Date Everything tem uma das propostas mais únicas dentro do gênero de simulação de namoro, mas será que ele realmente consegue se destacar? É o que vamos descobrir na análise de hoje.
Se você acha que já viu de tudo em jogos de namoro, prepare-se para ser surpreendido por Date Everything. Este simulador peculiar desafia todas as convenções do gênero ao colocar o jogador em encontros com objetos inanimados, como um chuveiro sonhador ou uma geladeira que serve sorvete. E por mais absurda que essa proposta pareça, o jogo conquista por seu carisma, humor e, principalmente, por sua narrativa surpreendentemente comovente.
Date Everything é a primeira obra do estúdio independente Sassy Chap Games, formado por veteranos da dublagem em jogos como Baldur’s Gate 3, Final Fantasy e The Last of Us. Aqui, você usa um par de óculos especiais — os Dateviators — que fazem móveis e objetos da casa ganharem vida. A partir daí, você pode desenvolver relações com mais de 100 personagens, com histórias únicas e repletas de criatividade.
Apesar de toda a excentricidade, o jogo vai além da comédia. Ele apresenta histórias individuais profundas, que exploram temas como identidade, rejeição e propósito. Cada objeto tem uma personalidade própria, e muitos são capazes de provocar reflexões inesperadas, até mesmo quando você tenta ter um encontro com seu patinho de borracha.
A força de Date Everything está na construção de seus personagens. Com um elenco estelar de dubladores como Matthew Mercer, Troy Baker e Ashley Johnson, os diálogos ganham vida e tornam cada interação especial. Ao longo da experiência, você pode fazer amizade, criar rivalidades ou até mesmo entrar em um relacionamento com qualquer um dos objetos disponíveis. E acredite: você vai se importar com cada um deles.
Desde um prato mal-humorado até uma máquina de exercícios insegura, todos os personagens possuem tramas bem escritas e momentos memoráveis. Uma hora você está ajudando um ar-condicionado a superar o ódio por si mesmo; em outra, está resolvendo um mistério ao lado de uma caixa de papelão com múltiplas personalidades.
Para não tornar a experiência cansativa, o jogo limita o número de interações diárias a cinco. Esse sistema de “cargas” ajuda a manter o ritmo cadenciado, permitindo que o jogador mergulhe mais profundamente nas histórias sem pressa. Embora isso possa parecer lento para quem prefere um ritmo mais acelerado, acaba sendo ideal para desenvolver relações de forma mais significativa.
Mesmo com essa limitação, sempre há algo interessante para fazer. Algumas missões chegam a durar mais de 30 minutos, e desbloquear todos os 100 personagens é um desafio por si só. Se você gosta de se envolver com cada detalhe e explorar todas as opções, Date Everything vai manter seu interesse por um bom tempo.
Mas e aí, Date Everything vale a pena?
Date Everything tem uma proposta que parece absurda no começo, mas o jogo consegue te prender pelo quão bem escrito são os personagens. Os desenvolvedores foram capazes de casar o absurdo da premissa da história com algo realmente cativante, com muita comédia e uma boa dose de um bom drama.
Fãs de simuladores de encontros e de visual novel no geral vai encontrar uma verdadeira joia aqui que vale muito a pena ser jogada. Ao menos algumas belas risadas com as situações absurdas o jogo vai conseguir te proporcionar.
Análise feita com uma chave para PC cedida pela publisher.
Resumo para os preguiçosos
Date Everything é um simulador de namoro totalmente fora do comum, que transforma objetos inanimados em personagens carismáticos com histórias surpreendentemente emocionantes; por mais absurda que pareça a ideia de namorar uma geladeira ou um chuveiro, o jogo brilha com seu roteiro criativo, dublagem de alto nível e narrativa que equilibra humor, drama e reflexões sobre identidade, tornando-se uma joia única para fãs de visual novels e comédias inusitadas.
Prós
- Premissa única e criativa
- Narrativa
- Elenco de dublagem
Contras
- Sistema de “cargas” pode ser lento
- Progressão pode parecer repetitiva
- Algumas missões são longas demais