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Child of Light – Review

Contos de fada costumam ser uma contribuição importante ao desenvolvimento de quase todas as crianças ocidentais, desde que Walt Disney viu que ali ele poderia tornar-se mais rico que o Tio Patinhas. O interessante desse gênero de histórias é que muita gente acaba revisitando essas histórias, por mais velho que fique, e as guarda num lugar especial do coração. Até então, acredito eu, não havia nenhum jogo de videogame que apresentasse uma alternativa de local para esse gênero. Eis que surge Child of Light.

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Em Child of Light, você é Aurora (mesmo nome da Bela Adormecida da Disney, obrigado à minha digníssima por me lembrar disso), a princesa da Áustria em 1895. Aurora acaba sofrendo de uma doença que a faz dormir. Quando ela acorda, Aurora percebe que não está em casa e sim em Lemuria, um mundo mítico que está precisando de uma salvadora, já que o sol foi tomado pela Rainha Negra, que quer que a escuridão tome conta de todos os cantos do reino. Para isso, a Rainha negra roubou o sol, a lua e as estrelas do céu.

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  • Nome: Child of Light
  • Plataforma: PlayStation 4, PlayStation 3, PC, Wii U, Xbox 360, Xbox One
  • Desenvolvedora/Publisher: Ubisoft Montreal/Ubisoft
  • Lançamento: 29 de abril de 2014

Aurora decide ajudar o reino de Lemuria e parte numa aventura para recuperar os itens roubados pela Rainha Negra e derrotá-la. O problema é que ela deve fazer isso o quanto antes, já que ela continua dormindo no mundo de verdade e seu pai adoeceu de tristeza por causa da doença de Aurora, tendo perdido todo o ânimo da vida. Caso ela não volte a tempo para o seu mundo, seu pai pode acabar definhando até a morte.

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O jogo em si apresenta-se com uma combinação de side scroller com RPG. Como Aurora é a filha da luz, ela ganha assas, que acabam ajudando você a locomover-se e acessar locais antes inalcançáveis. Além disso, Aurora conta com Igniculus, um vaga-lume brilhante mágico que serve para iluminar a escuridão, curar Aurora e diminuir a velocidade dos inimigos (já falo melhor sobre isso), além de ser indispensável na resolução de alguns quebra cabeças do jogo.

A parte fora das batalhas do jogo é bem interessantes, por mais simples que seja. Você caminha pelo cenário, fala com pessoas e resolve um ou outro quebra-cabeça, além de ter que percorrer algumas distâncias o mais rápido o possível antes que uma porta feche e impeça a sua passagem, ou algo do tipo.

Na parte de RPG, Child of Light se inspirou um pouco em Final Fantasy X nos sistemas de progressão de personagem e batalha. Você controla dois personagens por vez e vai alternando dentre os vários membros do grupo de Aurora. Cada um deles tem uma função, como aumentar a velocidade dos combatentes, usar magias, força bruta, etc, sendo mais indicados dependendo do que o inimigo joga contra você.

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https://www.youtube.com/watch?v=nIT02kKG2tA

As batalhas em si funcionam no sistema de active time battle, apesar de parecerem mais com a variação dele usada em Grandia do que em Final Fantasy. Você tem uma barrinha de tempo para atacar e cada ataque demora um pouco de tempo para “carregar”. Se você é acertado enquanto está carregando o seu ataque, você volta um pouco na barra de carregamento e tem que usar o ataque novamente. Isso pode ser um saco quando você está enfrentando mais de um inimigo, mas pode fazer que você termine lutas sem tomar um ataque sequer, é só saber lutar.

No sistema de progressão de nível, você vai avançando uma série de trilhas que dão bônus e habilidades pré-definidas, a exemplo do Sphere Grid de Final Fantasy X. Apesar disso, ainda há os level ups normais, com Aurora e cia ganhando mais pontos de atributos como força, inteligência etc.

Para completar, não há equipamentos no jogo, apenas os Oculi, uns cristais que são equipados na arma, armadura ou “acessório” e que dão poder de fogo/água/eletricidade/luz para os ataques, ou causam alguns status, como diminuir a velocidade do inimigo, aumentar a do ataque, etc. Esses cristais são encontrados pelo jogo e podem também ser criados, num sistema que lembra o de gemas de Diablo.

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No fim das contas, o jogo tem um sistema de batalhas bastante simples, que pode ser aprendido e dominado até mesmo por crianças, um público alvo que pode tirar muito proveito desse jogo.

Como eu havia dito no começo, o jogo se estrutura como um conto de fadas, ou seja, dependendo da sua idade, você vai sentir alguma coisa diferente jogando. Por ser um RPG simples, é até possível indicá-los para crianças. Child of Light apresenta uma história leve para os pequenos e que desperta bastante emoções em pessoas mais velhas. É possível imaginar o que acontece com Aurora, e simpatizar com ela e com todos os personagens do bando dela, como os irmãos Rubella e Tristis, ou o rato Robert, que quer ficar rico com o comércio.

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O jogo em si é bastante linear, apesar de apresentar algumas quests opcionais, como resgatar fulano ou sicrano, e a aventura total necessita de cerca de 10 a 12 horas para a conclusão. Considerando que o jogo é um RPG de 15 dólares, não dá para pedir muito mais do que isso, mas uma coisa dá para garantir: são horas muito bem aproveitadas, com uma narrativa bastante interessante e momentos memoráveis.

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Child of Light tem gráficos muito belos. Por ser um jogo 2D, todos os personagens lembram bastante animações infantis. Eu gostei pra caramba do estilo de arte adotado pelo jogo. Tanto os personagens quanto os cenários casam muito bem, apesar deles não terem animações tão fluentes assim. Provavelmente isso foi mais uma decisão para fazer o jogo lembrar uma história infantil do que defeito técnico mesmo.

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A trilha sonora de Child of Light é um dos pontos de destaque do jogo. Cada melodia é muito bem composta e casa perfeitamente com as situações do game. Ponto positivo ainda para o tema principal, que gruda na cabeça de uma forma impressionante.

Resumo para os preguiçosos

Child of Light é o mais próximo de um conto de fadas que um RPG chegou até hoje. O jogo tem uma história cativante, um sistema de batalhas bem montado e uma aventura bastante gostosa. Apesar disso, o jogo é aproveitável tanto para crianças quanto para adultos, despertando emoções e experiências distintas em cada um, sendo recomendado inclusive para quem quer introduzir o gênero RPG a filhos, irmãos mais novos e afins.

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Pros

+ Bela história
+ Trilha sonora senascional
+ Sistema de batalha simples, porém divertido
+ Jogo inteiramente em português

Contras

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– Pouco conteúdo extra, dá para contar nas mãos as missões opcionais

Resumo para os preguiçosos

!

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

!

Contras

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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.