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Assassin’s Creed Shadows – Análise – Vale a Pena – Review

Assassin’s Creed Shadows é o mais novo capítulo da franquia de assassinos da Ubisoft que tem estado em fase turbulenta desde o começo da geração atual. Com a proposta de colocar dois assassinos bem diferentes entre si no Japão do Sengoku, será que o jogo consegue fazer a franquia retornar à gloria dos tempos passados?

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Em Assassin’s Creed Shadows, você controla dois personagens, Naoe e Yasuke. A primeira é uma jovem shinobi que vê o vilarejo dela destruído durante as guerras dos senhores feudais do Japão, e que parte em busca de vingança contra os que estão comandando estas guerras por trás das sombras e tiraram dela tudo o que ela tinha.

O segundo é Yasuke, o lendário samurai que chegou ao Japão como Diogo, um guarda-costas dos Jesuítas que estão tentando obter a permissão do Shogun para instalarem suas missões por lá e que acaba sendo recrutado por Oda Nobunaga para servir a ele como um Samurai.

A forma como os personagens acabam se encontrando é algo que eu não vou entrar em detalhes para não dar spoilers da história do jogo, mas fica claro que Naoe é a protagonista do jogo, e Yasuke está muito mais lá para ajudá-la a chegar ao fundo da conspiração que está no Japão do que um jogo dividido em 50% para cada um deles.

Assassin's Creed Shadows - Análise - Vale a Pena - Review

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Tanto isso é verdade que as primeiras 10~15 horas de jogo você mal controla o Samurai, e passa esse tempo todo controlando a Shinobi, que tem um gameplay muito mais semelhante ao que estamos acostumados em personagens clássicos da franquia como Ezio, ou seja, com furtividade, assassinatos e assim por diante.

É importante ressaltar aqui ainda que Naoe é uma personagem bastante frágil, e que lembra muito mais os personagens de Assassin’s Creed Chronicles do que os outros protagonistas da franquia. Logo no começo do jogo, ela morre com 2 ou 3 golpes de inimigos normais e às vezes leva 1 hit kill de minichefes das fortalezas, por exemplo, algo que eu sinceramente não lembro de ter encontrado nos jogos principais da franquia.

Essa fragilidade dela é compensada pela quantidade de recursos que ela possui para fazer você ser furtivo, como Kunais, Shurikens e sinos para distrair os adversários, além da possibilidade de usar a Lâmina Oculta e assassinar seus adversários de maneira sutil.

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O mesmo não pode ser dito de Yasuke. O personagem é literalmente um tanque de guerra e a ideia dele é invadir os locais com o pé na porta da frente e sair matando quem ousar aparecer na frente dele. Pra isso, ele tem muito mais vida do que Naoe, muito mais poder de ataque e muito mais capacidade destrutiva também, usando além da Katana Longa dele lanças, arcos e flechas e até mesmo um mosquete.

Como dá para imaginar, há missões em que compensa mais usar Naoe e missões em que é obrigatório você usá-la, e missões em que é mais negócio usar Yasuke, além das missões obrigatórias dele. Nesses casos de missões obrigatórias, geralmente conhecemos mais sobre o passado de ambos os personagens, como foi que Yasuke tornou-se um Samurai, o treinamento dele, como ele escolheu o nome Yasuke e assim por diante, e no caso de Naoe como foi o treinamento ninja dela e a vivência dela no vilarejo de Iga.

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Assassin's Creed Shadows - Análise - Vale a Pena - Review

Além disso, os personagens tem também algumas missões em conjunto, e a química entre eles é muito legal, já que eles se dão como bons amigos, sendo sérios quando é necessário mas também fazendo piadas e se provocando de vez em quando. Tanto Yasuke quanto Naoe são personagens muito carismáticos, e alguns dos melhores personagens que já foram criados para a franquia Assassin’s Creed.

Mas como estamos falando de Assassin’s Creed, temos que falar de assassinatos, não é mesmo? Em Assassin’s Creed Shadows, seu objetivo é assassinar um grupo principal de alvos que está controlando as facções do Sengoku e acabar com a guerra entre os diferentes senhores feudais. Para isso, você vai viajar nas diferentes províncias do país atrás dos alvos em si.

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Boa parte do tempo que você gasta na campanha é viajando e explorando. As missões em si não costumam ser tão demoradas. Geralmente você precisa encontrar um aliado na região e cumprir algumas tarefas para ele para então executar o plano de execução do adversário. É uma tarefa bem mais rápida do que era em Assassin’s Creed Valhalla, por exemplo, e nesse sentido o jogo é bem mais dinâmico e menos cansativo.

Mesmo com o jogo tendo um mapa imenso e cheio de atividades que podem fazer você tranquilamente gastar 70 a 80 horas de jogo, esse é um jogo que você acaba sentindo bem menos do tempo passar do que no capítulo nórdico da franquia.

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O problema principal da campanha desse jogo, entretanto, é o fato de que as missões em si são meio repetitivas. Há diversos momentos em que, para poder acabar com o alvo principal, você vai precisar matar 4 ou 5 outros alvos, virando um mini esquema de pirâmide japonês onde você tem que deixar uma pilha de corpos atrás de você.

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Além dessas missões da campanha principal, você ainda tem atividades como meditação com Naoe, aprender técnicas de combate com Yasuke, encontrar pergaminhos em templos que podem ou não ser guardados por inimigos, e também invadir castelos e derrotar os Samurai desses locais para então poder abrir um baú lendário e assim obter algum equipamento mais poderoso. É importante ressaltar aqui também o papel do equipamento na sua jornada.

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Em muitos momentos, você pode acabar se sentindo bem mais fraco que os adversários, e isso é reflexo de não ter trocado de equipamento conforme sobe de nível, já que um item 2 níveis acima às vezes é 25% mais poderoso do que o que você está carregando, ainda mais se for de uma categoria como Raro ou algo acima disso.

Graficamente, Assassin’s Creed Shadows é talvez o jogo mais bonito da franquia até aqui. A Ubisoft realmente caprichou nos visuais e o jogo está bem melhor do que Mirage e Valhalla, e sem nenhum tipo de problema de performance também. A única coisa que eu não gostei nesse sentido é o tempinho de carregamento entre cada item do menu quando você está trocando as abas dele.

Assassin's Creed Shadows - Análise - Vale a Pena - Review

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Durante o meu review, eu encontrei alguns bugzinhos de acabamento no jogo como inimigos colidindo onde não deveriam, movimentação estranha ao galopar com o cavalo e assim por diante, mas depois da atualização que foi lançada no começo da semana passada, a maioria desses problemas sumiu, então a versão de lançamento do jogo parece ter um acabamento dentro do que os jogadores gostariam.

Para completar, a trilha sonora do jogo é quase inexistente e quando aparece, é total coadjuvante em todos os momentos. Eu joguei boa parte do jogo dublado em inglês e uma parte do jogo em japonês, e a dublagem nesses casos é boa também. E é importante também ressaltar que o jogo conta com legendas e dublagem em português, o que sempre é um ponto muito positivo.

Mas e aí, Assassin’s Creed Shadows vale a pena?

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Assassin’s Creed Shadows é a prova de que a Ubisoft consegue ouvir o feedback dos fãs e conseguir ao mesmo tempo fazer um jogo longo está longe de parecer inchado e repetitivo como Valhalla ou Odyssey, e mesmo com muitas missões repetidas, me divertiu bastante.

Naoe e Yasuke são persoangens muito bem escritos e extremamente carismáticos, e a jornada deles é muito legal de acompanhar também. Se você é fã da franquia, você com certeza vai gostar deste jogo.

Review elaborado com uma cópia do jogo para PS5 fornecida pela publisher.

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Resumo para os preguiçosos

Assassin’s Creed Shadows traz a franquia para o Japão feudal, colocando os jogadores no controle de Naoe, uma shinobi em busca de vingança, e Yasuke, um samurai recrutado por Oda Nobunaga. A campanha é focada principalmente na jornada de Naoe, que se assemelha aos assassinos clássicos da série, enquanto Yasuke assume um papel de combate direto. O jogo adota um ritmo mais dinâmico do que Valhalla, com missões mais curtas e centradas na eliminação de alvos estratégicos para desestabilizar a guerra entre os senhores feudais.

O mundo aberto é vasto e repleto de atividades, incluindo exploração, combate e aprimoramento de equipamentos, o que pode impactar diretamente o desempenho do jogador nas batalhas. Apesar de visualmente impressionante e bem otimizado, Shadows sofre com certa repetitividade em suas missões. A trilha sonora é discreta, e a dublagem, disponível em português, é de boa qualidade. No geral, o jogo representa um avanço para a franquia, equilibrando elementos clássicos com novas mecânicas e uma ambientação envolvente.

Nota final

85
Saiba mais sobre os nossos métodos de avaliação lendo o nosso Guia de Reviews.

Prós

  • Boa interação entre os personagens
  • Mundo divertido de explorar e com boas atividades
  • Boa história

Contras

  • Algumas missões repetias demais
  • Trilha sonora quase inexistente
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Eric Arraché
Eric Arrachéhttp://criticalhits.com.br
Eric Arraché Gonçalves é o Fundador e Editor do Critical Hits. Desde pequeno sempre quis trabalhar numa revista sobre videogames. Conforme o tempo foi passando, resolveu atualizar esse sonho para um website e, após vencer alguns medos interiores, finalmente correu atrás do sonho.