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Dead Rising 4 – Review

A Capcom, em parceria com a Microsoft, foi a autora do melhor título de lançamento do Xbox One em Dead Rising 3. Três anos depois, a companhia nos traz de novo uma cara conhecida da franquia, Frank West, de volta à ação em Dead Rising 4. Será que a volta de Frank ao Willamette Memorial Megaplex Mall é o suficiente para nos gerar mais memórias memoráveis?

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Em Dead Rising 4, Frank West está novamente atrás de teorias da conspiração escondidas pelo governo dos EUA. Por causa disso, ele acaba voltando para o Willamette Memorial Megaplex Mall e descobrindo que, apesar de todo mundo ser imune ao vírus zumbi que assolou os EUA três vezes antes, um novo surto zumbi está tomando conta da cidade.

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Caso você tenha jogado Dead Rising 3 no Xbox One ou no PC, você provavelmente já sabe mais ou menos o que esperar em termos de gameplay. Essencialmente, pouca coisa mudou no jogo, ele funciona como um jogo de tiro em terceira pessoa dentro de um sandbox, mas com zumbis pra caramba, exatamente como nesse jogo. Apesar dos zumbis estarem lá para atrapalhar a sua vida, afinal de contas, um apocalipse zumbi é algo inconveniente, eles não chegam a ser uma verdadeira ameaça, há muitas formas de matá-los, seja com armas corpo a corpo ou de fogo, seja com granadas, ou ainda com carros.

O que muda então? Para começar, o design de mapa de Dead Rising 4 é muito melhor do que o de Dead Rising 3. Uma das coisas que mais me incomodavam no antecessor era o fato das missões serem sempre uma longe pra caramba da outra, fazendo você ter que ficar dirigindo pelo mapa, atropelando um zilhão de zumbis, perdendo o seu carro por causa do dano e tendo que andar à pé até a próxima missão, perdendo assim algo entre 10 e 15 minutos às vezes só para poder começar as novas missões. Felizmente, em Dead Rising 4, a Capcom aproveitou as lições aprendidas no jogo anterior para fazer um mapa mais inteligente, com missões mais próximas e assim maximizar a diversão do jogador.

Você ainda pode dirigir carros, assim como pode também combiná-los (além das armas, já vamos falar sobre elas), mas como você passa parte do jogo dentro do shopping center e parte do jogo na cidade onde o shopping center se situa, eles acabam sendo coadjuvantes e não parte do papel principal do jogo. Dessa forma, com deslocamentos menores exigidos, você pode se concentrar em resolver missões, salvar outros sobreviventes, liberar safe-houses e assim por diante sem ter que pensar “putz, lá vou eu ter que fazer mais uma viagem gigantesca” a cada missão.

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Outra novidade interessante de Dead Rising 4 são as cenas de investigação. Por ser um repórter, Frank West está lá para descobrir o que é verdade e o que é mentira sobre o novo surto zumbi que atingiu Willamette. Para isso, ele usa a câmera fotográfica dele para ir fazendo investigações e tirando fotos de provas. A cada uma dessas investigações, você aprende mais sobre a conspiração que está acontecendo na cidade e para onde tudo está indo. Como seria chato ficar procurando pistas a esmo nos locais dos acontecimentos, o jogo vai dando pistas do que você tem que fotografar, e em qual modo você tem que usar, já que há três, um modo de visão noturna, um normal e outro de análise de espectros, que ainda serve para hackear portas, computadores e afins.

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Além de usar a câmera para hackear e investigações, Frank West ainda pode usar a câmera fotográfica dele para bater fotos dos zumbis, tanto deles em horda, espicotados e afins, além de selfies com os monstrengos. Cada foto rende uma quantidade de pontos que vão desbloqueando recompensas, e eu achei bem divertido ficar brincando com o perigo dos zumbis para tirar a melhor foto possível.

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Uma mudança que pode agradar ou não aos veteranos de Dead Rising, é o fato da contagem regressiva de tempo ter sumido. Em outros jogos, isso obrigava você a ser o mais rápido possível dentro do game, e às vezes não conseguir fazer tudo o que gostaria sob pena de ver um belo Game Over na cara. Sinceramente? Eu achei isso uma melhora em relação aos outros jogos, ainda que em Dead Rising 3, por exemplo, esse limite de tempo não chegou a me incomodar, e eu fiz quase 100% das missões ainda assim.

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O sistema de crafting e de inventário do jogo também recebeu algumas alterações e está mais amigável do que em outros jogos. Uma dessas modificações é o fato das armas não quebrarem mais com tanta facilidade como acontecia em outros jogos, o que é bom, já que não é nada legal você estar no meio de uma horda de inimigos e completamente sem armas para defender-se. Outra novidade bem legal do jogo é o fato dele ter adicionado exo-esqueletos no game. Eles basicamente dão a Frank West uma super força para dar socos gigantes ou carregar armas que o jornalista não iria conseguir carregar normalmente, e fazem você ficar mais super poderoso ainda.

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Vale ressaltar que, caso você não tenha jogado Dead Rising na vida, ideia do jogo é ser descontraído e divertido, e matar zumbis da forma mais maluca e ridícula o possível. Isso significa duas coisas: você não deve levar o jogo a sério e você deve entender que o fato de Frank West ter falas de um psicopata só servem para deixar o jogo mais maluco ainda. Um exemplo perfeito disso é o fato de que, quando você pausa o jogo ou entra no menu, músicas tradicionais natalinas americanas (nada de Simone) começam a tocar. Isso não combina muito com um monte de gente morta, mas dois segundos depois Frank West vai estar fazendo piada com o que está acontecendo, e você lembra que o jogo é para ser uma piada (diferente de Uncharted, por exemplo, que tem um tom todo sério e mesmo assim Nathan Drake que poderiam ser colocadas aqui também).

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O jogo ainda conta com um modo multiplayer co-op que não acontece dentro da campanha, e sim numa espécie de modo horda/zombies que parece ter sido copiado de Call of Duty. Pode ser que você se divirta nele com mais amigos, mas ele não chega a ser parte fundamental da diversão.

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No geral, o jogo é bastante divertido, e quem nunca jogou nada da franquia certamente vai gostar, afinal de contas, a ideia principal de Dead Rising 4 é trazer um monte de gente maluca e zumbis dentro de um sandbox com milhares de formas de fazer cérebros e entranhas voarem pela tela. Dito tudo isso e considerando o fato dos primeiros dois Dead Rising terem sido relançados para o Xbox One, PC e PS4 (apesar dos de Dead Rising 3 e 4 serem exclusivos do console da Microsoft) fica a dúvida: quem vai gostar de Dead Rising 4? Tanto quem, a princípio, não gostaria das ideias da série tradicional, quanto quem gostou de Dead Rising 3. O jogo realmente é divertido, conta com uma campanha bem legal e resolve alguns dos principais problemas de Dead Rising 3.

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Graficamente, o jogo está com belos gráficos e uma boa otimização também. Eu não encontrei lentidões na tela mesmo em horas bastante movimentadas e cheias de explosões. A Capcom Vancouver fez um excelente trabalho em polir o game. A trilha sonora e a dublagem original dele também é muito boa, e o jogo ainda conta com uma boa dublagem em português, caso você prefira jogá-lo no nosso idioma materno.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Dead Rising 4 corrige alguns problemas que Dead Rising 3 tinha, traz de volta o melhor protagonista da franquia e ainda adiciona novidades como os exoesqueletos e as cenas de investigação. O jogo é muito divertido e pode ser o que faltava para quem nunca entrou no mundo de Dead Rising testar o título. Veteranos da franquia certamente vão gostar desse jogo.

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Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Excelente design de mapa, tanto no shopping center quanto na cidade
  • Boa distribuição de missões
  • Personagens bastante divertidos, principalmente Frank West

Contras

  • O modo multiplayer do jogo não adiciona tanto assim à diversão
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1 COMENTÁRIO

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.