A Deep Silver e a Techland captaram a atenção de praticamente toda a comunidade gamer como poucas empresas fizeram com um trailer muito bem construído para anunciar Dead Island. O que ninguém esperava, entretanto, era que o jogo era completamente diferente do que a ideia que esse trailer mostrava inicialmente. Ainda assim, Dead Island foi um jogo que marcou a história dos jogos quando foi lançado. Hoje, cinco anos depois, vemos a remasterização dele e de seu irmão mais novo sendo lançadas. Como os jogos se saem na nova geração?
Em Dead Island, você acorda de um porre gigantesco e descobre que a ilha paradisíaca onde você resolveu tirar férias acabou sendo tomada por um apocalipse zumbi. Pois é, provavelmente você deveria reclamar com o seu agente de viagens, mas enfim, agora que você acordou assim, é hora de rachar a cabeça de zumbis até não poder mais para tentar sobreviver a essa catástrofe.
A primeira coisa que notamos nessa remasterização é como os gráficos do jogo mudaram. De fato, a Edição Definitiva de Dead Island realmente mostra gráficos refeitos e muito mais bonitos do que no jogo original, mas as mudanças praticamente terminam por aí. De resto, tanto Dead Island quanto Dead Island: Riptide continuam sendo os mesmos jogos lançados em 2011 e 2013. E é deles que vamos falar agora.
Começando pelas características em comum de ambos os jogos, o combate do jogo é focado no melee, e ele tem seus momentos de diversão e de frustração. Há horas que dá vontade de atirar o controle na parede por causa daqueles ataques que te arremessam no chão e te matam quase instantaneamente. A falta de stamina pauta quase todo o jogo, e é quase uma benção quando você desbloqueia a possibilidade de matar os inimigos com um belo pisão na cabeça.
Com o tempo, você aprende a lutar melhor contra os zumbis e a aproveitar melhor as armas (que quebram numa velocidade impressionante, deve ser a maresia) que o jogo oferece, assim como começa também a usar os diagramas espalhados pela ilha para transformar suas armas em verdadeiras máquinas de morte. Em suma, apesar de divertido e baseado em melee, o combate do jogo tem seus momentos frustrantes, e eles são frequentes.
Para locomover-se pelo mapa, você pode usar tanto as pernas (e há recompensas para isso) como também carros e lanchas. Por ser um arquipélago, você inclusive vai precisar nadar em alguns momentos, e enfrentar zumbis aquáticos nesse caso. Lembre-se de sempre ter um carro por perto ou saber onde está o carro mais próximo, pois você pode acabar precisando dele.
Outra característica comum aos jogos é o modo multiplayer deles. Dead Island e Dead Island: Riptide são jogos que ficam muito melhores em grupo. É possível jogar com até quatro jogadores simultaneamente, e é até recomendado, já que há áreas que parecem ter sido pensadas para isso, ao invés do single player.
Muito bem, agora vamos falar sobre os jogos individualmente.
Dead Island é um bom jogo. Ainda que ele tenha alguns momentos bem maçantes, é possível chegar ao fim dele e gostar do jogo como um todo. Há partes frustrantes, como no combate, e ele parece ser um pouco longo demais, mas no fim das contas, o jogo é bom sim, e, na verdade, é o melhor jogo da franquia Dead Island de longe.
Vale ressaltar ainda que o game tem um enredo um tanto mirabolante, mas estamos falando sobre jogos de apocalipse zumbi, então não espere nenhuma obra prima de enredo. Aliás, prepare-se para dar boas risadas quando você chegar no fim do jogo. Eu pelo menos dei.
Pois bem, Dead Island Riptide tinha tudo para melhorar os pontos fracos de Dead Island e levar a franquia para o próximo nível. O que aconteceu? O contrário disso. É bizarro, mas parece que a Techland conseguiu pegar tudo o que Dead Island tinha de bom, tirar e só deixar as partes frustrantes e sem graça do primeiro jogo.
Além disso, o game também ganhou uma espécie de modo “Tower Defense” onde você tem que impedir que os zumbis tomem conta da sua base em meio a um monte de NPCs burros pra caramba. É difícil encontrar adjetivos positivos para avaliar esse jogo, e ele fica mais recomendado apenas para quem quer mais Dead Island.
Review elaborado com uma cópia do jogo para PS4 fornecida pela Deep Silver.
Resumo para os preguiçosos
Dead Island: Definitive Collection traz um bom jogo e um jogo que parece tirar todas as características boas do seu antecessor e ficar apenas com as partes frustrantes dele. Se você nunca jogou os jogos da franquia Dead Island e quer matar a curiosidade, a coletânea é voltada para você, ou, claro, caso você queira jogar novamente os games. Caso contrário, não há muito o que encontrar por aqui.
Prós
- Bom multiplayer
- Gráficos refeitos e muito belos
- Bom sistema de crafting
- Bastante conteúdo
Contras
- Combate cheio de momentos frustrantes
- Várias partes que você tem que vencer na insistência
- Enredo fraco
- Repetitivo