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Dark Souls – Review

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Você acorda em uma cela após um cara de armadura te jogar a chave dela com apenas um caco de espada para se defender. Somente um caminho lhe é oferecido e ele resulta em uma surpresa: a sua morte. Como não se sentir frustrado logo assim no começo do jogo? Pior, por que diabos eu desci ao invés de ir por onde me foi indicado logo depois? Explorar, morrer, morrer e explorar, e morrer um pouco mais no processo. Isso parece frustrante, não? Em Dark Souls, é isso que torna o jogo tão especial.

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Dark Souls é um jogo que não te explica muita coisa no começo do jogo além de uma dura lição: você vai morrer. Muitas e muitas vezes. Em Dark Souls, a morte faz parte do enredo do jogo de uma forma tão constante que o jogo seria totalmente sem graça se não fosse do jeito que é.
Nele, você escolhe um personagem e o personaliza da forma como você quiser, com nome, aparência física e classe. Feito isso, a aventura começa num tutorial onde você provavelmente vai gastar pelo menos uns 15 minutos sendo desafiado pelas mecânicas mais básicas do jogo e um chefe intimidador.

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Por falar em intimidação, essa é uma constante no mundo de Dark Souls. O jogo constrói um ambiente tão opressivo e intimidador que muitas vezes você vai pensar duas vezes em dar o próximo passo, em avançar mais fundo dentro daquela floresta ou retroceder para preservar o progresso acumulado até então.

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Dark Souls é um jogo muito mais de habilidade do que de pontos de experiência, mesmo sendo um RPG. Para evoluir seu personagem, você deve derrotar inimigos e chefes para conseguir Souls, que podem ser adquiridos por meio de itens especiais também. Esses Souls são usados para aumentar seus pontos de status, como força, vitalidade, destreza, resistência etc.

Além disso, os Souls são como se fossem a moeda do jogo, você pode gastá-los melhorando seus equipamentos (dica rápida: é mais fácil ficar mais forte usando equipamentos melhorados do que dando level up) e comprando itens que vão ser úteis mais para frente na sua jornada.
Outro ponto importante na mecânica de Dark Souls são as Humanidades. Cada humanidade pode ser usada de duas formas: ou para te transformar em humano, proporcionando assim acesso à parte co-op do jogo (e nós já vamos falar dela) ou aumentando a sua sorte e consequentemente a chance de inimigos deixarem itens mais raros ao serem mortos.

Falando em co-op, o jogo introduziu uma inovação muito interessante nessa geração: múltiplos mundos paralelos onde você pode visitar o jogo de outra pessoa ou pode ter o seu jogo visitado. Essas visitas podem ser feitas de duas formas: ou você entra num mundo para ajudar alguém ou para caçar essa pessoa. Caso você seja bem sucedido em uma das duas tarefas, o jogo lhe proporciona souls e humanidades, caso contrário, você volta para o seu mundo sem prejuízo algum, exceto pelos itens gastos na visita.

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Lordran, o mundo de Dark Souls conta uma história onde as mortos vivos estão perdendo a dádiva do fogo. Cabe a um morto vivo escolhido por uma profecia tocar os sinos do despertar, visitar a cidade de Anor Londo para recuperar o Lordvessel e depositar os 4 Lord Souls nele, para então abrir a passagem para Kiln of the First Flame e refazer o elo do fogo.

Parece difícil, né? Bom, é mesmo. Para realizar essa missão, você vai suar bastante. Dark Souls é um jogo que te pune a qualquer vacilo. A melhor descrição que eu consegui encontrar até o momento dessa experiência é algo como desencravar uma unha, você sente um alívio gigantesco ao concluir cada uma das partes difíceis, mas o jogo te oferece uma sucessão tão grande delas e com um desafio tão divertido, que a dificuldade acaba sendo mais um presente do jogo do que algo negativo.

Não que o jogo não tenha seus momentos frustrantes. Eu fiquei com muita vontade de jogar o controle na parede algumas vezes, mas às vezes é tudo uma questão de você parar e avaliar o que está fazendo de errado e o que você poderia fazer de diferente para acertar aquela parte desgraçada onde você está trancado há mais de uma hora.

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O jogo conta com belíssimos visuais, tanto que há várias mensagens deixadas por jogadores como Be wary of gorgeous view, ou ainda Praise the Sun. Se você conseguir tirar cinco segundos para olhar os ambientes (sem descuidar daquele machado que está vindo na direção da sua nuca), você também vai notar isso.

A música de Dark Souls é um tanto interessante. O jogo quase não tem música ambiente e isso é feito para que você não acabe tomando um ataque de surpresa pelas costas e para você conseguir detectar de onde vem aquela ameaça. A situação muda quando você chega em algum chefe e nesse momento a trilha sonora brilha.

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Dark Souls ainda tem um DLC que explica um arco do jogo não contado na história original do jogo. Ele custa 15 dólares e vale muito a pena para quem realmente gostou do jogo e não consegue esperar mais pela continuação. Caso você esteja comprando o jogo para PC, ele já vem incluso no pacote, o que é sempre muito bom.

Dark Souls está disponível para PC, Xbox 360 e PlayStation 3 e certamente vai te proporcionar muitas horas de diversão. Só não se esqueça disso: esteja pronto para morrer. E para desafiar os seus nervos ao limite.

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Resumo para os preguiçosos

Dark Souls é uma obra prima, um jogo que te fará chorar de tão difícil que é, mas te prenderá por muito tempo. Junção de história, atmosfera, visual e trilha sonora perfeitos e até um modo co-op interessante, Dark Souls é um jogo que todo mundo tem que jogar.

Nota final

100
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Visual Belíssimo
  • Dificuldade vai te fazer chorar
  • Ótima trilha sonora
  • Ambiente e história excepcionais
  • Inimigos que não acabam mais

Contras

  • Não há
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.