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Call of Duty: WWII – Review

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A franquia Call of Duty é tida como uma das principais franquias da história do videogame, e uma das grandes certezas de lançamentos de todo ano. Por causa disso, a franquia enfrentou uma certa fadiga com o avanço para os jogos de tiro futurista, e como uma tentativa de dar um sopro de vida na marca, a Sledgehammer voltou às origens de Call of Duty para lançar Call of Duty: WWII. Será que esse jogo tem o que é necessário para reconquistar os fãs perdidos e trazer mais fãs ao game?

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Call of Duty: WWII é basicamente dividido em três partes: a campanha, o modo multiplayer e o modo zombies, e por isso ele será examinado nessa ordem.

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Na campanha, você controla “Red” Daniels, um soldado que chega à Segunda Guerra Mundial no ápice do conflito: O Dia D. A campanha do jogo traz você acompanhando as aventuras de Daniels conforme os Aliados foram retomando a França e finalmente trazendo a guerra para dentro do front alemão.

A campanha é uma das melhores campanhas feitas nos últimos anos, e traz todo um ar de “Band of Brothers”, ainda que o jogo explore mais a história de Daniels e de Robert Zussman, fiel companheiro do protagonista. Conforme você avança na campanha, novos personagens vão sendo adicionados à história, como um integrante do exército inglês, uma agente da resistência francesa e assim por diante. A maioria dos personagens não ganha tanto tempo assim para ser desenvolvido, mas esse é claramente o Call of Duty com mais personagens pelos quais você se importa em pelo menos 4 ou 5 anos.

Um detalhe interessante da campanha do jogo é essa é a primeira campanha desde Call of Duty 2 onde você tem uma barra de vida. Conforme você leva tiros, você perde vida, e você precisa usar kits de primeiros socorros para se curar, semelhante ao que a Bethesda fez com Doom e Wolfenstein. Além dessa mudança, o jogo conta com uma nova mecânica chamada de “Atos Heroicos” onde é apresentado ao jogador uma cena interativa no meio das fases e você deve ser o mais rápido o possível para resolvê-la. Geralmente a cena envolve um colega seu quase sendo morto por um nazista e você tendo que salvá-lo, mas há outras situações, como você ter que arrastar um colega alvejado para um local seguro e até salvar uma donzela em perigo.

Em suma, a campanha de Call of Duty: WWII é o ponto mais forte do jogo, e quem gosta de jogar uma campanha épica de jogos de tiro vai encontrar exatamente isso em Call of Duty: WWII, uma bela história, personagens interessantes, missões variadas e muita diversão. Apesar disso, a campanha conta com alguns probleminhas de inteligência artificial, e do jogo colocando você em algumas situações quase impossíveis, como numa em que eu tranquei e morri umas 10x onde eu tinha que executar uma ação heroica tirando um colega alvejado de combate para trás de um carro. O problema é que você é sempre o foco do tiro dos nazistas, e os carros explodem. O que acontecia quando você finalmente salvava o colega? O carro explodia, e você morria. E se você tentasse fazer isso, isso acontecia de novo. E de novo, e mais uma vez ainda, só para me deixar completamente maluco.

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O modo multiplayer do jogo é basicamente o Call of Duty que estamos acostumados desde sempre, mas desta vez sem verticalidade, sem pulos duplos, e sem tanta velocidade assim. Sinceramente, eu não gostei muito do modo, e de certa forma eu tenho cansado dos modos de multiplayer de Call of Duty, onde na maioria das partidas as equipes nascem, correm pra um lugar, atiram em alguém, morrem e renascem. Há pouco desenvolvimento estratégico e pouca profundidade de combate. Além disso, é estranho jogar modos de segunda guerra com tão poucos combatentes no campo de batalha. Para um jogo que quer simular a segunda guerra de forma fiel, o jogo fica devendo nesse ponto, infelizmente.

Há um modo multiplayer, entretanto, que acaba sendo melhor do que os outros, e o que eu realmente recomendo para cá: o modo War, onde um time deve cumprir uma série de objetivos e o outro deve impedir que esse time cumpra esses objetivos. Ainda assim, esse é um dos modos que Call of Duty oferece, e se você não gostar dele e não for tão fã dos modos tradicionais de multiplayer da franquia, é provável que você não encontre tanta diversão por aqui.

Para completar, o modo Zombies é basicamente o que o modo Zombies é desde que ele surgiu. Há uma missão de tutorial e depois você e o seu time têm que se virar com incontáveis hordas de zumbis cada vez mais fortes e você gastando a moeda do jogo para melhorar seus equipamentos e defesas. Desta vez, a história do modo Zombies segue um pelotão que descobriu um experimento nazista com zumbis, e você deve exterminá-los.

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Graficamente, Call of Duty: WWII é muito bonito. As explosões são muito legais de se ver na tela, os prédios caindo também, os personagens são bem detalhados e animados, assim como os cenários, e há inclusive algumas cenas semelhantes às de filmes de segunda guerra mundial, como uma bomba explodindo perto de você e tudo ficando preto e branco com um zunido no seu ouvido. Enfim, quem gosta de gráficos certamente vai gostar bastante do que Call of Duty WWII tem a oferecer. Para completar, a trilha sonora do jogo é melhor do que as trilhas anteriores, e o jogo conta com uma ótima dublagem, seja em português, seja em inglês.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One fornecida pela Activision do Brasil.

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Resumo para os preguiçosos

Call of Duty: WWII retorna às suas origens, mas o jogo não muda tanto assim a ponto de revolucionar a franquia. Ele é o que sempre foi antes dos pulos duplos e afins, com um modo novo no multiplayer que provavelmente vai interessar jogadores atrás de partidas mais profundas do que o corre, atira e morre, e uma das melhores campanhas dos últimos anos. O modo Zombies é exatamente como todos os outros, pro bem e pro mal.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Uma das melhores campanhas dos últimos anos
  • Belos gráficos
  • O modo War no multiplayer é bem interessante

Contras

  • O multiplayer de Call of Duty precisa ganhar mais profundidade
  • O modo Zombies não tem novidades
  • Bugs irritantes durante a campanha
  • Quase nenhuma inovação
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.