Cronos: The New Dawn (Switch 2) – Análise – Vale a Pena – Review

Cronos: The New Dawn é o mais novo jogo da Blobber Team, que ficou famosa por títulos como The Medium, Layers of Fear e principalmente por comandar o remake de Silent Hill 2 lançado no ano passado. Com a proposta de criar uma nova franquia de terror, será que o jogo consegue mostrar que o estúdio segue em evolução? Hoje, avaliamos a versão de Nintendo Switch 2 do game já analisado aqui anteriormente.

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Em Cronos: The New Dawn, o jogador assume o papel da Viajante, enviada pelo Coletivo para a Polônia dos anos 80 com a missão de coletar essências de vítimas do evento catastrófico conhecido como “A Mudança”. O enredo apresenta um mundo devastado e logo coloca o jogador diante dos órfãos, inimigos grotescos capazes de se fundirem entre si para criar ameaças ainda mais perigosas. Essa base narrativa é promissora, mas o ritmo lento prejudica o impacto da história e a falta de carisma da protagonista enfraquece o envolvimento do jogador.

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Cronos: The New Dawn - Análise - Vale a Pena - Review

O ponto forte do jogo está no combate e no clima de tensão, que remetem ao survival horror clássico. A munição é escassa, os inimigos são agressivos e podem surpreender em emboscadas, exigindo cautela em cada confronto. A inspiração em Resident Evil 7 e Dead Space é evidente, com elementos de progressão, puzzles e salas de save que reforçam a atmosfera do gênero. Além disso, há sistemas de criação de itens, melhorias de armas e arquivos que expandem o universo.

Outro aspecto positivo está no design sonoro, que intensifica a sensação de medo e incerteza. Passos ecoando em corredores escuros, sussurros distantes e a trilha discreta nas save rooms criam um contraste que aumenta a imersão. Visualmente, o jogo aposta em cenários decadentes e cheios de detalhes, reforçando o peso da ambientação e destacando a qualidade técnica da Blobber Team após experiências anteriores no gênero.

Cronos: The New Dawn - Análise - Vale a Pena - Review

Por outro lado, a narrativa não acompanha a qualidade da jogabilidade. Falta dinamismo para manter o jogador intrigado, já que as interações são limitadas e a construção da personagem principal é superficial. O resultado é uma experiência que entrega combates intensos e mecânicas bem desenvolvidas, mas deixa a sensação de que poderia ter ido além caso a trama tivesse recebido o mesmo cuidado.

No Nintendo Switch 2, o jogo tem uma performance realmente impressionante. O jogo funciona travado a 30 quadros por segundo e, por mais que eu tenha estranhado um pouco usar os controles do Switch 2 no modo portátil, é rápido de se acostumar com eles e até mesmo de se adaptar ao tiroteio usando os joycon dessa forma.

Em nenhum momento da minha análise o jogo apresentou slowdowns ou grandes problemas de performance, e o jogo inclusive funcionou de uma maneira muito mais estável do que no tempo em que eu usei ele num Rog Ally X que me foi emprestado pela Asus para testes, sendo que ambos funcionaram com uma qualidade gráfica bastante semelhante (algo entre o Low e o Ultra Low, ainda que o Rog Ally X ficasse variando dos 40 aos 60 quadros por segundo e o Switch 2 travado em 30).

No modo Dock, o jogo fica mais bonito e segue bastante estável, ou seja, esse é um port que é daqueles que dá para jogar tranquilamente em qualquer um dos dois jeitos, e que acaba mostrando que o novo console da Nintendo é bem mais poderoso do que a gente achava que ele era inicialmente.

Mas e aí, Cronos: The New Dawn vale a pena?

Cronos: The New Dawn - Análise - Vale a Pena - Review

Em resumo, Cronos: The New Dawn consegue se firmar como um survival horror sólido, mas não atinge o mesmo nível de impacto narrativo de outros títulos marcantes do gênero. O jogo mostra evolução técnica da Blobber Team e oferece momentos genuínos de tensão, mas também evidencia que ainda há espaço para amadurecimento no equilíbrio entre jogabilidade e história. Ainda assim, é muito bom vê-lo chegar ao Switch 2 junto com as versões “de console grande” e entregar um port realmente sólido do jogo.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Switch 2 fornecida pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Cronos: The New Dawn é o novo projeto da Blobber Team, estúdio conhecido por The Medium, Layers of Fear e o remake de Silent Hill 2. No jogo, o jogador controla a Viajante, enviada à Polônia dos anos 80 para coletar essências após o evento “A Mudança”, enfrentando criaturas chamadas órfãos, que se fundem para criar inimigos ainda mais perigosos. O combate intenso e o clima de tensão são os grandes destaques, remetendo a clássicos do survival horror como Resident Evil 7 e Dead Space, com escassez de recursos, puzzles, save rooms e sistemas de criação de itens. O design sonoro e visual reforça a atmosfera, mas o enredo é lento e a protagonista carece de carisma, o que compromete a imersão narrativa.

No Nintendo Switch 2, o jogo surpreende pela estabilidade: roda a 30 quadros por segundo, sem slowdowns, tanto no modo portátil quanto no Dock. O desempenho se mostra mais consistente até mesmo do que em outros dispositivos portáteis testados, provando que o console tem mais poder do que aparentava inicialmente. Em resumo, Cronos: The New Dawn é um survival horror sólido, com combates tensos e uma ambientação bem construída, mas que deixa a desejar no ritmo narrativo. Ainda assim, sua chegada ao Switch 2 garante um port robusto e convincente para os fãs do gênero.

Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Bom combate e ótimas situações de tensão
  • Belos gráficos e Trilha Sonora
  • Ótima performance no Switch 2 tanto no modo Dock quanto Portátil

Contras

  • Progresso da história arrastado
  • Protagonista sem carisma
Eric Arraché
Eric Arrachéhttps://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.