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Atlas Fallen – Vale a Pena – Análise – Review

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Atlas Fallen é o mais novo jogo da Deck 13, mesma desenvolvedora de The Surge 1 e 2. Com uma proposta bem menos tecnológica e um enfoque menor na tentativa de ser mais uma cópia de Dark Souls, será que o jogo consegue estabelecer uma identidade própria e provar que vale a pena?

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Em Atlas Fallen, você controla um personagem criado por você mesmo e que não possui nome. Este personagem é um escravo que assim como todos os outros escravos não possuem nome, e que vive num mundo infestado de aparições que estão lentamente destruindo tudo o que a civilização havia criado.

Logo no começo do jogo você acaba encontrando uma Manopla, que lhe conecta com uma entidade misteriosa que lhe garante poderes de controlar a areia para você se defender destas aparições e ajudar o seu povo.

Atlas Fallen - Vale a Pena - Análise - Review
Reprodução: Deck 13

Essa manifestação da Manopla não lembra quem é, e nem qual o seu propósito, e em troca de ajudar o Sem Nome a salvar o povo dele, você deve ajudar esse espírito a encontrar os outros pedaços dessa braçadeira que estão espalhados pelo mundo e tentar acabar com essa maldição das aparições.

A história do jogo, como dá pra ver, não é das mais originais, tendo alguns plot twists aqui e lá, mas no geral é apenas ok. O jogo infelizmente não oferece também personagens carismáticos e nem profundos, e o fato da maioria deles não terem nome não me ajudou muito a lembrar quem eles eram no final das contas.

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Logo de cara, podemos perceber que Atlas Fallen é um jogo que se aproveita da experiência que a Deck 13 teve desenvolvendo os The Surge, já que o jogo se aproveita do “template” de combate que encontramos em outros Souls da vida, como travar a mira com o R3, esquiva e parry, ataque fraco e forte e assim por diante.

Atlas Fallen - Vale a Pena - Análise - Review
Reprodução: Deck 13

A diferença aqui é que os botões seguem mais o estilo de God of War do PlayStation do que o dos jogos da From, e que a dificuldade do combate em si é bem menor também, seja na quantidade de dano que os adversários te causam, seja no fato de que a maioria deles telegrafa os ataques e te dá uma generosa janela de aparo para que você consiga não levar dano.

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O uso da manopla para combate funciona com três tipos de ataque diferentes, que você vai aprendendo durante o jogo: um martelo, um chicote e luvas. Cada um desses movimentos possui dois tipos de ataque no solo, e ataques no ar também. A novidade que Atlas Fallen traz para a fórmula, inclusive, é o sistema de combate aéreo, já que você consegue usar pulos duplos e dashs no ar, e enfrenta alguns inimigos em combates aéreos.

Conforme você avança no jogo e reforja a manopla, você ganha diversas habilidades que fazem uso dela, como o dash no ar, pulo duplo e a possibilidade de levantar coisas da areia, como grandes blocos, tesouros escondidos e assim por diante. Essa mobilidade do jogo é bem legal, já que você meio que surfa na areia quando está no deserto, e pode cobrir grandes distâncias saltando de lugares altos e usando dash por exemplo. Felizmente, não há morte por queda, já que o jogo te incentiva a explorar os mapas do jogo.

Atlas Fallen - Vale a Pena - Análise - Review
Reprodução: Deck 13
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Um ponto a ressaltar aqui é que Atlas Fallen não possui um mundo aberto contínuo, e sim regiões separadas que formam cada um um sandbox com suas quests, atividades, chefes e missões. Quando você termina um deles, você parte pro próximo e não consegue voltar.

No geral, o combate de Atlas Fallen é divertido, e por mais que não seja tão difícil assim, há alguns inimigos que provavelmente vão te fazer ter que tentar algumas vezes até vencê-los. Felizmente, o jogo não te penaliza por morrer, o que incentiva o jogador a testar estratégias diferentes para derrotar o adversário, mas o que eu tirei das minhas horas com o jogo é que o Parry (ou seja, aparo) do combate é a melhor arma de ataque e de defesa também, já que em inimigos grandes, você consegue cristalizá-los após três aparos em sequência e aí encaixar uma sequência maior de combates e assim subir a sua barra de especial.

O único ponto que eu realmente não gostei do combate foi o fato de que o jogo tem pouca variedade de inimigos. Mal dá pra encher duas mãos com o número de adversários diferentes que você enfrenta conforme avança no jogo, e depois de matar um chefe, você acaba encontrando mais uns 3 ou 4 deles espalhados pelo cenário no futuro, então você meio que está sempre enfrentando os mesmos inimigos do começo ao fim do jogo.

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Reprodução: Deck 13

Falando um pouco sobre a barra de efeitos, esse é um detalhe bem legal do combate de Atlas Fallen. Conforme você vai atingindo seus adversários, uma barra de efeitos no canto da tela vai acumulando energia. Se você enche uma barrinha dessas, você pode executar um especial que tira muita energia dos inimigos, e é ótima para usar contra chefes, mas se quanto maior a barra está, mais dano você leva dos inimigos, ou seja, você tem o ônus e o bônus também.

Nessa barra, você pode inserir buffs diferentes que vão sendo ativados e que você pode criar conforme avança no jogo, usando receitas que você encontra por aí, compra de vendedores ou recebe de outros NPCs do jogo.

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Um ponto a ressaltar no jogo é que ele não possui um sistema de level up, e sim sistemas que acabam fazendo as vezes disso. Ao vencer inimigos e cumprir quests, você ganha experiência, que pode ser usada para colocar mais buffs e habilidades, na sua barra de especial, além de melhorar suas armaduras e também dar level up nesses buffs e habilidades que você desbloqueia.

Reprodução: Deck 13

Cada armadura pode ganhar até três níveis, melhorando assim seus atributos, mas conforme você avança no jogo, você vai ganhando armaduras melhores, ou seja, o jogo te incentiva a trocar de roupa toda hora.

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No fim das contas, os sistemas de progressão e de buffs trazem uma abordagem interessante para o jogo, já que para avançar, você terá que explorar o cenário e tentar encontrar uma boa combinação para o seu estilo de combate, mas como há tão poucos tipos de armas e de inimigos, acredito que no fim das contas todo mundo vai acabar com um personagem bem parecido.

Atlas Fallen também conta com um modo co-op pela internet, mas como nós recebemos apenas uma chave para o Xbox Series X, eu não consegui testá-lo, e o jogo infelizmente também não possui crossplay, ou seja, a possibilidade de se jogar cooperativamente em plataformas diferentes.

Reprodução: Deck 13
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Para completar, o jogo não é longo, tendo uma duração de mais ou menos 12 a 15 horas, se você focar-se mais em avançar a quest principal do que ficar fazendo todas as atividades que cada um dos mapas do jogo possui. Há quem veja isso como um problema, mas sinceramente? Se o jogo fosse mais longo do que isso, provavelmente ficaria cansativo, já que ele oferece pouca variedade de combates e as atividades que você vê no primeiro mapa são as mesmas que você verá nos mapas seguintes.

Graficamente, Atlas Fallen é um jogo dentro do que se espera para essa geração de consoles. O jogo tem um sistema de iluminação meio estranho, que muda tudo com alguns passos de deslocamento, e às vezes eu encontrei alguns slowdowns, mas no geral o jogo conseguiu manter os 60 quadros por segundo na maior parte do tempo.

Outro ponto a ressaltar aqui é que pelo menos na versão do Xbox Series X, console que eu usei pro review, o jogo tinha uns tempos de carregamento até que longos pra geração atual de consoles. Fazia tempo que eu realmente esperava uma tela de jogo carregar entre uma morte e outra, algo que felizmente eu já tinha até desacostumado a ver.

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Reprodução: Deck 13

Ainda sobre a performance, eu encontrei alguns bugs principalmente nas partes em que eu estava tentando navegar pelo mapa do jogo, saltando feito um maluco por aí, e uma vez o jogo fechou na minha cara sem explicação, mas no geral a experiência foi sem maiores problemas.

Para completar, a trilha sonora de Atlas Fallen é boa e a dublagem também, e felizmente o jogo vem com legendas em português.

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Mas e aí, Atlas Fallen vale a pena?

Reprodução: Deck 13

Se eu tivesse que classificar Atlas Fallen com uma palavra, ela seria honesto. Ele é um jogo bem honestão que vai divertir quem der uma chance pra ele, com um sistema de combate divertido, bom desafio e duração. Só não é nada de espetacular em nenhum aspecto, quem tenta ser genial todo dia corre o risco de fracassar imensamente, e desse mal, Atlas Fallen realmente não corre o risco.

Review elaborado com uma cópia do jogo para Xbox Series X fornecida pela publisher. Jogo disponível para PC, PS5, Xbox Series S e Xbox Series X.

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Resumo para os preguiçosos

Atlas Fallen é um jogo imensamente melhor do que os dois The Surge que a Deck 13 havia lançado no passado. Ele logo de cara já estabelece uma identidade própria e não tenta ser um “Dark Souls no deserto” e sim um bom jogo mais focado na ação, com grande mobilidade e um combate satisfatório.

Infelizmente ele tem pouca variedade de inimigos e a história é mais ou menos, mas felizmente as 12 a 15 horas que leva para terminar o jogo fazem que ele não se estenda demais e torne esses problemas em algo que realmente incomode.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Bom sistema de combate
  • Belos gráficos
  • Boa duração

Contras

  • Pouca variedade de inimigos
  • Tempos de carregamento longos para a geração atual
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.