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BattleBlock Theater – Review

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Há quem diga que os gatos querem dominar o mundo. Em BattleBlock Theater, eles ainda não chegaram lá, mas controlam uma ilha e um teatro que parecem ter saído da franquia “Jogos Mortais”. E é lá que Hatty Hattington e seus amigos vão parar após um acidente de barco, onde terão que enfrentar a morte das mais diversas maneiras para escapar de um terrível show de horrores.

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Falando assim, parece que BattleBlock Theater é um game de terror, e não um jogo de plataforma. Na verdade, esta é apenas uma pequena dose do já tradicional humor negro da The Behemoth, mesma desenvolvedora de Castle Crashers. Após passar por um período de exclusividade para o Xbox, o game acaba de ganhar sua edição para Steam, com tudo o que a versão de console tem, e algumas coisinhas a mais, como o suporte ao Steam Workshop e cartas colecionáveis.

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A princípio, BattleBlock Theater é um jogo de plataforma 2d simples e objetivo: para passar de fase, você deve coletar as esmeraldas espalhadas pelo cenário. Três são suficientes para liberar a saída, mas cada level contém até 7 gemas, além de um enorme novelo de lã. As esmeraldas são utilizadas para libertar os outros prisioneiros; os novelos podem ser trocados por novas armas, como bumerangue, granada, lançador de dardo, e até um sapo kamikaze de chapéu e gravata borboleta.

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Apesar de você não jogar contra o tempo na maioria das fases, terminá-las rapidamente é um dos requisitos para conquistar a graduação máxima recebida ao final de cada uma. Quanto mais completo for o seu show, melhor será sua nota, o que garante mais algumas gemas de bônus. Seu amigo e antagonista Hatty Hattington pode colocar um chapéu dourado em algum lugar da fase, que, se levado até o final, te dá mais 10 esmeraldas para comprar a liberdade dos mais de 300 prisioneiros desbloqueáveis.

O modo história é dividido em oito “atos’ com 14 “cenas” cada um – afinal, estamos em um teatro. Apenas 11 delas são obrigatórias para completar o capítulo, sendo as três últimas chamadas de “encore”. Ao contrário das outras fases, nestas 3 você corre contra o tempo. E ainda há cenários secretos para os mais aventureiros, escondidos em lugares “diabolicamente” posicionados.

O desafio aumenta conforme você progride no jogo. Água, serras elétricas, raios, e lanças, são apenas alguns dos obstáculos mortais a serem enfrentados. Os supergatos também participam do show, atirando coisas como granadas, bumerangues, e bolhas de ácido, além de fazerem de tudo para impedir que você termine o espetáculo. Mas nem todo mundo quer o seu fim: há blocos especiais que podem ser utilizados para acessar determinadas áreas, e animais que atendem ao seu pedido de socorro para atravessar lugares perigosos.

2014-05-07_00006Apesar de ser simples no início, BattleBlock Theater não está entre os jogos de plataforma mais fáceis do mundo. A coisa começa a ficar realmente complicada nas fases finais, testando cada vez mais os seus reflexos. Não foram poucas as vezes em que tive que pausar o jogo, respirar fundo, e analisar com calma o cenário. Os quebra-cabeças, no entanto, são simples e, na maioria das vezes, se resumem a puxar e posicionar os blocos, mas a variedade é bem executada, sem deixar aquela sensação de uma repetição exagerada dos desafios.

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Felizmente, graças ao generoso sistema de checkpoints, você dificilmente ficará muito distante do ponto em que morreu. Você só realmente falha nas fases contra o relógio; nos cenários normais, você pode tentar a sorte várias vezes até descobrir o jeito correto de se fazer, e a sensação ao terminar uma fase difícil é gratificante.

Se o seu negócio for ter emoções fortes, você pode tentar o modo insano, no qual os desafios continuam basicamente os mesmos, mas não há checkpoints. Se morrer, terá que percorrer novamente toda a fase atrás das gemas verdes e das bolas de lã.

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Boa parte da graça do jogo está no ótimo trabalho de Will Stamper como “O Narrador”. Ele acompanha de perto sua aventura, contando os segredos por trás da misteriosa ilha dominada pelos gatos, e fazendo comentários “motivacionais” como: “Você está fazendo isso errado. Faça certo!”.

As cutscenes são animadas como se fossem um teatrinho de bonecos de papel, mas o humor meio “adolescente” do jogo pode não agradar a todos. Porém, se você já jogou algum game da The Behemoth, já deve estar acostumado com as frequentes piadas com cocô. A trilha sonora, aliás, é ótima, e combina perfeitamente com o clima cartunesco do jogo.

Minhas 10 horas de jogo foram quase totalmente dedicadas à campanha single player, mas a experiência de BattleBlock Theater só ficará completa se você aproveitar o modo multiplayer. São 8 modos diferentes, que podem ser disputados tanto em co-op quanto em versus por até 4 jogadores online, ou 2 players localmente.

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O Modo História também tem suporte ao co-op, com os mesmos cenários do single player, porém construídos de maneira diferente, com desafios que exigem a cooperação (ou não) entre os jogadores. A liberdade de ação é total, e você pode tanto ajudar o companheiro a atravessar a fase, quanto sabotá-lo de inúmeras formas – o que lembra bastante a “bagunça” capaz de destruir relacionamentos do New Super Mario Bros.

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Entre os modos, estão alguns bem divertidos, como uma espécie de basquete, só que jogado com uma bola de futebol e com uma cesta com rede de gol; um modo em que você ataca seu companheiro para roubar sua alma, vencendo quem mantiver sua posse por mais tempo; e outro no qual vence quem pintar o maior número de blocos do cenário.

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Quase todos são divididos em três rodadas, e vencê-las também garantem mais algumas gemas para a sua coleção. Também é possível trocar os itens colecionáveis e os prisioneiros com outros jogadores. Você pode criar a sua sala e convidar outros players, ou tentar a sorte pelo Quick Match, que te joga em uma partida aleatória em qualquer um dos 8 modos de jogo. A conexão é rápida, e não vi nenhum sinal de lag, o que poderia estragar completamente a experiência.

A versão para Steam também vem com o editor de cenários para você criar suas fases insanas. Ele é simples e intuitivo, e inclui um rápido tutorial para os iniciantes. A cada três fases, é possível criar uma “playlist”, que pode ser disponibilizada com os outros jogadores pelo Steam Workshop. A comunidade vota em suas favoritas, e as melhores vão para uma área de destaque dentro do próprio jogo.

É claro que BattleBlock Theater não é um jogo perfeito. Em alguns casos, a detecção de colisão dos blocos vai um pouco além do esperado, provocando algumas mortes em momentos em que você tinha certeza de que estava fazendo tudo certo. A seleção das fases no modo história também não ajuda muito, obrigando o jogador a passar por cada uma das áreas até chegar no cenário desejado, e isso é bem incômodo nos últimos capítulos.

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No entanto, a quantidade de itens desbloqueáveis e colecionáveis é mais do que suficiente, e o conteúdo criado pela comunidade pode manter o game – e os desafios – interessantes por muito tempo. Além disso, é extremamente recomendável jogar com um controle, já que a combinação de teclado e mouse, apesar de bem implementada, não fica tão natural.

Se você já jogou a versão para Xbox, praticamente não encontrará nada muito diferente na edição para Steam, a não ser o suporte ao Steam Workshop, o backup dos saves na nuvem e as cartas colecionáveis. Ou seja: a diversão está garantida. Caso você tenha passado batido pelo jogo por não ter um Xbox, como eu, agora terá a oportunidade de jogar um dos melhores games de plataforma dos últimos anos. E não se esqueça: BUCKLE YOUR PANTS!

Resumo para os preguiçosos

BattleBlock Theater desembarca no Steam após 2 anos de exclusivade na Xbox Live Arcade. Você vai morrer bastante, mas também vai se divertir com o seu humor “bizarro”, com as fases desafiadoras, e com uma pancada de conteúdo para desbloquear. Se quiser deixar a jogatina ainda mais divertida, basta chamar um amigo para aproveitar o os vários modos de jogos do multiplayer, que amplificam a ação, a insanidade, e a diversão do game.

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Nota final

80
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Ótima trilha sonora e narração hilária
  • Grande quantidade de conteúdo desbloqueável
  • Extensas opções de modos multiplayer

Contras

  • Falta um modo melhor para jogar novamente as fases do modo história
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1 COMENTÁRIO

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Diego Melo
Diego Melohttp://criticalhits.com.br
Diego Melo é graduado em jornalismo pela Unesp de Bauru. Gosta de joguinhos eletrônicos desde que se entende por gente. Prefere o PC, mas não deixa de jogar em seu New 3DS, PS3, e Xbox One de vez em quando.