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Destiny 2: A Forma Final – Anáise – Vale a pena – Review

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O primeiro Destiny foi lançado há 10 anos, numa época em que jogos como serviço eram praticamente inexistentes. Desde então a franquia evoluiu e acabou se tornando muito popular, embora Destiny 2, de 2017, tenha deixado a desejar em alguns momentos de sua trajetória. A Forma Final, expansão derradeira de Destiny 2, promete fazer tudo valer a pena e concluir o arco da testemunha de maneira lendárias.

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O maior desafio de Destiny 2 sempre foi manter o hype em alta. A versão original de Destiny 2, lançada em 2017, mantinha o alto padrão de precisão e diversão esperado, mas fracassava em oferecer conteúdo considerado suficiente até o lançamento da sua segunda expansão. Desde então, muitos jogadores acabaram abandonando o jogo aos poucos, como foi o meu caso.

Adicionalmente, o maior desafio para voltar a Destiny 2 sempre foi entender em que ponto a história se encontrava. Acompanhar a evolução do enredo e o desenrolar da história nunca foi tarefa fácil, e, com cada nova atualização, o início do jogo parecia ser alterado, com missões mais antigas ficando indisponíveis.

Reprodução: Bungie

Surpreendentemente, A Forma Final resolve boa parte dos problemas de Destiny 2 – com exceção da dificuldade em acompanhar a história. A expansão derradeira da saga da Testemunha é complexa, desafiadora, intensa e marcante, tudo que você poderia esperar do fechamento de um arco que se estende por anos a fio e que manteve Guardiões e Guardiãs empolgados por muito tempo.

A narrativa de A Forma Final é um dos seus pontos mais fortes. Diferente de expansões anteriores, que às vezes se perdiam em tramas confusas e jargões complicados, esta apresenta uma história clara e emocionalmente envolvente. A Testemunha, o vilão central, tenta usar seus poderes para reescrever a realidade, e cabe aos Guardiões impedir essa catástrofe. No início, pode ser difícil se situar na história, mas, aos poucos, as coisas vão fazendo sentido, especialmente para quem já jogou Destiny 2 em algum momento dos últimos sete anos.

Reprodução: Bungie
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Tudo começa com uma viagem ao coração do Viajante, uma nova área chamada O Coração Pálido, que é uma das áreas mais interessantes, bonitas e marcantes de toda a série. O local é uma combinação de memórias e emoções dos personagens, resultando em um ambiente que é tanto familiar quanto perturbador. O design artístico é excepcional, com paisagens que variam de campos verdejantes a cavernas sombrias, todas repletas de detalhes e texturas impressionantes que fazem jus a um jogo que migrou de geração nos últimos anos.

A jogabilidade de Destiny 2 sempre foi um dos seus maiores atrativos, e A Forma Final não decepciona nesse aspecto. A nova subclasse Prismática permite aos jogadores combinar habilidades de outras subclasses, criando sinergias únicas e poderosas. Esta inovação adiciona uma nova camada de estratégia e personalização, tornando cada combate ainda mais dinâmico e emocionante. Os combates continuam tão fluidos e eficazes como sempre, fazendo com que Destiny continue sendo um dos melhores e mais confortáveis FPS de todos os tempos.

Reprodução: Bungie
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Os novos inimigos, conhecidos como Dread, adicionam novas camadas e desafios nesta expansão. Eles possuem habilidades que até então eram exclusivas dos jogadores, como debuffs que limitam a movimentação e ataques que forçam os jogadores a saírem de suas coberturas. Essas novas dinâmicas de combate exigem uma adaptação constante e mantêm a jogabilidade fresca e desafiadora, obrigando o jogador a manter a atenção constante e tornando cada conflito mais agressivo que o anterior.

Além das batalhas intensas, a expansão introduz uma série de puzzles e mecânicas que exigem mais do que apenas apontar e atirar. Estas mecânicas, muitas vezes reservadas para as raids e dungeons mais difíceis do jogo, agora estão presentes na campanha, adicionando uma camada cerebral aos combates frenéticos. A combinação de desafios mecânicos e lutas intensas faz de A Forma Final uma das campanhas mais envolventes de Destiny 2, embora também a torne menos amigável para novos jogadores.

Reprodução: Bungie
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Um dos aspectos mais notáveis da expansão é o foco no desenvolvimento dos personagens. A expansão dedica tempo para explorar as motivações, medos e relações dos personagens principais, criando uma conexão emocional mais profunda com os jogadores. As interações entre personagens como Zavala, Ikora e Cayde-6 são especialmente bem desenvolvidas, proporcionando momentos de introspecção e conflito que enriquecem a narrativa. É como se finalmente tivéssemos conquistado a confiança dos personagens principais de Destiny e, com isso, tivéssemos acesso a novas camadas de suas personalidades.

Outro detalhe interessante é que a Bungie também fez melhorias significativas na interface do usuário, tornando mais fácil acompanhar missões e gerenciar tarefas. Essas melhorias de qualidade de vida ajudam a tornar a experiência de jogo mais fluida e agradável, permitindo que os jogadores se concentrem no que realmente importa: a história e a ação, sem se perder em uma infinidade de menus.

Reprodução: Bungie
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Os efeitos visuais e a trilha sonora de A Forma Final são dignos de nota. A atenção aos detalhes nos cenários e a música orquestrada criam uma atmosfera imersiva que complementa perfeitamente a narrativa. Cada local e batalha é acompanhado por trilhas sonoras que intensificam a emoção e a grandiosidade dos eventos. É quase como estar acompanhando um épico de ação no cinema, só que neste caso você controla o protagonista.

O fato é que A Forma Final não é apenas uma expansão, mas sim uma conclusão épica para uma saga que vem se desenvolvendo há dez anos. A história, ambientação e jogabilidade se combinam para criar uma experiência coesa e gratificante. A batalha final contra a Testemunha é tanto emocionante quanto satisfatória, proporcionando um encerramento digno para a saga de Luz e Trevas. Isso demonstra que, embora a Bungie tenha cometido erros ao longo dos anos, ainda sabe como concluir suas tramas mais densas de maneira memorável.

Reprodução: Bungie
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Também chama atenção a qualidade do conteúdo pós-campanha principal. A Forma Final oferece uma riqueza de conteúdo adicional, como missões secundárias, exploração do Coração Pálido e a promessa de uma nova raid a ser lançada em breve. A expansão mantém os jogadores engajados por muito tempo, oferecendo um equilíbrio entre desafios imediatos e objetivos de longo prazo, garantindo que sempre haja algo novo para explorar. Embora possa ser o ponto final de Destiny 2, a expansão sugere que o jogo está longe de acabar, pelo menos por enquanto.

Com A Forma Final, a Bungie demonstra que ainda há muito potencial para o futuro de Destiny 2. A expansão estabelece um novo padrão de qualidade para futuras atualizações e expansões, deixando os jogadores ansiosos para ver o que virá a seguir. A promessa de novos episódios focados em diferentes facções do jogo indica que a história de Destiny 2 realmente está longe de terminar.

Reprodução: Bungie
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Todavia, nenhuma expansão está isenta de críticas, e A Forma Final tem suas limitações. Alguns jogadores podem achar as áreas de combate menores um pouco restritivas, e a complexidade da história pode ser intimidadora para novatos, o que sempre foi um dos principais problemas da série como um todo.

Destiny 2 nunca foi muito amigável com novatos. Sempre tive a sensação de que Destiny 2 queria me punir por ter abandonado o jogo no passado, já que sempre que voltei, encontrei muita dificuldade em pegar o bonde andando e descobrir a ordem correta dos eventos. A Forma Final não melhora muito este aspecto e, na verdade, parece ser o pior momento para novos jogadores entrarem na série. Contudo, com o tempo, você consegue se situar e entender tudo que aconteceu ao longo dos últimos 10 anos, embora não sem algum esforço.

Reprodução: Bungie
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Destiny 2: A Forma Final é uma expansão que faz jus ao legado da franquia. Com uma narrativa envolvente, jogabilidade inovadora e uma ambientação deslumbrante, ela oferece uma experiência que é tanto um encerramento épico quanto um novo começo. Seja você um veterano de longa data ou um novo jogador, A Forma Final é uma expansão que não deve ser perdida.

Resumo para os preguiçosos

A Forma Final é a expansão conclusiva de Destiny 2, oferecendo uma narrativa emocionalmente envolvente, novas mecânicas de jogo, inimigos desafiadores, uma subclasse inovadora e melhorias na interface, proporcionando uma experiência coesa e satisfatória que encerra a saga de Luz e Trevas de maneira épica, apesar de ser complexa para novos jogadores.

Nota final

90
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Narrativa envolvente e emocional: História bem desenvolvida com foco nos personagens.
  • Ambientação deslumbrante: Design artístico impressionante no Coração Pálido.
  • Jogabilidade inovadora: Nova subclasse Prismática que permite combinações únicas de habilidades.
  • Novos inimigos desafiadores: Inimigos Dread com habilidades inovadoras.
  • Puzzles e mecânicas de combate: Introdução de desafios cerebrais nas batalhas.
  • Desenvolvimento de personagens: Exploração das motivações e relações dos personagens principais.
  • Melhorias na interface do usuário: Interface mais intuitiva e amigável.
  • Efeitos visuais e trilha sonora: Atmosfera imersiva com música orquestrada.

Contras

  • Complexidade para novos jogadores: História intimidante e difícil de acompanhar para novatos.
  • Áreas de combate menores: Espaços de combate mais restritivos que podem limitar a liberdade de movimento.
  • Barreira de entrada elevada: Dificuldade para jogadores que retornam entenderem o enredo acumulado.
  • Estrutura narrativa complexa: Algumas questões existenciais permanecem sem respostas definitivas.
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.