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Borderlands 3 – Review

A 2K Games e a Gearbox basicamente criaram um dos gêneros mais interessantes e engolidores de vida da última década, o “loot shooter” com Borderlands, que basicamente combinava as mecânicas de loot de Diablo a um jogo de tiro normal e com um humor bastante peculiar. Apesar do primeiro jogo ser bom, ele tinha seus defeitos, que acabaram corrigidos em Borderlands 2. Sete anos depois, a franquia está de volta com mais um capítulo numerado. Será que a espera por Borderlands 3 valeu a pena?

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Borderlands 3 começa com um novo grupo de Vault Hunters que estão iniciando o combate de um novo grupo de inimigos, conhecidos como Children of the Vault, um grupo criado pelos irmãos gêmeos Troy e Tyreen Calypso, após a derrota de Handsome Jack e o vácuo de poder que ficou ao final de Borderlands 2 e Tales from the Borderlands.

Com esta nova ameaça não apenas sob Pandora, mas sob toda a galáxia, você tem o objetivo de encontrar as Vaults espalhadas pelos planetas e evitar que eles cheguei a uma Vault em específico, denominada “The Great Vault”, que promete esconder um poder incrível. Para derrotar esses inimigos, você se junta ao grupo Crimson Raiders, que é liderado por Lilith, a Siren de Borderlands e deve seguir numa jornada atrás das Vaults antes que os seus inimigos as encontrem.

O primeiro ponto que vale a pena ser comentado deste novo enredo é o fato de que Borderlands 3 conseguiu fazer algo que eu achava que seria bem difícil de ser feito, ou seja, trazer inimigos que não ficassem te deixando com vontade de que Handsome Jack estivesse vivo a cada 5 minutos. Os gêmeos são cruéis e têm algumas sacadas muito boas, e apesar do ritmo da campanha não ser o melhor em todos os momentos, ela ainda assim é bem divertida, e certamente vai fazer você concordar comigo no fato de que a espera por Borderlands 3 valeu a pena.

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Como comentado na sinopse acima, Pandora é apenas um dos planetas onde a campanha se desenrola, e você finalmente vai conhecer locais como a sede das corporações Atlas e Jakobs, e uma porrada de novos e de antigos personagens da franquia, sejam eles de Borderlands 2, ou de Borderlands original, Pre-Sequel ou até mesmo de Tales from the Borderlands (e eu reafirmo aqui que o Rhys é o melhor personagem da franquia facilmente).

Para resumir um pouco o que eu achei da campanha, ela é muito melhor do que a de Tales from the Borderlands em termos de ação, design de mapas e principalmente de ritmo, e está mais ou menos no nível da campanha de Borderlands 2. Um detalhe importante e que está presente aqui é o humor característico da série, ou seja, piadas “infantis” daquelas que só Borderlands consegue fazer. Se você não acha mais graça desse tipo de humor (ou nunca achou), isso pode acabar sendo um problema para você, mas aí você deveria estar procurando outro tipo de jogo, já que o objetivo de Borederlands nunca foi se levar a sério.

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Apesar de muito boa, a campanha de Borderlands 3 tem dois pequenos problemas que podem acabar prejudicando um pouco a sua diversão. O primeiro deles é que os níveis da campanha acabam subindo mais rápido do que a progressão do seu personagem, o que vai te forçar fazer side-quests aqui e ali entre uma missão importante e outra, já que, do nada, os inimigos podem estar 2 ou 3 níveis acima de você, e apesar de um inimigo normal não incomodar tanto assim estando desta forma, um chefe certamente vai.

O outro ponto são os chefes da campanha. Há alguns chefes que são ridiculamente fáceis, e há outros chefes que vão fazer você querer morrer de agonia de tão difíceis que são. Houve um ponto na campanha que eu simplesmente tive que apelar pro matchmaking do jogo para conseguir passar de um chefe (a Katagawa Ball, aquela maldita) pois ela me matava em dois golpes no mesmo nível que ela e em três dois níveis acima dela, ou seja, não ia dar pra passar sem alguém pra dar aquela forcinha.

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Um ponto importante que merece ser destacado aqui na questão dos níveis é o modo horda do jogo, aqui intitulado de Circle of Slaughter. Nele, você e mais 3 Vault Hunters enfrentam uma série de ondas de inimigos, cada vez mais fortes, e ainda que você provavelmente não vá ser tão forte assim para chegar ao final, a minha recomendação é de que você jogue bastante esse modo se a vida estiver difícil na campanha, pois foi a forma mais rápida de upar que eu encontrei no começo e no meio do jogo.

Além de chover experiência na sua horta, você ainda ganha bastante dinheiro e também uma quantidade bem interessante de armas. Nem sempre elas vão ser do seu nível (no nível 16 eu peguei uma metralhadora para nível 36, por exemplo), mas esta é uma forma bem rápida para contornar o problema da progressão acelerada de níveis do jogo.

Como é de se imaginar, Borderlands 3 fica infinitamente melhor com amigos, e o multiplayer do jogo, apesar de não trazer nenhuma grande novidade em relação aos jogos anteriores, é o ponto mais forte do jogo, mas é importante ressaltar que dá pra jogar Borderlands 3 até o final numa boa, na maioria das vezes.

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Sobre o gameplay do jogo, é legal notar que a Gearbox melhorou o sistema de mira do jogo e deixou ele mais “gostoso” de se jogar (ou seja, mais próximo do que foi feito em Destiny), e um dos principais problemas (pelo menos para mim) dos Borderlands antigos foi corrigido: não é mais tão difícil assim enxergar os inimigos na tela, já que o cenário não é composto apenas por tons diferentes de marrom.

Graficamente, Borderlands 3 é um jogo bonito, mas infelizmente é necessário falar sobre o principal problema do jogo: a má otimização feita pela Gearbox nele. Em qualquer uma das versões de Borderlands 3 você vai acabar encontrando problemas, e mesmo no Xbox One X o jogo só roda bem se você usar o modo que prioriza a resolução, pois o modo que prioriza a performance ironicamente tem a performance inferior a ele. A trilhas sonora de Borderlands 3, como de costume, é muito boa, e a dublagem também ficou muito legal. Vale ainda ressaltar que este é o primeiro jogo da franquia com legendas em português, um cuidado bem legal que a 2K Games teve pelo público local.

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Mas no fim das contas, Borderlands 3 vale a pena? Se você é fã da franquia e esperava ansiosamente por mais, com toda certeza. Se você não gostou dos outros jogos, pode ser que este seja o primeiro Borderlands que clique para você, pois no geral ele é um produto superior aos anteriores, já que ele corrige problemas que Pre-Sequel e Borderlands 2 tinham. Se você já é um fã da franquia, pode ir sem medo, pois Borderlands 3 é tudo o que os fãs esperavam.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox One X fornecido pela publisher.

Resumo para os preguiçosos

Se você é fã da franquia e esperava ansiosamente por mais, com toda certeza. Se você não gostou dos outros jogos, pode ser que este seja o primeiro Borderlands que clique para você, pois no geral ele é um produto superior aos anteriores, já que ele corrige problemas que Pre-Sequel e Borderlands 2 tinham. Se você já é um fã da franquia, pode ir sem medo, pois Borderlands 3 é tudo o que os fãs esperavam.

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Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Extremamente divertido
  • Boa campanha
  • Gameplay de tiroteio melhorado em relação aos anteriores
  • O jogo fica melhor ainda no modo multiplayer

Contras

  • Problemas de otimização
  • Alguns chefes são frustrantes
  • A progressão de nível da campanha dá alguns saltos que te obrigam a fazer side quests
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.