Baby Steps é sem dúvidas um dos jogos com a premissa mais bizarra de 2025, e acredite, o produto final consegue ser ainda mais bizarro do que vimos nos trailers até agora. Mas será que ele vale a pena? É o que vamos descobrir na análise de hoje.
Analisar e tentar quantificar jogos como Baby Steps é uma tarefa difícil, o jogo é extremamente experimental e claramente feito de zuera como uma sátira escrachada de absolutamente tudo nos videogames atuais, com essa estética meio “asset flip” que ele tem deixando tudo ainda mais esdruxulo.
No jogo você controla Nate, um fracassado que de repente se viu em um mundo estranho onde ele precisa fazer uma escalada para fazer um desejo. Uma premissa simples que vai colocar absolutamente todo tipo de loucura no seu caminho, incluindo personagens malucos fazendo piadas sem graça a todo momento e muitos personagens tarados que andam com as partes amostra por aí.
Baby Steps pesa a mão bastante nessas piadas mais pesadas que podem ser consideradas +18, e é sem dúvidas um dos jogos modernos com a maior quantidade de partes íntimas à mostra por km².

O jogo tem um filtro de nudez e te pergunta se quer ligar ele logo quando inicia pela primeira vez, mas isso não diminui muito o peso das situações completamente bizarras que você vai encontrar e com certeza muitas pessoas vão ficar chocadas ao iniciarem o jogo completamente desaviadas sobre o que está por vir.
Mas deixando de lado a premissa e as coisas completamente bizarras que acontecem em Baby Steps, o jogo se vende mesmo pela sua gameplay super experimental e igualmente maluca.
Ao invés de termos a mecânica tradicional de andar que é extremamente simplificada na maioria dos jogos para que você consiga experimentar as outras coisas que eles tem a oferecer, Baby Steps faz dessa a base da gameplay e é extremamente difícil apenas dar um passo para frente sem cair.

Basicamente, o botão L2 controla a perna esquerda de Nate e R2 a perna direita, ao usar o analógico para frente você inclina seu corpo e a partir daí é preciso medir cada passo de cada vez para não cair.
Logo de cara até que é interessante e engraçado, principalmente pelo jeito desengonçado do Nate para andar, mas não demora muito para isso ficar extremamente repetitivo e outro ponto extremamente negativo do jogo surgir: a sua duração.
Com uma gameplay tão maluca e experimental assim, Baby Steps não poderia passar de 2 a 3 horas de campanha, já que isso é mais do que o suficiente para mostrar tudo o que ele tem a oferecer com seus diversos desafios para levar Nate do ponto A ao ponto B. Mas ao invés disso, temos uma campanha que pode variar entre 8 a 16 horas, dependendo do estilo de gameplay da pessoa e de quantas vezes ela vai perder progresso caindo dos diversos parkous do jogo.
Tem momentos que são honestamente engraçados, principalmente bem no começo do jogo quando você ainda está aprendendo a andar com Nate, mas nenhum ponto minimamente positivo desse jogo se sustenta perante a essa história bizarra, esse visual e direção de arte totalmente voltada para parecer um asset flip de extremo baixo orçamento e o tempo de duração longo demais.
Mas e aí, Baby Steps vale a pena?

Baby Steps é um jogo “meme” que foi feito com o único propósito de viralizar nas redes sociais e tentar te fazer dar risada do ridículo e absurdo, mas esse “ridículo” que eles tentam nas piadas muitas vezes é só algo deprimente e que te faz pensar “por que estou jogando isso”?
Este é um jogo experimental e satírico que aposta no absurdo, misturando humor escrachado, situações bizarras e uma jogabilidade estranha onde até andar é um desafio. Apesar de render algumas risadas iniciais, sua longa duração e foco em piadas pesadas e repetitivas acabam tornando a experiência cansativa, deixando a impressão de que foi feito mais para virar meme do que para oferecer diversão consistente.
Resumo para os preguiçosos
Prós
- A ideia inicial até que é divertida nos primeiros 30 minutos
Contras
- Longo demais
- Enjoa muito rápido
- As bizarrices são um pouco demais
- Gameplay frustrante de um jeito errado