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Curse of The Sea Rats vale a pena? Análise – review

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Curse of the Sea Rats, desenvolvido pelo estúdio espanhol PQube, tem como um dos seus principais chamarizes o fato de ter seus cenários e personagens desenhados a mão, além de prometer uma sólida experiência metroidvania.

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Curse of the Sea Rats, à primeira vista, possui todos os elementos que um fã de Metroidvania poderia desejar: gráficos incríveis, um vasto mundo para explorar e uma ampla gama de atualizações a serem desbloqueadas. No entanto, ao analisar mais profundamente, encontramos uma série de problemas que prejudicam a experiência geral do jogo e impedem que ele se destaque em um gênero já saturado.

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A premissa da história é promissora e envolve quatro personagens que são amaldiçoados e transformados em ratos por uma bruxa pirata chamada Flora Burn. Os personagens, antes prisioneiros em um navio, agora têm a chance de recuperar sua liberdade ao embarcar em uma perigosa jornada para derrotar a bruxa. No entanto, a história em si é bastante rasa e os diálogos mal escritos acabam tornando o enredo menos envolvente do que poderia ser.

O jogo se destaca pelo seu estilo artístico desenhado à mão, que proporciona uma estética única e cativante. Cada novo personagem e ambiente são marcantes, e a ambientação na Irlanda oferece uma variedade de cenários que vão desde pântanos sombrios até campos verdejantes. A riqueza dos detalhes visuais, como inimigos adaptando suas roupas de acordo com a localização, adiciona personalidade e carisma à experiência.

Reprodução: Curse of the Sea Rats

Curse of the Sea Rats oferece a possibilidade de alternar entre quatro personagens principais, cada um com habilidades e atributos distintos. Essa mecânica permite uma maior exploração do mundo e contribui para a diversidade na jogabilidade. No entanto, a falta de equilíbrio entre os personagens é um problema significativo. Buffalo Calf, por exemplo, possui uma habilidade quase invencível quando totalmente atualizada, tornando desnecessário jogar com os outros personagens, exceto em sessões cooperativas.

Apesar de seus pontos fortes, o jogo enfrenta problemas em sua execução. Estereótipos questionáveis em alguns personagens secundários, como Fatso e Fatsie, são baseados em clichês cansativos e não acrescentam valor à trama. O desequilíbrio na dificuldade é outro problema recorrente. Enquanto o jogo começa numa dificuldade bem acima do esperado, a dificuldade cai abruptamente após um mínimo de progressão, tornando a experiência inconsistente e frustrante.

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Reprodução: Curse of the Sea Rats

Os chefes sofrem especialmente com esse desequilíbrio. O primeiro chefe, Fatso, pode exigir várias tentativas para ser derrotado, enquanto os chefes subsequentes podem ser vencidos facilmente ao utilizar os ataques de um personagem específico, como Buffalo Calf. A falta de uma curva de dificuldade adequada e consistente é um dos maiores problemas do jogo, fazendo com que a experiência se torne maçante e pouco desafiadora após um certo ponto.

Curse of the Sea Rats tenta emular elementos de jogos consagrados como Dark Souls e Hollow Knight, como atualizações desbloqueáveis, pontos de controle para reaparecimento de inimigos e a perda e recuperação de recursos após a morte do personagem. No entanto, essas tentativas acabam não sendo bem-sucedidas e o jogo tropeça em sua própria execução. A curva de dificuldade, como já mencionado antes, é desbalanceada e resulta em uma experiência fraca. Em vez de manter o ritmo com suas atualizações e apresentar desafios adequados aos recursos disponíveis, o jogo começa com uma dificuldade quase insuperável só para em seguida reduzir drasticamente o nível de desafio.

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Reprodução: Curse of the Sea Rats

Os controles são outro ponto fraco do jogo. A jogabilidade parece exigir precisão e rapidez, mas os personagens se movem de maneira lenta e metódica, o que pode levar a mortes desnecessárias. Além disso, o jogo apresenta problemas com o posicionamento de inimigos e armadilhas, muitas vezes colocados de forma irritante, o que força os jogadores a repetir a mesma experiência várias vezes. Muitas vezes o posicionamento forçado de oponentes para forçar a dificuldade me fez lembrar da primeira versão de Dark Souls 2, já que em ambos os casos, o simples fato de entrar em uma nova parte do cenário pode fazer o jogador morrer em instantes.

O sistema de experiência compartilhada entre os personagens é outro aspecto que prejudica a experiência. Como os personagens extraem recursos do mesmo lugar, é necessário nivelá-los uniformemente, o que pode levar a um processo cansativo e desanimador. Também é preciso mencionar que embora o jogo ofereça um modo multiplayer local, a dificuldade e o ritmo metódico podem decepcionar aqueles que esperam uma experiência mais casual e divertida para compartilhar com amigos e familiares.

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Reprodução: Curse of the Sea Rats

Os ambientes variados e os inimigos bem projetados são pontos positivos do jogo. No entanto, a presença de áreas com morte instantânea, inimigos lançadores de bombas e poços sem fundo mal sinalizados torna a exploração menos agradável e mais frustrante do que deveria ser. Portanto, é quase como se os dois aspectos mencionados acima fossem nublados por inúmeros erros de design e projeto.

Apesar de ser um projeto claramente apaixonado por parte dos desenvolvedores, Curse of the Sea Rats falha em se destacar em um gênero já saturado de Metroidvanias, o que pode dificultar a conquista de um público fiel.

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Reprodução: Curse of the Sea Rats

Ainda que possa haver um público para o jogo – principalmente porque o gênero atrai jogadores como abelhas ao mel, é provável que Curse of the Sea Rats enfrente dificuldades em se destacar entre os inúmeros outros títulos de Metroidvania disponíveis no mercado, especialmente considerando os problemas mencionados e a falta de inovação no gênero. Ainda assim, o título apresenta momentos de brilhantismo artístico e criatividade, e pode ser apreciado por aqueles dispostos a superar suas falhas e abraçar seus aspectos mais positivos.

Os desenvolvedores de Curse of the Sea Rats devem ser elogiados pela tentativa de criar uma experiência visualmente atraente e inovadora dentro do gênero Metroidvania. O estilo artístico desenhado à mão é, sem dúvida, um dos pontos fortes do jogo, e o esforço colocado nos detalhes dos personagens e ambientes é impressionante. No entanto, para ser bem-sucedido de verdade, é crucial que um jogo ofereça uma experiência coesa, agradável e envolvente, que vá além de sua estética.

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Reprodução: Curse of the Sea Rats

A trilha sonora de Curse of the Sea Rats também é digna de nota, pois acrescenta um elemento adicional de imersão ao jogo, com músicas que evocam a atmosfera das paisagens irlandesas e do mar. As melodias rítmicas e os temas orquestrais ajudam a dar vida ao mundo do jogo, proporcionando momentos de excitação e tensão.

Infelizmente, os problemas encontrados em Curse of the Sea Rats são numerosos demais para serem ignorados. A falta de equilíbrio entre os personagens, a dificuldade desequilibrada e o enredo raso contribuem para uma experiência menos gratificante do que poderia ser. A ausência de inovações significativas e a execução deficiente de elementos-chave do gênero também dificultam a recomendação do jogo para fãs de Metroidvania, especialmente quando há outras opções mais refinadas e bem-sucedidas disponíveis no mercado.

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Reprodução: Curse of the Sea Rats

Dito isso, o jogo ainda pode atrair uma base de jogadores que apreciam seu estilo artístico e estão dispostos a enfrentar os problemas mencionados em busca de uma experiência diferente. Para aqueles que estão dispostos a perdoar suas falhas, Curse of the Sea Rats pode ser uma adição intrigante à sua coleção de jogos. No entanto, para a maioria dos jogadores, é provável que o jogo se mostre uma experiência frustrante e, em última análise, esquecível.

Em conclusão, Curse of the Sea Rats é uma tentativa ambiciosa de trazer algo novo ao gênero Metroidvania, com gráficos impressionantes e um estilo artístico cativante. No entanto, falhas na execução, na jogabilidade e na narrativa impedem o jogo de alcançar seu verdadeiro potencial. Apesar de seus momentos de brilhantismo, o título luta para se destacar em meio a uma multidão de competidores, e é provável que seja lembrado mais por suas falhas do que por suas realizações.

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Resumo para os preguiçosos

Curse of the Sea Rats é um jogo ambicioso no gênero Metroidvania, que se destaca por seu estilo artístico desenhado à mão e belos gráficos. Além disso, a trilha sonora e a variedade de ambientes acrescentam imersão à experiência. No entanto, o jogo enfrenta problemas como dificuldade desequilibrada, controles imprecisos, falta de inovação e um enredo raso.

Apesar de seu potencial e estética visual impressionante, Curse of the Sea Rats se depara com falhas em sua execução, tornando-o uma experiência frustrante para muitos jogadores. Mesmo com momentos de brilhantismo, o jogo luta para se destacar em meio a um gênero saturado, e é provável que seja lembrado mais por suas falhas do que por suas realizações.

Nota final

50
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Estilo artístico desenhado à mão
  • Ambientação na Irlanda
  • Quatro personagens jogáveis
  • Variedade de cenários
  • Inimigos bem projetados
  • Modo multiplayer local

Contras

  • Dificuldade desequilibrada
  • Diálogos mal escritos
  • Estereótipos questionáveis
  • Controles imprecisos
  • Falta de inovação
  • Personagens desbalanceados
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João Víctor Sartor
João Víctor Sartorhttp://criticalhits.com.br
João Víctor Sartor é colaborador e sex-symbol do Critical Hits. Admirador das boas histórias, almeja de verdade escrever um livro algum dia. Divide seu tempo entre à leitura, jogatina, trabalho, engenharia e quando sobra tempo, vive.