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Days Gone – Review

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O mundo dos jogos de sobrevivência com zumbis claramente já teve seu apogeu no passado, quando parecia que The Walking Dead era a melhor coisa do mundo e todo mundo queria entrar de cabeça nesse universo. Apesar disso, Days Gone é mais uma tentativa de trazer uma experiência interessante dentro deste tipo de cenário. Será que o exclusivo de PS4 consegue entregar o que promete?

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Em Days Gone, você vive a vida de Deacon Saint John, um motoqueiro que está tentando sobreviver a um mundo completamente destruído por zumbis, chamados de freakers nesta mídia. Apesar de ser um jogo dentro de um apocalipse zumbi, felizmente não lidamos com as mecânicas básicas de um jogo de sobrevivência, como fome, sede e afins, e sim estamos falando de um jogo de ação dentro de um universo de apocalipse zumbi.

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Deacon o parceiro de sobrevivência dele, Boozer, são o que o jogo chama de “drifters”, ou seja, sobreviventes que não fazem parte de nenhum acampamento, e que podem cumprir missões para qualquer um deles, uma espécie de free lancers do apocalipse. Logo no começo do jogo, Boozer acaba se ferindo gravemente, e cabe a você dar um jeito de salvar o seu parceiro enquanto tenta evitar ser morto não apenas por zumbis, mas também por outros drifters por aí.

Além de salvar Boozer, o jogo também é focado na própria vida de Deacon, que perdeu a esposa logo no começo dos eventos do apocalipse. O jogo se passa dois anos após este evento traumático, e Deacon ainda não consegue lidar com essa perda totalmente. Há diversos momentos emocionais em que o jogo trata não só dessa perda, mas de diversos tipos de perda, e é um toque bem interessante que a Bend Studio colocou na história para que você, de fato, se importe com o protagonista do game.

Um ponto importante a ser ressaltado é que a primeira hora de ação de Days Gone não dá uma boa impressão do jogo. De cara você é jogado dentro de um game com uma HUD bem estranha (e que parece mais saída de um RPG online coreano ou algo do tipo), missões claustrofóbicas e um ritmo bem lento. Felizmente, logo depois o jogo abre e você começa a realizar missões para acampamentos, missões da história e também algumas missões opcionais que vão saltando no mapa aqui e ali.

Dentre essas missões, temos a possibilidade de acabar com ninhos de zumbis e também com acampamentos de bandidos que fazem emboscadas pelo mapa. O primeiro tipo de missão pode ser uma das mais perigosas do jogo, já que um dos pontos mais alardeados pela publicidade de Days Gone são as hordas de freakers que podem aparecer do nada. Quando eu digo do nada é do nada mesmo.

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Numa parte do jogo, por exemplo, eu estava numa boa realizando uma missão da história quando do nada eu encontrei um ninho de zumbis e fui fazer o que o jogo me instruiu até ali: atirar um molotov nele. Pois bem, logo depois apareceu uns 40 ou 50 freakers e eu simplesmente não tive o que fazer a não ser ver o meu personagem sendo devorado e batendo as botas.

Estas hordas de freakers são muito mais do que uma simples alegoria do jogo. Você realmente não tem muito o que fazer contra elas durante boa parte do jogo, já que suas armas têm pouca munição e quebram fácil, a não ser sair correndo pela sua própria vida ou tentar usar a cabeça para manobrar em volta delas. Esta é uma forma interessante do jogo te colocar em cheque e não te fazer se sentir confortável no mundo do game.

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Quando eu digo que essas hordas podem aparecer do nada, é realmente do nada, seja em missões da história do jogo, seja em ninhos de zumbis, seja até mesmo em acampamentos de bandidos que usam esse tipo de inimigo como defesa. A forma como Days Gone usa os freakers como ameaça é bem inteligente e certamente vai acabar fazendo você morrer algumas vezes no jogo.

Falando um pouco sobre as missões, como eu comentei inicialmente, Days Gone não dá uma boa ideia de como o jogo vai ser na sua primeira hora. Felizmente, quando ele abre, as missões vão fazendo o jogo ser bem melhor, ainda que a maioria delas seja meio que “Vá de A até B, pegue C, volte” ou “Vá até um lugar, inspecione, encontre o sobrevivente X, traga-o de volta pro acampamento”.

Há ainda missões em que você tem que usar do stealth também para passar pelos soldados do governo e descobrir mais sobre como ele está envolvido com essa epidemia zumbi que acabou destruindo boa parte dos Estados Unidos, e que servem para dar uma quebra na monotonia de ficar fazendo tarefas para os acampamentos de sobreviventes.

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Cada missão é composta de várias missões menores, que vão completando uma barra de porcentagem conforme você as termina, e isso te dá uma boa ideia de como você está indo dentro do jogo. É legal ver os arcos do game se desenrolando dessa forma.

Um ponto importante a ser observado no jogo é que o meio de deslocamento de Deacon é a motocicleta dele, e assim como as armas de Deke, ela também é bem ruim no começo, mas não melhora tanto assim conforme o game avança. Você vai precisar encontrar gasolina para ela praticamente entre cada missão, mesmo que use o fast travel, já que o jogo gasta gasolina da sua moto para deslocar-se automaticamente entre os pontos do mapa que você já visitou. Isso faz você gastar algum tempo, principalmente no começo do jogo, e eu meio que recomendo que você faça os upgrades de tanque de gasolina o quanto antes.

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Apesar dos pontos positivos, Days Gone conta com dois pontos que eu acabei achando problemáticos. O primeiro deles é que as missões realmente são repetitivas e você não tem tanta liberdade assim de sair fazendo missões secundárias no começo do jogo. O game meio que vai te conduzindo pela mão por boas horas seguidas até finalmente te deixar um pouco mais solto no mapa.

O segundo ponto é que o jogo conta com uma quantidade bem grande de bugs. Nenhum deles chega a estragar o jogo, mas volta e meia você vê os personagens flutuando no mapa, tremendo pra cima e pra baixo, andando sem mexer as pernas e coisas do tipo. Provavelmente a Bend Studio vai acabar consertando isso nas semanas que sucederem ao lançamento, mas como temos que avaliar o jogo no momento em que ele foi lançado, ele conta com esses probleminhas.

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Graficamente, Days Gone não é o jogo mais bonito do PlayStation 4, mas tem seus momentos. É realmente impressionante e até assustador ver as hordas de zumbis se deslocando pelo mapa, e se o jogo teve que abrir mão de mais qualidade gráfica para permitir esse tipo de elemento, que seja, foi uma troca justa. A trilha sonora do game cumpre bem seu papel, e a dublagem do jogo é realmente muito boa, principalmente no caso de Deacon.

Mas e aí, Days Gone vale a pena?

No fim das contas, Days Gone acaba entregando uma experiência bem mais completa do que você imagina de cara, com uma história sólida, que faz você se importar com os personagens, um gameplay que te desafia a não se sentir confortável na maior parte do tempo e ainda uma grande quantidade de conteúdo, durando seus 30~40 horas para você fechar o jogo.

Resumo para os preguiçosos

No fim das contas, Days Gone acaba entregando uma experiência bem mais completa do que você imagina de cara, com uma história sólida, que faz você se importar com os personagens, um gameplay que te desafia a não se sentir confortável na maior parte do tempo e ainda uma grande quantidade de conteúdo, durando seus 30~40 horas para você fechar o jogo. De negativo, vale ressaltar que o começo do jogo dá uma má impressão de como ele vai ser, e ele te carrega pela mão por um bom tempo até abrir de verdade. Além disso, ele conta com alguns bugs bem feios no lançamento, ainda mais para 2019, mas nada que chegue a travar o jogo ou estragar a experiência totalmente.

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Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Boa história
  • As hordas de freakers realmente colocam um elemento de desafio bem grande no jogo
  • Jogo bastante extenso, dando cerca de 30 a 40 horas de duração

Contras

  • O jogo começa realmente lento e dá uma má impressão de como vai ser nas primeiras horas
  • Bugs bem feios com personagens flutuando e bizarrices do tipo
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.