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Bleeding Edge – Review

Anunciado durante a E3 2019, Bleeding Edge enfim está disponível para os donos do Xbox One e PC’s. O game esteve em desenvolvimento por cerca de 3 anos, e foi lançado oficialmente no dia 24 de Março – aderindo também ao Xbox Game Pass. Por se tratar do primeiro título Multiplayer da Ninja Theory, tal projeto gerou impressões mistas quando foi revelado, mas agora, podemos comentar de forma sólida sobre este game tão inusitado.

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Inicialmente, é importante ressaltar que Bleeding Edge está ainda nos primórdios de sua vida útil. Isso significa que – de acordo com os produtores – veremos uma evolução gradativa no conteúdo, considerando que o game sequer adotou modos voltados para um cenário competitivo. Neste caso, é importante ressaltar que o próprio estúdio se mantém distante de tal proposta, e como foi dito anteriormente, a ausência de um modo Ranqueado (ou outro similar) deriva do desejo de não limitarem os jogadores a um “Meta“. E neste quesito, podemos dizer que a Ninja Theory acertou na decisão, pois o elenco do jogo é um tanto quanto reduzido, e um Meta competitivo poderia limitar de forma singela a experiência dos jogadores.

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Em adição, é nítido que o destaque de Bleeding Edge fica por conta de seu combate frenético e de rápido aprendizado. Este é o típico jogo onde é fácil aprender como jogar, mas difícil de dominar a usabilidade apropriada de cada técnica que os personagens trazem. Existe uma mescla interessante entre aqueles que utilizam golpes corpo-a-corpo e outros que atacam à distância, e essa variedade permite o jogador adaptar um estilo que combine com seus impulsos. Sendo assim, pode ser fácil entender as mecânicas do jogo, mas é necessário um certo tempo de dedicação para realmente utilizar cada personagem em seu potencial máximo.

Os personagens são a estrela de Bleeding Edge, bem como seu estilo de jogo

Apesar de muitos qualificarem Bleeding Edge como uma suposta cópia de Overwatch ou até mesmo Paladins, devo dizer que tal conclusão é mais do que errônea.

O game da Ninja Theory propõe um estilo de combate único e que, honestamente, não é possível encontrar em qualquer outro título que siga uma base competitiva. Só o mero fato do game trazer um combate corpo-a-corpo aflorado e uma perspectiva em 3ª pessoa, já é o suficiente para diferencia-lo dos demais. Mas não somente isso, como é possível utilizar até mesmo Parry durante os ataques, tentando garantir sua sobrevivência ou um contra-ataque devastador.

Neste caso, voltamos a um dos pontos já citados anteriormente. Embora seja fácil aprender as artimanhas de cada personagem, leva tempo para domina-los, mas o estilo de jogo facilita essa curva de aprendizado. De certa forma, a Ninja Theory bebeu muito de sua fórmula utilizada em jogos Hack N’ Slash, e como era de se esperar, o combate frenético é o maior atrativo de Bleeding Edge.

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Inclusive, podemos facilmente definir o game como “viciante“. A jogabilidade flui bem em todos os personagens, e existe uma certa satisfação em aplicar golpes com êxito, ou até mesmo, impedir que seu inimigo fuja antes de receber um golpe mortal. Embora cada personagem tenha um leque variado de habilidades que permitem entrar e sair de uma batalha, ao mesmo tempo, também é possível desenvolver uma noção de sobrevivência. Sendo assim, em determinados casos, você percebe que não há mais o que fazer quando está encurralado pelo time inimigo.

Mas parece que falta algo…

Por se tratar de um projeto em menor escala para a Ninja Theory, Bleeding Edge trouxe pouco conteúdo em seu lançamento.

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Tal como presenciamos durante toda fase Beta, apenas dois modos de jogo estão disponíveis. Um deles se trata da captura de objetivos por pontos, enquanto o outro faz ambos os times coletarem células de energia para depositar em locais específicos do mapa. Felizmente, não existe um padrão em ambos os modos, e a necessidade de movimento de cada time é praticamente constante.

No entanto, não há como negar que o maior problema de Bleeding Edge gira em torno de seu conteúdo. Infelizmente, o game não trouxe adições se comparado à versão Beta ou até mesmo Alpha. Logo, caso o jogador não pegue gosto pelo estilo de combate, se torna cada vez mais difícil – e menos recompensador – se manter ativo no game. A falta de variedade em torno dos modos de jogo certamente pode ser considerado um problema.

Além disso, embora os personagens sejam carismáticos e divertidos, ainda falta mais variedade. O game divide seus personagens em 3 categorias diferentes, mas infelizmente, o fato de termos apenas 11 lutadores – inicialmente – é algo que desagrada. Tendo em vista outros títulos que possuem uma proposta competitiva, é nítido que Bleeding Edge sequer chega próximo da variedade de jogos como Overwatch, Paladins, e outros. Sendo assim, em determinado momento, o jogador pode apenas “se cansar” da falta de outro personagem para praticar.

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Nem mesmo o conteúdo cosmético é um bom atrativo para manter o interesse

Tal como outros jogos do gênero, Bleeding Edge também traz uma gama interessante de itens cosméticos – como novas roupas e cores para os personagens. Mas novamente, o game se encontra em uma situação onde falta variedade. Mesmo com a possibilidade de customizar suas pranchas e outros adereços, o conteúdo presente faz mais alusão a um título em Early Access do que um jogo completo. Mesmo se tratando de um projeto de menor escala para a Ninja Theory, não há como negar que o jogo tiraria muito mais proveito de uma gama maior de escolhas.

Por ser relativamente fácil adquirir os itens que você deseja, em pouco tempo, o jogador pode se cansar da falta de atrativos.

É nítido que Bleeding Edge ainda não atingiu seu potencial

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Em suma, Bleeding Edge tem todos os elementos que podem torna-lo um sucesso competitivo, mas a falta de conteúdo faz com que o game perca o interesse rapidamente. A procura por itens cosméticos ou até mesmo modificações dos personagens pode atrair os jogadores por um tempo, mas depois de algumas horas, não há como escapar da sensação de repetição constante.

Embora eu tenha me divertido genuinamente, não há como negar que o game carece de muita coisa. Seja novos modos de jogo ou até mesmo novos personagens, é fato que Bleeding Edge precisa de mais conteúdo. Sabemos que a Ninja Theory está investindo no título à longo prazo, mas infelizmente, o conteúdo de lançamento não faz jus ao potencial do projeto.

Mesmo sendo um game viciante, em determinado momento, você sente que já está cansado da mesma repetição de partidas. E inclusive, após dominar os personagens que mais lhe chamam atenção, não restam adicionais para aprendizado. Logo, você se encontra preso em um looping onde nada muda – a não ser sua contagem de moedas do game.

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Bleeding Edge possui um grande potencial para o cenário competitivo, mas até que isso aconteça, a Ninja Theory tem muito o que adicionar no game.

Vale a pena investir em Bleeding Edge?

O game da Ninja Theory é perfeito para fugir da mesmice e se divertir com uma boa alternativa para os jogos Multiplayer da atualidade. Os designs dos personagens são chamativos e cativantes, bem como seus mapas e itens adicionais. Porém, a falta de variedade no conteúdo é algo que pesa a longo prazo, e com o passar do tempo, é compreensível estar “cansado” do mesmo ciclo repetitivo.

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Ao trazer mais conteúdo para o game, o projeto pode perdurar por longos anos. Entretanto, como mencionei anteriormente, existem poucas diferenças entre o game final e ambas as fases Beta e Alpha. Consequentemente, Bleeding Edge se torna repetitivo de uma forma negativa, onde cada vez mais deixa de transmitir uma sensação de recompensa após as partidas. E neste caso, nem mesmo as conquistas de cada plataforma podem auxiliar o fator Replay, considerando que é fácil atingir 100%.

Inegavelmente, a Ninja Theory precisa investir com mais afinco em Bleeding Edge. E com o passar do tempo, este pode facilmente se tornar um dos jogos mais disputados no âmbito competitivo.

Resumo para os preguiçosos

Bleeding Edge é um título excelente para fugir da mesmice dos jogos competitivos atuais, mas carece de uma boa dose de conteúdo. O game traz personagens interessantes e um estilo de jogo dinâmico, mas a falta de recompensas deixa à desejar, e faz com que a experiência se torne pouco atrativa com certa facilidade.

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Esta é uma proposta que vale à pena conhecer e investir, mas a longo prazo, pode deixar à desejar pela falta de adicionais essenciais – como modos de jogo – e cosméticos.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Combate viciante
  • Personagens chamativos e interessantes
  • Várias formas de explorar um único personagem
  • Diferente de outros jogos Multiplayer da atualidade

Contras

  • Falta conteúdo em termos de Modos de Jogo e itens cosméticos
  • Poucos personagens no lançamento
  • Poucos mapas
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Guru
Guru
Guru é o cara que não sabe falar sobre outra coisa além de jogos e consoles. Ansioso pela nova geração, ele sonha ininterruptamente com o retorno de God Hand, Viewtiful Joe, Captain Comando e outros clássicos de porradinha sem freio. Possui um histórico considerável de vazamentos, rumores e teorias sem sentido que geram uma boa discussão.