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Assassin’s Creed Unity – Review

Assassin’s Creed Unity é o primeiro jogo verdadeiramente next-gen da franquia, lançado originalmente em 2014 para o PS4, Xbox One e PC. Segundo a própria Ubisoft, a companhia teve dificuldades em desenvolver Assassin’s Creed IV para os consoles da geração do Xbox 360 e do PS3, então para Unity, eles se livraram desse impedimento e finalmente puderam liberar o verdadeiro poder da nova geração dentro do jogo, o que, para eles, significa encher as ruas de Paris de NPCs. Será que isso dá vida nova ao jogo ou mostra que a franquia está apresentando sinais de desgaste?

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Em Assassin’s Creed Unity, você controla um novo protagonista: Arno, um jovem que vive na França em meio aos eventos da Revolução Francesa. Arno fica órfão e é adotado por um simpático senhor que tem uma filha, Elise de la Serre, que logo se torna sua paixão pela vida toda. Infelizmente, o Monsieur de la Serre é morto e Arno é acusado da morte dele, sendo assim jogado na Bastilha.

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Lá, por acaso, ele encontra um Assassino colega do pai dele na prisão que ensina ele a se tornar um assassino poderoso, o maior da França,  em apenas dois meses. Depois disso, começam as conspirações tradicionais de todo Assassin’s Creed com mais voltas que um pião.

O jogo todo se passa em Paris e a cidade é recriada de forma interessante, apesar das pessoas não trabalharem na cidade. Mas, pensando  bem eles estão em revolução e trabalhar é coisa de pequeno burguês. Mas se a Revolução Francesa era uma revolução burguesa, então eu não entendo como tem tanta gente na rua. Enfim, tentando não sair pela tangente, o que eu quero dizer é que Paris é provavelmente a cidade mais povoada de Assassin’s Creed até hoje, com uma densidade que parece até um apocalipse Zumbi, e não Assassin’s Creed.

Como eu disse, a cidade é bem interessante e muito viva. Muita coisa acontece ao mesmo tempo em Paris e você pode até se perder no começo. Há muito o que fazer, como eventos cotidianos, reformas, controles de distrito, missões extras, assassinatos, extras, enfim. Além disso, o jogo também ganha elementos de RPG como level up e habilidades que vão sendo desbloqueadas conforme você progride no jogo.

Os equipamentos também retornam e você pode comprar diversas peças de armas pra personalizar o seu assassino conforme você preferir, se você quer um cara mais stealth, há os equipamentos pra isso, se for da porradaria, também.

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Por falar nisso, o jogo, como anteriormente, te dá a possibilidade de escolher a própria abordagem pros assassinatos. No começo do jogo a abordagem stealth é praticamente obrigatória, porque Arno é realmente ruim de briga, e mesmo usando essa abordagem, há momentos em que as coisas podem dar bem errado, como por exemplo uma missão em especial onde ele é um completo inútil e você tem que ficar repetindo até tudo sair perfeito nos mínimos detalhes.

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As missões não são repetitivas e há várias delas, todas conectadas ou com a história principal ou em ramificações dela, e elas são bem interessantes no geral, mas podem ser extremamente frustrantes em alguns pontos por causa das deficiências técnicas do jogo. Num exemplo no começo do jogo, eu acabei trancando e tendo que fazer a mesma missão umas cinco vezes e em todas ver a mesma cutscene que não podia ser pulada. Imagine a minha vontade de ver a mesma cena cinco vezes seguidas.

Além dos bugs normais, também há alguns erros bizarros, como o sistema de parkour não reconhecer direito o personagem quando ele está pulando e tal. Em perseguições e quando estão mirando em ti pra descarregar os fuzis isso fica ainda mais evidente e sinceramente, dá vontade de atirar o controle na parede. Felizmente, conforme o Arno vai ficando mais e mais forte, esses problemas começam a ser contornados pela força bruta do personagem mesmo, ainda que isso custe uma vida aqui e outra lá de vez em quando.

O modo online de Assassin’s Creed Unity é bem interessante e oferece uma dinâmica nova no jogo. A Ubisoft anunciou o game como co-op, mas pra falar a verdade, pouco do jogo realmente é jogado com mais gente, o que pode ser bom para quem está afim de acabar com ele de uma vez. Além disso, também é possível jogar as missões do co-op em sala fechada ou em sala aberta, pro caso de você não ter outros amigos com o jogo.

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Um ponto que me chamou bastante a atenção negativamente, é a monetização do jogo. Ela existe e bloqueia bons equipamentos. Eles podem ser comprados com dinheiro também, mas as somas são meio absurdas e sinceramente, dá pra terminar o jogo sem eles sem muitas dificuldades. Com eles então, seria trivial. Então por que inclui-los? Pra alguém ficar 100 horas brincando de pegar dinheiro na rua pra pegar a espada flamejante? Enfim, compra quem quer, eu não vou fiscalizar o dinheiro dos outros.

Outra coisa que me incomodou na época do lançamento, e eu não faço ideia se continua valendo é o fato de que parte do conteúdo de alguns baús está preso atrás do app do jogo. Eu quero jogar Assassin’s Creed no meu PS4 ou no meu Xbox ou no meu PC. Ter que sair do jogo pra jogar missões no celular pra abrir conteúdo dentro do jogo pra poder voltar pra ele algo que eu realmente não gostei de ter que fazer.

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Graficamente Assassin’s Creed Unity é bonito, mas se você for jogá-lo no PS4 ou no Xbox One ainda hoje, você vai encontrar problemas de framerate. E nem chega a ser em cenas que reúnem muitos personagens na tela. Eu tive um slowdown dentro de uma catedral que só tinha uma tocha, ou seja, até o fogo fazia os consoles passarem mal na época.

A trilha sonora do jogo é bem legal e a dublagem está dentro da média na versão brasileira. A versão americana da dublagem ficou bem legal e as entradas em francês no meio do diálogo dão um quê a mais de estar na França.

Mas e aí, Assassin’s Creed Unity vale a pena?

Assassin’s Creed Unity foi um jogo extremamente prejudicado no seu lançamento por problemas de performance que demoraram basicamente uma geração inteira para serem corrigidos pois os consoles alvo do jogo não tinham potência o suficiente para rodar o jogo a contento.

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Superado isso, aqui temos um dos capítulos clássicos da série mais ambiciosos que a Ubisoft fez até hoje, trazendo uma Paris muito viva, atividades interessantes (ainda que repetitiva em alguns momentos) e uma campanha que mostra que nem sempre o mundo é preto no branco, e que a ordem dos Assassinos e dos Templários não são 100% boas ou ruins. Um jogo recomendado.

Review elaborado usando a versão de PlayStation 4 do jogo. Cópia fornecida pela Ubisoft

Resumo para os preguiçosos

Assassin’s Creed Unity foi um jogo extremamente prejudicado no seu lançamento por problemas de performance que demoraram basicamente uma geração inteira para serem corrigidos pois os consoles alvo do jogo não tinham potência o suficiente para rodar o jogo a contento.

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Superado isso, aqui temos um dos capítulos clássicos da série mais ambiciosos que a Ubisoft fez até hoje, trazendo uma Paris muito viva, atividades interessantes (ainda que repetitiva em alguns momentos) e uma campanha que mostra que nem sempre o mundo é preto no branco, e que a ordem dos Assassinos e dos Templários não são 100% boas ou ruins. Um jogo recomendado.

Nota final

75
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Boa variação de missões
  • História interessante
  • Belos gráficos

Contras

  • Bugs e mais bugs que acabam atrapalhando um pouco o aproveitamento do jogo
  • Impossível pular certas cutscenes, ou seja, caso você morra, você é obrigado a ve-las novamente
  • Monetização desnecessária
  • Parte do conteúdo do jogo é travado atrás de um app mobile
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.