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Death Stranding 2: On The Beach – Análise – Vale a Pena – Review

Death Stranding 2 é um dos principais lançamentos de 2025 e com os fãs cheios de expectativas sobre o que esperar. Kojima prometeu uma evolução direta e melhorias dos principais pontos em relação ao original, mas será que o jogo consegue entregar tudo isso? É o que vamos descobrir na análise de hoje.

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Em 2019, Death Stranding causou comoção e polêmica por conta da sua gameplay tão única e disruptiva em relação ao que tínhamos na indústria até ali. Com o tempo, as pessoas foram entendendo mais o jogo e descobrindo a verdadeira joia que Kojima tinha criado.

Death Stranding 2: On The Beach pega tudo de melhor que tinha no original, expande e também conserta os pontos fracos do jogo, fazendo dessa a aventura definitiva de Sam Porter Bridges, sendo uma das melhores experiências com videogame nesse ano.

A história de Death Stranding 2: On the Beach

Death Stranding 2: On The Beach – Análise – Vale a Pena – Review

O jogo se passa 11 meses após os acontecimentos do original e Sam está levando sua vida tranquilamente enquanto cuida da sua filha Lou. Por motivos que não falarei aqui, Fragile consegue convence-lo a partir em uma nova jornada para conectar o México e a Austrália na rede quiral.

A partir daí, Sam segue mais uma vez em sua jornada tortuosa para conectar o mundo, mas diferente do primeiro jogo onde ele estava praticamente sozinho, Fragile e sua equipe da Drawbridge estão com ele, fazendo com que essa experiência seja menos solitária e mais sobre as conexões que Sam criou no jogo anterior e o que fazer com elas a partir de agora.

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Death Stranding 1 era sobre a solidão do Sam, uma pessoa com Afefobia (medo de ser tocado por outras pessoas) e que aos poucos vai superando sua fobia e se reconectando com as pessoas ao superar os traumas que assombravam seu passado.

Kojima inverteu os valores da história em Death Stranding 2. Sam ainda tem uma jornada contemplativa, que enquanto ele está seguindo caminho até um abrigo ela parece solitária, mas assim que ele chega lá a Drawbridge aparece para dar o suporte necessário, lembrando que ele não está mais sozinho desta vez.

Death Stranding 2: On The Beach – Análise – Vale a Pena – Review
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A dinâmica funciona bem porque os personagens novos que acompanham o Sam durante a jornada são todos bem escritos e acrescentam muito para a história. Rainy, Tomorrow, Tarman e todos os outros que vão aparecendo ao decorrer do jogo são personagens únicos, com DOOMs peculiares e que de seu próprio jeito eles conseguem dar suporte a Sam.

Toda vez que voltamos para a Drawbridge fica aquela sensação gostosa que JRPGs clássicos conseguem passar com a party de amigos do protagonista, onde todos individualmente parecem um bando de desajeitados, mas juntos de alguma forma eles se entendem. Cada um com seus traumas e peculiaridades, mas todos unidos por uma única causa. Sam está passando por muitos problemas mentalmente, mas ele se mantém de pé graças ao apoio da Drawbridge.

Aqui é o ponto onde é melhor para de falar sobre a história, esse é o clássico “quanto menos souber melhor”, a motivação inicial de Sam para aceitar a missão de conectar a Austrália vai evoluindo muito conforme os acontecimentos se desenrolam e quando Higgs se envolve.

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O que eu posso dizer é que Kojima entregou um desenvolvimento fantástico para praticamente todos os personagens principais e que o jogo vai te surpreender até o fim dele. Death Stranding 2: On The Beach tem uma história que sem dúvidas é digna de ser lembrada como uma das melhores dos últimos anos.

Gameplay, exploração e combate

Death Stranding 2: On The Beach – Análise – Vale a Pena – Review

Além dessa história fantástica, Death Stranding 2 também tem uma gameplay única e extremamente viciante. De cara percebe-se que Kojima conseguiu melhorar os principais pontos de crítica do original que era o combate e variedade de inimigos.

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Desta vez temos mais tipos de inimigos humanoides, o combate está mais fluído com muitas armas novas e a sensação de atirar está bem melhor. Acabar com um acampamento de bandidos é divertido e prazeroso, a IA dos inimigos também está bem melhor e isso vai te forçar a ser mais criativo na forma de abordar as lutas.

Outro ponto que melhorou absurdamente em relação ao primeiro é os encontros com EPs. No Death Stranding 1 era sinceramente a parte mais sem graça, onde virava basicamente um jogo de terror onde você tem que se esconder e correr toda vez que entrava em área de EPs.

Em Death Stranding 2 esses encontros estão muito melhores e passou a ser um dos pontos fortes da exploração. Temos variedades de EPs e é totalmente viável encarar elas de frente ao invés de só correr como era no primeiro jogo.

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Death Stranding 2: On The Beach – Análise – Vale a Pena – Review

Elas ainda são amedrontadoras e caso você chame atenção de mais de uma sem querer, é quase certo que Sam será pego e arrastado para o alcatrão. Mas isolar as EPs uma por uma e eliminar elas com granadas, agora não só é uma opção viável como achei que é a melhor abordagem na hora de passar por essas áreas.

Ainda é possível passar totalmente no Stealth de uma forma bem similar ao que o primeiro jogo te obrigava a fazer, mas ter a opção na mão do jogador é um acerto e tanto. Além disso, caso você se atrapalhe e seja arrastado pro alcatrão e comece uma luta de chefe, essa parte também é boa.

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No primeiro jogo, ser arrastado pro alcatrão era quase um atestado de tédio e ter q matar o mesmo bicho de novo num combate repetitivo. Aqui temos variedades de criaturas e a luta toda desenvolve de um jeito bem mais dinâmico. Ser pego pelas EPs não necessariamente é algo ruim também, enfrentar e vencer o chefe vai te dar umas recompensas muito boas que não existiam no primeiro jogo.

Além dos pontos mais fracos do jogo original, Death Stranding 2 consegue melhorar o que já era fantástico. O mundo aberto está muito mais vivo e dinâmico, com mais cenários, animais passeando por aí e mais ferramentas na mão do Sam para conseguir atravessar os terrenos.

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O mundo aberto de Death Stranding 2 é o tipo que considero ideal e o mais divertido. Assim como em Elden Ring e nos Zeldas recentes, o mundo é todo montado de uma forma que sempre instiga o jogador a pensar em “como faço para chegar do ponto A ao B da forma mais eficiente?”. Tudo que você vê no horizonte pode ser alcançado se for criativo o suficiente, e criatividade é a palavra chave para tirar o maior proveito da experiência.

Os ciclos de dia e noite com chuvas que deixam o terreno molhado, rios transbordando do nada, avalanches nas montanha nevadas, as estruturas deteriorando e reagindo a todas essas mudanças climáticas trazem mais dinamismo e a sensação de que você está em um mundo vivo. Mas isso também faz o jogo ficar mais difícil, por sorte, Death Stranding 2 balanceia essa parte com ainda mais ferramentas e modos de chegar do ponto A ao B.

Monotrilhos são essenciais para transportar grandes quantidades de cargas, tirolesas podem ser a solução ideal para chegar com pequenas cargas em montanhas de difícil acesso e assim por diante. O primeiro jogo te recompensava por ser criativo e esse aqui eleva essa parte a outro patamar, deixe sua imaginação correr solta na hora de pensar em como superar os obstáculos. Se você pensou em algo absurdo, tente, pode ser que funcione e verá como esse jogo não te restringe na hora de explorar.

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Apresentação audiovisual de Death Stranding 2

Death Stranding 2: On The Beach – Análise – Vale a Pena – Review

Pulando pra parte audiovisual, Death Stranding 2: On The Beach é facilmente o jogo de mundo aberto mais bonito do Playstation 5 até agora. A gameplay em tempo real parece algo que outros jogos só conseguem atingir em cutscenes pré-renderizadas, é bonito nesse nível.

Todas as variações de biomas são extremamente bem feitas e cheias de detalhes, o dinamismo do mapa faz parecer que você está vendo um filme e isso impacta diretamente na experiência contemplativa que o jogo entrega.

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Esse é daquele tipo de jogo que você olha e é impossível botar algum defeito na direção de arte, tudo nele parece que foi cuidadosamente pensado para conversar visualmente entre os diversos elementos que aparecem na tela.

Na parte da trilha sonora também não é surpresa que o jogo entrega músicas fantásticas, reaproveitando muitas das músicas do jogo anterior e adicionando outras no mesmo nível de excelência.

Uma adição muito pedida no jogo anterior é um tocador mp3 que agora pode ser gerenciado pelo menu de pausa. Você pode escolher qualquer música que já tenha descoberto durante o jogo e toca-las desde que esteja em uma área coberta pela rede quiral.

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Death Stranding 2 possui legendas e dublagem em português brasileiro com o mesmo nível de qualidade do primeiro jogo, as vozes são boas e as legendas estão bem revisadas, nenhum erro notável foi percebido durante a gameplay.

Mas e aí, Death Stranding 2: On The Beach vale a pena?

Death Stranding 2: On The Beach – Análise – Vale a Pena – Review

Death Stranding 2: On The Beach conserta todos os problemas do original e eleva a experiência para outro patamar. O jogo é impecável em tudo que ele se propõe a fazer e é uma das melhores experiências com videogame nos últimos anos.

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O jogo entra naquele panteão ao lado de Elden Ring, Alan Wake 2, The Last of Us e alguns outros onde a experiência está diretamente ligada com a mídia em que ele se encontra e é impossível passar a mesma sensação que temos jogando Death Stranding 2 em alguma outra mídia como Série, Anime ou Filme.

A imersão que vem junto de você estar segurando o controle e tomando as decisões do Sam durante sua jornada faz desse jogo uma obra que mistura gameplay e história em uma única coisa e é impossível separar os 2 sem comprometer uma parte crucial da experiência.

Se você gostou do primeiro jogo, as chances de se apaixonar por esse são altíssimas, já que Death Stranding 2 é sem dúvidas um dos melhores jogos de toda a geração.

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Resumo para os preguiçosos

Death Stranding 2: On The Beach entrega tudo o que os fãs esperavam e mais um pouco. A nova jornada de Sam Porter Bridges é marcada por uma história profunda, que agora se foca nas conexões que ele construiu após superar sua solidão no primeiro jogo. Com novos personagens carismáticos e bem escritos, a narrativa evolui de forma surpreendente até o final, mantendo o tom emocional e contemplativo que marcou a franquia, mas agora com uma sensação mais acolhedora graças ao apoio constante da Drawbridge.

No gameplay, Kojima acerta ao melhorar os principais pontos criticados do original. O combate está mais fluido, os encontros com EPs mais variados e interessantes, e a exploração do mundo aberto se tornou ainda mais dinâmica e criativa. Visualmente deslumbrante e com uma trilha sonora impecável, o jogo oferece uma experiência imersiva que só os videogames podem proporcionar. Death Stranding 2 é, sem dúvidas, um dos melhores jogos da geração e uma evolução clara da obra original.

Nota final

100
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Gameplay
  • Gráficos
  • Trilha Sonora
  • História
  • Combate

Contras

  • Ainda existe uma chance do jogo não ser para você caso o 1 não tenha te fisgado.
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Valteci Junior
Valteci Junior
Me chamo Valteci Junior, sou Editor-chefe do Critical Hits, formado em Jogos Digitais e escrevo sobre jogos e animes desde 2020. Desde pequeno sou apaixonado por jogos, tendo uma grande paixão por Hack and slash, Souls-Like e mais recentemente comecei a amar jogos de turno e JRPG de forma geral. Acompanho anime desde criancinha e é um sonho realizado trabalhar com duas das maiores paixões da minha vida.