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Darkest Dungeon – Review

Imagine você um jogo que te pune por praticamente toda decisão mal tomada que você faça, e que alem disso tenha consequências duradouras que farão você se arrepender durante um bom tempo. Agora, imagine um jogo que faça isso e que de quebra, seja legal. Não meus amigos, eu não estou falando de um jogo sádico baseado em 50 tons de cinza, mas sim do sensacional Darkest Dungeon.

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Antes de mais nada, vale lembrar que o jogo ainda se encontra em desenvolvimento e que obviamente esta sendo vendido via Steam na modalidade Early Acess. Apesar disso, não da pra dizer que falta muita coisa nele até o momento, já que o gameplay não deve em nada quando comparado a muito game pronto sendo comercializado por ai.

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De tão lazarento, o jogo já começa avisando que você vai falhar miseravelmente uma penca de vezes durante o seu gameplay, mas apesar de causar uma má impressão a quem não gosta de desafios, isso acaba sendo compensado logo nas primeiras missões já que a dificuldade é um dos principais chamarizes do jogo. Existem outros três pontos de Darkest Dungeon que merecem comentários positivos. O primeiro dele é a história, já que eu particularmente me impressionei a ver que o game contava com um enredo muito bem elaborado e que é tão bem feito, que prende o jogador ao mesmo tempo que motiva a busca por novos desafios só pra saber o que acontece a seguir. Logo no inicio, uma pequena animação mostra um arrependido explorador milionário que decidiu gastar toda sua fortuna investigando cavernas e terrenos distintos em torno de sua mansão.

A cada nova descoberta, ficava mais evidente o mistério em torno da mansão misteriosa, até que um dia ele foi tão longe que libertou um mal nunca visto antes, causador da ruína de toda a família bem como da corrupção daquelas terras malditas.

Diante disso, o jogador assume o papel de descendente direto do velho curioso, e tem como missão gerenciar um grupo de heróis até que o mal seja derrotado. Entretanto, é ai que o jogo se diferencia e é ai também que entra o segundo ponto de destaque: a jogabilidade. Controlando um grupo de quatro heróis por vez, o jogador deve coordenar missões exploratórias pelas ruínas da antiga missão, em busca de artefatos, riquezas e conhecimento. O único problema é que essa tarefa não é da mais fáceis simplesmente por que ela não se resume a jogar um bando de personagens quaisquer no meio da missão e esperar que eles retornem com sucesso.

Primeiro é necessário que se providencie uma equipe capaz de enfrentar o desafio escolhido, com sinergia entre si e principalmente que seja fácil de ser coordenada. Logo após a escolha dos heróis, é hora de providenciar suprimentos para que eles possam passar os próximos dias enfurnados em becos escuros, cavernas repletas de inimigos ou ruínas cheias de armadilhas. A forma como Darkest Dungeon possibilita isso é com certeza um fator importante para a qualidade da jogatina, visto que você deve investir o dinheiro ganho com os espólios de outras incursões bem sucedidas em novos itens como tochas, comida, pás, bandagens e poções para o próximo desafio.

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Outra diferença aqui é que os próprios heróis sentem a tensão de cada missão na pele, literalmente. Enquanto estão lutando ou até mesmo no meio da exploração mais simples, eles estarão expostos a uma série de fatores que pode influencia-los permanentemente, tanto que isso fica visível através das falas muito bem elaboradas que cada um profere, de acordo com sua personalidade.

Cada um possui uma barra de stress, que aumenta de acordo com a exposição ao escuro, com a quantidade de pancadas que o grupo leva ou até mesmo que a falta de sucesso durante a missão. A partir de determinada altura, os heróis podem simplesmente enlouquecer devido ao stress, chegando até mesmo ao ponto de fazer com que eles ganhem características permanentes um tanto quanto interessantes. No meu caso por exemplo, existe um herói que de tanto apanhar acabou tornando-se sado-masoquista, e agora se recusa a ser curado em algumas ocasiões por gostar de sofrer. Depois morre e quem se ferra sou eu.

Mas calma, não é por que você teve um dos seus melhores personagens acometido por uma quantidade enorme de stress ou por algum tipo de demência que tudo esta perdido. Aqui entra o terceiro ponto que comentei: o gerenciamento. Sim, eu sei que ele poderia ser englobado na jogabilidade, entretanto o gerenciamento aqui merece um destaque a parte, já que a sua execução de forma adequada é que afeta a jogabilidade e não ao contrário.

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Toda a parte do planejamento da missões, provisões, escolha dos heróis e sua recuperação acontece numa pequena cidade em ruínas localizada próxima da mansão e que foi evacuada após os eventos cataclísmicos citados na história inicial. Conforme você vai tendo sucesso nas missões, aos poucos ela vai sendo revitalizada e acaba servindo como base para a equipe. Tudo ali gira em torno dos heróis aventureiros que se deslocam até ela em busca de fama e glória, e aos poucos você vai liberando prédios úteis que vão te ajudar mais pra frente como o sanatório, capaz de curar as demências adquiridas ou o ferreiro, que vai melhorar as armas dos seus heróis.

Os gráficos também merecem uma menção nessa análise prévia, já que alem de muito bem desenhados eles foram animados de uma forma muito bacana, que da enfâse a cada movimento durante as batalhas e torna o gameplay muito mais divertido. O único problema por enquanto é a quantidade de skins repetidas que as vezes pode causar um ligeiro incomodo, mas os desenvolvedores já garantiram que estão trabalhando nisso nas próximas atualizações.

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Ainda tem muito a se analisar se formos tentar pegar cada pequeno ponto do jogo, entretanto, como ele ainda não esta finalizado não seria justo prosseguir com uma análise mais detalhada enquanto cada um destes pontos ainda não esta finalizado. De qualquer forma, Darkest Dungeon é um game que vale a pena ser adquirido mesmo em Early Acess, já que seu processo de desenvolvimento esta tão avançado que o que vier a partir daqui é lucro.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PC comprada pelo site.

Resumo para os preguiçosos

Darkest Dungeon é um jogo onde você raramente se sente confortável. O jogo te pressiona tanto dentro quanto fora das batalhas, pois é preciso manejar recursos e a condição psicológica dos jogadores. Isso, aliado com um sólido sistema de RPG são o suficientes para sugar horas e mais horas dos seus dias.

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Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Animações muito bem feitas
  • Gerenciamento de equipes dinâmico e inovador
  • Jagabilidade diferenciada
  • História envolvente
  • Dificuldade desafiador

Contras

  • Skins repetitivas
  • Falhas em algumas skills
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.