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.